Espalha não!

Não conta pra ninguém não, mas eu sou contrabandista gastronomico-cinematográfica. Simplesmente me recuso a gastar algo em torno aos 6 euros em pipoca e água mineral no cinema. Como aqui rola aquela proibição totalmente anti-democrática de entrar nas salas de projeção com qualquer coisa comestível comprada fora do bar do cinema, aos poucos fomos desenvolvendo técnicas de contrabando alimentar que estão ficando cada vez mais sofisticadas.

No início eu simplesmente escolhia uma bolsa grande quando íamos ao cinema. Grande o suficiente pra acomodar uma latinha de amendoim e duas garrafinhas de suco de fruta. Normalmente ia com uma bolsona tipo carteiro da Animale, que me acompanhou na minha primeira viagem à Itália e tem bastante espaço, com o incômodo único de ser MUITO pesada, mesmo vazia. Uma vez fomos ao cinema com a Stefania, irmã do Mirco, e aproveitamos o espaço bolsal feminino duplicado pra levar tremoços (lupini), pipoca feita em casa, suco e água mineral.

O último upgrade da técnica resulta em levar guloseimas de casa dentro de uma sacola da Sisley (que, pra quem não sabe, pertence ao grupo Benetton, tem roupas bonitas e quando entra em liquidação alguém tem que me amarrar em casa pra eu não sair comprando tudo com 70% de desconto). Poderia ser uma sacola da Benetton, que assim como a Sisley está presente no shopping onde fica o cinema (onde tem uma Benetton tem uma Sisley e vice-versa). Mas a sacola da Sisley é preta e discreta, ao contrário da verde transparente da casa-madre, que é reveladora demais.

Ontem levamos de casa Pringle’s, coca-cola e suco de maçã e banana quando fomos ver L’Amore è Eterno Finché Dura (filme muito fraquinho).

Eu me sinto poderosíssima boicotando a pipoca murcha e superfaturada do Warner Village Cinema :)