a menina do mindinho verde desbotado

Fiz uma série de transplantes vegetais anteontem. Passei as tulipas pra um vaso maior, o tomilho pra um vaso mais bonito, a salsinha pra uma jardineira só dela, a primula pra um vaso maiorzinho, embora tão vagabundo quanto o velho, o cactus-zinho idem. Joguei fora o alho, que cresceu pra cima e pra baixo mas pros lados que é bom, nada. E quando fui remover a salsinha, fui achando umas raízes malucas que ocupavam todo o “subsolo” da jardineira, formando uma rede fortíssima que eu não conseguia arrancar nem com a vaca tossindo. Era o hortelã! Que planta desgraçada!!! Umas raízes grossas, fortes, compriiiiiiiiiidas, e folhinhas nascendo em tudo que é lugar, absolutamente sem terem sido convidadas! Falei ah, é?, e replantei várias mudinhas dela num micro-vaso. De repente assim, sozinho num espaço confinado, meu hortelã toma tento e pára de querer dominar o mundo.

Ainda no assunto jardinagem tabajara, ando preocupada com meus dons vegetalizantes. As sementes de cravo que eu plantei já estão brotando, e são a coisa mais linda de se ver! Mas o manjericão ainda nem deu as caras. Pode ser culpa do tempo, que há semanas anda no estilo Londres, com direito a fog, céu cinza, chuva, chuvisco, frio, encheção de saco. O manjericão é chegado num calorzinho, e tenho que admitir que se eu fosse ele também não teria brotado ainda, só de despeito. Dizem que no fim de semana o sol deve finalmente aparecer. Vamos ver se o manjericão resolve fazer o mesmo.