primeiros livrinhos do ano

Depois do Camilleri li Pecore Nere (“Ovelhas Negras”), uma série de contos escritos por quatro mulheres imigrantes ou filhas de imigrantes. Eu já tinha visto as meninas na televisão há alguns meses, e resolvi comprar o livro. O que eu achei delas na TV bateu perfeitamente com a minha impressão ao ler o livro. A garota que eu tive certeza que escreveria de um jeito que eu odeio realmente escreve de um jeito que eu odeio; as duas que me pareceram mais inteligentes escreveram os melhores contos. Gosto de literatura de imigração; lógico, é o que eu faço aqui toda vez que escrevo, é o que faz o povo do Mundo Pequeno – mas acho que a coletânea teria sido ainda mais interessante se tivessem chamado autores de outras origens. Porque todas as quatro têm alguma coisa de indiano e/ou muçulmano, então no final das contas cai-se sempre nos assuntos carne de porco, véu, Meca. Mas é interessante. E de leitura fácil e rápida.

Depois engatei logo Tutti Giù Per Terra (“Todo Mundo no Chão”), de Giuseppe Culicchia, um livro que foi sugerido na lista dos participantes do tal curso de narração que fiz em Perugia logo que cheguei do Rio. Achei divertidíssimo! A capa é broxante, mas o livro é muito engraçado. Dei muita risada, muita mesmo, e só fui dormir quando terminei, às duas da manhã (comecei à meia-noite, quando chegamos do jantar na casa do Gianni e da Chiara). Ótima dica.

E aí comecei La Guerra degli Antò (A Guerra dos Antò – Antò é apelido de Antonio; os personagens são quatro Antonios, amigos, punks, de Pescara), esqueci o nome da autora. Não está me entusiasmando muito; quando terminar digo o que achei.