uhuuu

Amanhã cedinho parto pra Todi, onde vou encontrar aquela mala do Leo, deixar o meu carro estacionado sei lá onde, e juntos vamos ao aeroporto de Roma pegar aqueles americanos milionários pra quem eu vou trabalhar como intérprete. Talvez eu volte amanhã mesmo e só comece a trabalhar de verdade do domingo até o começo de julho, mas de qualquer maneira não se assustem quando eu sumir: estarei rodando pela Toscana, vendo lugares maravilhosos que eu ainda não conheço, e podem deixar que estou levando meu diário convencional e quando voltar faço o relato completo.

E falando em gente cheia da grana, nem contei a história do canadense e seu Car from Overseas.

Estou eu entrando na agência outro dia, com a sólita má-vontade, quando vejo uma ruivinha sentada à frente da Roberta, uma das secretárias. O sotaque era inconfundível: ou era americana ou canadense. E era canadense. Ativei meus Super Ouvidos de Tuberculoso pacamanca Inc. e pesquei a seguinte história: ela era a assistente pessoal (será que um dia eu vou ser tão rica que vou precisar de assistentes pessoais em outros países?) de um canadense que comprou uma casa no monte, atrás de Assis (avaliada em 400.000 euros), e que, apesar de ter cidadania italiana, não tem residência oficial aqui, e por isso não pode comprar carro. Como aqui não rola nada sem carro, ainda mais pra quem mora no morro, ele quer trazer o carro dele do Canadá pra cá. Vou repetir, se alguém não entendeu direito: ELE QUER TRAZER UM CARRO DO CANADÁ PRA CÁ. E a discussão toda era em torno da possibilidade ou não de fazer uma coisa do gênero, em termos assicurativos. Parece que depois de sei lá quantos meses aqui, um carro estrangeiro tem que obrigatoriamente ser registrado na Itália e pegar placa italiana. Fiquei curiosíssima, needless to say, e outro dia, quando ela voltou com o tal canadense, que aliás é muito simpático e não tem a menor cara de milionário, até porque é bem jovem, eu bem dei um jeito de me intrometer e bater papo em Inglês. Não deu tempo de descobrir como é que essa criatura ganha toda essa grana porque o maldito cliente com quem eu tinha horário marcado chegou, mas eu já falei pra Roberta perguntar, assim como quem não quer nada, a próxima vez que ele aparecer lá (ele tem que ir levar e assinar uns documentos).

nhoque

Ontem fomos jantar na Sagra degli Gnocchi em um subúrbio de Perugia. Ano passado também fomos, mas não lembro o menu. Esse ano tinha, novamente, muita gente. O sistema deles é diferente do clássico esquema das sagras: você vai numa casinha chamada Segreteria (secreteria, mas me digam o que esse nome tem a ver com a sua real função) e pega um menu como esse abaixo, que tem um número pré-impresso na capa. Como sempre, marca-se a quantidade desejada ao lado do nome do prato disponível e depois vai-se a outra casinha onde meninas bonitinhas estão sentadas ao computador pra inserir os pedidos. Pendurado no teto da casinha, um mostrador digital diz em que número a fila está. Quando chega a sua vez basta ditar o pedido, dar um nome (o nome-código do Mirco nessas sagras virou Gino), pagar e ir procurar lugar numa mesa. Logo logo um dos velhinhos encarregados de pegar os pedidos vê você sentado lá sem nada na tua frente, à mesa, e vem pegar uma cópia do pedido (te dão duas cópias quando você vai pagar). Crianças e adolescentes da comunidade são encarregados de botar a mesa, e o fazem com muita dedicação e seriedade, é muito engraçado. Mesa posta, logo chega o jantar.

Tinha música programada praquela noite, mas o Perugia tava jogando contra o Fiorentina na disputa por uma vaga na série A. Perdeu. Antes ele do que eu.

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Chegando em casa, em menos de 5 minutos o Mirco já tinha ativado o seu Super Roncator Plus Tabajara, e eu fiquei vendo Portugal x Rússia. Peguei-me torcendo pelos portugueses. Tenho que admitir que ultimamente venho me interessando mais por Portugal, e não é só porque meu pai tá morando lá. Sempre tive um grande desdém por Portugal, por vários motivos. Primeiro pela inércia de um país que já fez grandes coisas e hoje não produz mais nada de interessante. Aqui na Itália ninguém nem sabe que Portugal existe, o que tem pra se ver lá, que tipo de vida eles levam, o que eles comem. Durante a nossa viagem pela Itália, eu e Valéria não encontramos NENHUM português. E o meu desprezo por gente que não viaja só não é maior do que o que eu sinto pelas religiões em geral. E olhem, vejam só, Portugal é super católico (muito mais do que a Itália, tenho certeza, porque a Itália é falsa católica).

A família da minha mãe é portuguesa, eles têm vários amigos portugueses, e cresci observando, porque sou observadoríssima, e discordando plenamente, do modo de pensar e viver deles. O exagerado valor dado ao trabalho, a incapacidade de se divertir, a necessidade de sofrer pra dar valor às coisas boas, tudo isso me dá uma irritação impressionante. E não vou falar da famosa burrice, porque generalizar é feio, embora eu conheça de perto alguns exemplos que corroboram perfeitamente essa teoria. Hoje creio que eles sejam simplesmente muito infantis, bobinhos – o que não se pode chamar de burrice, acho.

A verdade é que só não fui a Portugal ainda porque as companhias low-fare não vão a Portugal, e, quando vão, só a Faro, que fica longe da casa do meu pai, e ainda por cima com a Ryan eu teria que sair daqui de Roma, ir a Londres, dali a Dublin, pra só depois chegar em Faro. Nem fo*endo. Mas tenho vontade. Tenho lido coisas interessantes sobre Portugal na internet, visto belas fotos, e fiquei feliz desse campeonato europeu estar sendo realizado lá. Quem sabe assim o país não acorda pra vida – e consequentemente o mundo não percebe que Portugal existe de verdade e vale a pena conhecer…

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Ah, nem comentei porque me pareceu irrelevante: nada de Rio em julho ou agosto. Passagens completamente esgotadas, ou então com preços desumanos.

ah!

Falei no telefone de novo com a Cora, agora há pouco. É CA-LA-RO que ela se enrolou e não conseguiu passar aqui pra me visitar, mas pelo menos batemos uns mini-papos telefônicos. Ela estava na fila de embarque no aeroporto de Amsterdam, indo pra Barcelona, se entendi bem. E ficou uma promessa de encontro real, ou aqui, ou no Rio – o que vier primeiro.

votando

Pois então, fim de semana passado rolaram as famigeradas eleições pro Parlamento Europeu. Como todo mundo já tá careca de saber, não existe uma “consciência européia”. Cada um quer resolver os problemas do seu próprio país – coisa muito normal, aliás, principalmente quando pensamos que a Comunidade Européia é formada por gente muito, mas muito diferente, em todos os sentidos. Difícil chegar a um denominador comum. E basta dizer que quase ninguém foi votar. Em países como a Polônia e as nações Bálticas, que acabaram de entrar na CE, só uns 20% do povo foi às urnas.

Mas aí. Como tudo aqui na Itália, o sistema eleitoral deles também é muito confuso. As eleições pro Parlamento Europeu coincidiram com eleições locais em algumas cidades e regiões (tipo a Sardegna, que tem um regulamento diferente em relação ao resto do país por ser desavantajada, em muitos sentidos. Essa palavra desavantajada existe? Estou confundindo tudo com o italiano.). Em Bastia teve eleição pra sindaco (prefeito), mas em outras localidades não. Não entendi o padrão, se é que existe; não tenho a menor idéia de por que uns votam agora e outros não. Só sei que o voto ainda é no esqueminha ridículo de marcar xizinho na cédula de papel (que, aliás, é colorido, dependendo da região).

A Umbria é considerada uma região “vermelha”, e esse ano a surpresa ficou por conta de várias cidades tradicionalmente mais moderadas mas que dessa vez votaram em massa nos partidos de esquerda, acompanhando a tendência regional. Honestamente política não é um assunto que me interessa, ainda mais aqui, num país governado por um homem ridículo, baixinho, que fala tudo errado (lembram da história do Romulo e Remulo? Socorro!) e que comanda TODOS os canais de TV. Como eu digo sempre, a Itália é um país divertido, porque é um verdadeiro teatro do absurdo, e nada mais me surpreende aqui. Acompanhei muito pouco a propaganda eleitoral, que aqui felizmente não interrompe a programação normal e se limita a entrevistas e debates, sempre divertidíssimos, com gente falando tudo ao mesmo tempo, gesticulando, com jugulares pulando. Uma vez, depois do jantar, deixamos a TV num canal onde estavam rolando entrevistas com candidatos. Aparece um senhor grisalho de oclinhos e jeito enfezado abanando o fura-bolo no ar: era o Advogado Esqueci o Sobrenome Dele (aqui se usa muito o título de estudo da criatura, ao dirigir-se a ela, principalmente se for Avvocato ou Ingegnere), da Lista Consumatori, ou Partido dos Consumidores. Naquela enfezação toda e sempre usando linguagem muito coloquial, falou mal de tudo e todos, e reclamou de todas as coisas que também nos irritam aqui, sendo que o exemplo que eu lembro agora é o do raio do canone, ou assinatura, da TV. O que ele disse foi o que eu sempre pensei: se a qualidade dos programas da RAI chegasse pelo menos no dedão do pé dos da BBC, e se não houvesse propaganda, tenho certeza que ninguém reclamaria de pagar o canone – que custa a bagatela de quase 100 euros por ano. Mas pagar pra ver porcaria, intercalada com intervalos comerciais de até 5 minutos, é coisa de doido! Mas a parte mais engraçada foi quando ele tirou do bolso uma caixinha de jóias, daquelas clássicas de anel de noivado. “Fui à joalheria… comprar umas cerejas!” Ele abre a caixinha e estão lá duas cerejas de verdade. Demos tanta risada que ficamos sem ar. É que as cerejas esse ano custam os olhos da cara, chegando até a 14 €/kg, porque choveu muito, o frio se prolongou demais, caiu geada, e a cereja é uma fruta muito da fresca que se esburaca por qualquer coisinha. A produção caiu pra burro, em algumas regiões em até 70%, e a bichinha ficou cara mesmo, com preço de jóia. Mas que a cena foi engraçada, foi.

Sei que o Berlusconi ficou com cara de tacho porque a sua nojentíssima extrema-direita perdeu o trono em muitas localidades. Tenho escutado muito rádio, a estação da RAI, que transmite notícias, entrevistas, etc, e nada de música italiana horrorosa. Fala-se de tudo, de economia à guerra no Iraque, de problemas de saúde com médicos especialistas ao vivo no ar a erros de gramática ou conteúdo encontrados em livros, jornais, cartazes, placas estradais, etc. Aprendo horrores e ainda por cima me divirto porque o pessoal liga de casa pra dar o seu pitaco e a quantidade de imbecilidades disparada por minuto é impressionante. Mas tem-se falado muito dessas eleições e da situação da Europa como um todo e, claro, muito sobre a economia italiana. Muita gente contradizendo no ar o seu Berlusca, que de vez em quando dá o ar da graça e vai pro ar pra falar as suas besteiras mentirosas. Outro dia peguei o Berlusconi dizendo que iria baixar os impostos (é a mais nova promessa ridícula da direita) AINDA MAIS do que já tiham baixado. Liga um senhor e começa, ma Signor Presidente del Consiglio, MAS ONDE FOI QUE BAIXARAM ESSES IMPOSTOS, que eu não vi? Eu pago sempre mais impostos, todo ano! Se o senhor quiser lhe mostro a minha papelada! Nunca paguei taxas tão altas na minha vida, e as pensões nunca foram tão baixas!

Infelizmente tive que desligar e sair do carro bem na hora mais emocionante da discussão, porque tava atrasada pro trabalho.

Os cubanos (…) é que têm razão: homem que trabalha perde tempo precioso. Trabalhar só atrapalha a vida da gente.

ui

Sábado aproveitei a tarde de sol pra dar banho nos cachorros. O primeiro seria o Legolas, assanhadíssimo com a bolinha nova que minha mãe tinha mandado pela Marcia e eu sempre esquecia de levar pra ele. Normalmente ele vem quando eu chamo e fica quietinho enquanto eu o lavo, com aquela cara de sofredor resignado, mas dessa vez ele só queria brincar com o raio da bola e não parou quieto um segundo. Terminado o banho, fui pro campo jogar a bolinha pra ele correr e secar. Ele insistia em ficar passeando no meio do mato, pulando feito um cabrito pra lá e pra cá. Quando me abaixei pra pegar a bolinha (coisa que eu normalmente evito de fazer porque conheço bem o meu cachorro; me abaixo pouco e mantenho o rosto levantado, pra poder saber onde o Legolas está. Técnica aprendida depois de várias cabeçadas no queixo), que eu não conseguia ver exatamente por estar no meio do mato, ele levantou de repente e deu um pulo, pronto pra sair correndo e pegar a bolinha que eu ainda nem tinha jogado. Ô cachorro bobo! E foi nesse pulo que ele me deu a cabeçada. Imaginem um cachorro cabeça-dura, de mais ou menos 40 quilos, batendo com a cabeça no seu zigomático direito. Sacaram? Vi estrelinhas e fiquei parada rodando no meio do campo feito uma bêbada até alguém perceber que não, eu não estava mais brincando com o Leguinho, que a essa altura já tinha largado a bola e tava roendo um galho, amarradão. Senti logo a maçã do rosto inchando. E toma gelo. E como doía.

Passei o jantar todo (pizza feita em casa, salame feito em casa, pão feito pelo primo padeiro, vinho feito em casa, presunto feito em casa, salame de avestruz feito em casa, tomates da horta da tia do Mirco) com o gelo no rosto, mas mesmo assim ficou inchado, e super vermelho. Resolvemos dar um pulo no hospital em Perugia pra fazer um raio-X e ver se tinha alguma fratura. A médica de plantão disse que semana passada chegou um senhor com o punho quebrado. O labrador dele foi meio efusivo demais ao cumprimentá-lo depois de um longo dia de trabalho, o cara caiu e apoiou mal a mão. Show.

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Eu nunca tinha ido ao hospital aqui, a não ser pra acompanhar diversos familiares do Mirco. E quando fui ao pronto-socorro com o Ettore foi no outro hospital, que normalmente é mais tranquilo, o Monteluce. Dessa vez fomos ao Silvestrini, que concentra todo o movimento da província de Perugia, e a fila era enorme. Velhinhas bigodudas com pernas inchadas enfiadas em velhas Birkenstock, velhinhos de boina e óculos fundo de garrafa, um africano azul de tão preto numa cadeira de rodas, aparentemente com o tornozelo torcido, uma senhora com um polegar sangrando. Mirco, completamente avesso ao ambiente hospitalar, ainda mais depois da traumática operação do joelho, tava pálido feito vela. E eu só lembrando das histórias bizarras dos plantões de domingo/noite no Antonio Pedro, há anos-luz atrás. Engraçado que eu não sinto a menorrrrrrrrrrr nostalgia do ambiente hospitalar em si, mas sim da sensação que eu um dia já tive de estar à vontade ali dentro, de achar tudo natural, de pensar, de verdade, que o meu lugar era ali. Que boba que eu era.

Aqui neguinho quase não usa jaleco. Usam-se os pijaminhas verdes da cirurgia, ou então o uniforme do hospital – no caso do PS, calças laranja-gari (mesmo pra quem não trabalha de paramédico, fora, em ambulância) e camisa polo branca com um bordado no peito: o mapa da Umbria em verde, o número de emêrgencia médica, 118, em vermelho, e embaixo a inscrição Provincia di Perugia.

A fila é aquela esculhambação italiana de sempre: ninguém sabe quem chegou primeiro, quem é paciente e quem é acompanhante, o que tem que fazer, nada. Na porta, um aviso em Times New Roman:

O PRONTO-SOCORRO NÃO É AMBULATÓRIO PSICOSSOMÁTICO NEM RESOLVE PROBLEMAS SOCIAIS.

O PRONTO-SOCORRO NÃO É PRA QUEM PRECISA DE CONSULTA COM ESPECIALISTA, PEGAR RECEITA DE MEDICAMENTOS DE USO CRÔNICO, ETC.

O PRONTO-SOCORRO NÃO É PRA QUEM PRECISA SOMENTE DE APLICAÇÃO DE MEDICAMENTOS ENDOVENOSOS, NEBULIZAÇÃO, ETC.

Tem coisas que não mudam, não interessa a latitude…

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Uma paramédica descabelada me chama pra uma das salinhas. Dou um dos sobrenomes, ela insere no computador, nada. Eu tenho outros 4 sobrenomes, minha filha, vamos ver com qual deles eu fui inserida: Vieira. Pronto, lá vem toda a minha ficha técnica: onde eu moro, codice fiscale (como o nosso CPF), número da inscrição no sistema de saúde. Ela chama a médica sorridente, que vem com aquelas calças cor de abóbora horrendas me atender. O requerimento da radiografia sai da impressora, ela assina e me manda pra uma sala do outro lado do corredor, “depois dos elevadores, à esquerda”. Cartazes escritos à mão indicam o caminho da Radiologia. Uma enfermeira simpática bate a chapa (coisa mais P.I.M.B.A. esse bate a chapa…), me dá o laudo e me manda voltar pra médica. A essa altura o Mirco já viu uns dois acidentados chegarem de ambulância e está verde de nervoso. Espero mais um pouco, um outro paramédico antipático pergunta quem tem que mostrar algum exame, lá vou eu, a médica lê o laudo, olha a radiografia, não fica satisfeita, vai pedir uma opinião a alguém lá fora, volta, me diz que tá tudo bem, digita “crioterapia”, a impressora cospe outra página, volto pra casa com uma cópia do laudo radiográfico e a conduta a seguir.

curtas

Estou lançando um desafio. Quero que alguém me explique pra que serve um teto solar. Vamo lá, quero ver.

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Almocei köttbullar hoje. E gostei. Mas com molho de cranberries não, per carità.

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TÁ CHOVENDO OUTRA VEZ.

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Legolas me deu uma cabeçada involuntária na cara ontem. Estou com o olho direito roxo, mas a radiografia deu normal, nada de fratura. Desenvolverei esse assunto mais tarde.

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Eu AMO C.S.I.

Sei que estou em falta com posts e e-mails, mas é falta de saco mesmo. Daqui a pouco eu volto ao normal. Quero falar das eleições pro Parlamento Europeu (amanhã e depois), da jornada IKEA de amanhã com FeRnanda e Fabio, do tempo maluco. Mas agora tô sem saco. Aguardem e confiem.

Sei que estou em falta com posts e e-mails, mas é falta de saco mesmo. Daqui a pouco eu volto ao normal. Quero falar das eleições pro Parlamento Europeu (amanhã e depois), da jornada IKEA de amanhã com FeRnanda e Fabio, do tempo maluco. Mas agora tô sem saco. Aguardem e confiem.