Comecei uma turma nova hoje. Mais crianças, dessa vez um pouco menores. São quatro: A e F., meninos de 6 anos, insuportáveis. L, menina, 6 anos, imensos olhos castanhos, vestindo Burberry da cabeça aos pés, como a mãe. E C., 5 anos, que já morreu mas esqueceu de deitar, lenta, burra, parada, chatérrima. Os dois meninos trazem carrinhos e um avião dos Carabinieri pra “aula” e se recusam a fazer qualquer coisa que não seja brincar com os ditos. Gritam O TEMPO TODO, correm pela sala, se sujam com os pilots coloridos, e só desenham coisas que tenham rodas. Pedi a F. pra desenhar uma casa, ele disse: mas aí eu tenho que desenhar a garagem com os carros… Não, F., eles moram ao lado da estação de trem, não têm carro, vão trabalhar de trem. Mas deve passar algum ônibus perto, né? Deixa quieto, F., desenha um Papai Noel então. Posso botar rodas no trenó? NÃO, F., TRENÓ ANDA NA NEVE, AS RODAS SÓ ATRAPALHAM. Se você não quer que eu desenhe carros, eu posso desenhar um tanque de guerra…. AAAAAAAAAAAAAAAH!!!
As mães são, obviamente, exatamente iguais aos filhos.
Michael, o professor inglês que é chamado sempre que alguma mãe preocupada suspeita que eu não tenha nascido nos EUA e testemunha ao meu favor dizendo que meu inglês é tão limpo que eu poderia ler o telejornal, odeia crianças em geral, mas essas 4, ah, ele as mataria todas. Me l’ha detto chiaro e tondo: le impiccherei tutte! E le madri anche!