E eu pensando que o fim de semana seria light.
Só conseguimos sair da oficina às quatro da tarde, porque veio um cliente calabrês que de vez em quando aparece, e como paga sempre em dia e sem criar caso, foi atendido. O cara é louro de olhos azuis e tem cara de tudo menos de calabres; muito simpatico e educado. Ajudou a soldar uma plaquinha pra reforçar uma lateral do caminhão e só não veio almoçar com a gente porque ainda tinha que encarar umas dez horas de viagem até a Calábria.
Depois do almoço tardio Mirco foi cortar o cabelo, missão demoradíssima, porque o barbeiro dele não marca horário e a fila é sempre longa. Eu fiquei dando uma guaribada em casa e preparando o jantar pro Fabio e pra FeRnanda, que chegaram às oito e meia. Mirco chegou depois, exatamente do jeito que tinha saído a fila no barbeiro estava tão grande que ele resolveu deixar pra lá, continuar com o arbusto na cabeça e dane-se. Aproveitou o tempo livre pra ir fazer compras numa grande loja DIY (que aqui se chama fai-da-te) em Perugia, e voltou carregado de ferramentas, furadeiras, aparafusadores elétricos e outras coisas igualmente excitantes.
Pro jantar inventei um antipasto quente, e acabou que deu certo: forrei as minhas forminhas pra muffin de silicone com batata ralada, depois coloquei um pouco do recheio de salmão que tinha sobrado daquele jantar pros meninos que iam pra NY, cobri com mais batata ralada, polvilhei com sal e alecrim e pus no forno. Ficou bem gostoso. Depois fiz penne com salmão defumado (tínhamos que desencalhar o último salmão defumado que compramos na Metro, antes que acabasse a validade) e creme de leite. Simplinho e gostosinho, ainda mais com uma polvilhada de pimenta branca por cima. Fomos dormir cedo, porque estávamos exaustos e porque não tinha nada de interessante pra ver na TV.