Eu nem comentei, mas semana passada o Ettore, pai do Mirco, machucou a mao no trabalho. Como eu sou a unica da casa com tempo a perder e o Mirco soh de ver sangue fica mais branco que folha A4, lah fomos eu e Ettore pro pronto-socorro em Perugia. Eh um hospital enorme no alto de uma colina (tudo em Perugia é no alto de alguma colina, é um saco), meio morro dos ventos uivantes. A galera aqui é muito antipatica, desde o cara do estacionamento (pago) até a caixa dO TICKET, passando por médicos, recepcionistas, radiologistas. A maior diferença entre os nossos hospitais tabajara é que aqui tem um paramédico (heh. hehehe.) que limpa toda a pimbice antes do médico, um grandissimo escroto, chegar. Normalmente nao deixam ninguém entrar na sala de sutura porque neguinho desmaia mermo, mas mostrei meu distintivo e me deixaram ficar. Sabe que quase quase me deu uma recaida? Uma vontade de suturar… Ainda bem que passou rapidinho, entre uma cutucada entre os tendoes pra procurar um pedacinho metalico evidente na radiografia e uma anestesia dolorosa. Nao necessariamente nessa ordem.
E tem umas coisas aqui eu acho hilarias: depois de qq procedimento ou consulta tem que ir pagar ‘O TICKET’. ‘O TICKET’ é o pagamento pelo serviço, que até onde eu entendi se paga sempre, mesmo quem tem seguro-saude. Tudo em hospital gira em torno dO TICKET, sem O TICKET nao se faz nada. Eu to ficando craque na coisa, toda hora tem alguém doente nessa familia e lah vou eu dar apoio moral e fiscalizar o trabalho de terceiros – como se eu ainda me lembrasse de alguma coisa que aprendi na faculdade…