Comendo clementine (tangerinas pequenas, sem caroço e deliciosas) enquanto verso coisas chatas de Português de Portugal ao Inglês. Lá fora a neblina é pesadíssima; não se vê nada, só uma nuvem branca gigante blanketing everything. Ótima escolha, os cravos; ao contrário das pobres dálias-anãs, que não conseguem dar flor de jeito nenhum com toda essa água que cai há meses, os cravos são plantas resistentes e que não se abalam nem com o excesso de chuva, nem com a neblina fria, nem com o vento forte. Suas flores estão todas lá, abertas ou abrindo, brancas, rosa-escuro, vermelhas. Ainda é cedo pra plantar os bulbos de tulipa que a cunhada mandou pelo correio; o frio ainda não chegou e a terra dos vasos ainda está encharcada. Minhas plantas de peperoncino continuam dando grandes pimentas, curvas como sabres, que ainda estão verdes demais pra ser colhidas. Ontem Arianna me deu de presente um buquê de peperoncino, lindo – depois tiro uma foto.

A casa inteira cheira a tangerina.