Lendo o artigo da Cora

Lendo o artigo da Cora no Globo sobre livrarias (vao lah no blog dela que tem o link, estou com preguiça), lembrei de dois episodios bookstore-related, sempre na Shakespeare, ali no Jardim Botanico.

Foi onde eu comprei meus primeiros exemplares de The Lord of the Rings. Eu tinha começado a ler The Hobbit na casa da Brenda, porque dormi na casa dela na noite da final da Copa (aquela do Baggio e o gol perdido), e como sempre sou a primeira a acordar e nao tinha nada pra fazer, estiquei a mao, peguei o livro e comecei a ler. Vicio instantaneo, desnecessario dizer. No dia seguinte lah fui eu com uns trocados escondidos dentro do tenis, de bicicleta até a Shakespeare. Comprei uma ediçao caixinha, com os quatro livros, que hoje nao cabem mais juntos na caixa porque jah foram lidos tantas vezes que as lombadas incharam. Lembro de tirar o tenis, aquele Reebok preto basico que todo adolescente teve (ou tem, sei lah…), e pagar pelos livros com dinheiro umido de suor de pé (eca). Se eu soubesse onde essa historia ia me levar… Se eu nao tivesse conhecido um romano na internet, nao por acaso num MUSH de Tolkien, que me convenceu a estudar italiano em vez de frances, talvez hoje eu estivesse em Paris. Estranha, a vida.

A outra vez foi quando eu voltei à Shakespeare com a Newlands, pra procurar sei lah o que – acho que era Guy Gavriel Kay (leiam The Fionavar Tapestry, crianças, é otimo. Tigana também é legal. Jah A Song for Arbonne é um pé no saco). Fomos informadas que no porao tinha uma bagunça enorme de livros, e que o que procuravamos provavelmente estava lah. Lah fomos nos, excursionar naquela farofa de livros, derrubar pilhas de livros, fuçar em estantes empoeiradas cheias de livros, em um porao cheio de livros. Soh nao nos demoramos mais porque a Newlands é alérgica a poeira. Eu por mim ficava lah toda vida…

P.S.: Nunca comprei na Amazon porque nunca tive cartao de crédito ;) Meu contato mais intimo com livrarias online foi o Faeries, de Brian Froud e Alan Lee, que o Hiro me fez o favor de incluir em uma das suas longuissimas listas de compras em livrarias virtuais, e depois me entregou no cinema Leblon. Que filme era, eu nao lembro – provavelmente um desenho da Disney, legendado, obviamente.

O ultimo que vimos juntos foi Lilo e Stitch, infelizmente dublado. Po, que saudade…