nos cafundós

Tive uma nova experiência muito interessante hoje.

Eu e Michael, o inglês que deu o OK lingüístico pra eu trabalhar na escola, fomos mandados pra Cascia (leia-se Cásha, e é o tal lugar de onde veio a Santa Rita, vocês sabem, a que virou de Cássia em português), pra dar aula preparatória pros exames de Cambridge.

Só que Cascia é lá na puta que o pariu. A gente tem que telefonar antes pra perguntar se tem neve ou não, porque se tiver, a estrada fica intransitável. Mais de uma hora de viagem, eu dirigindo a Smart da escola e o Michael falando sem parar. A paisagem é um desbunde, e tenho que lembrar de levar uma máquina fotográfica semana que vem, porque tem muita coisa bonita pra ver.

A escola é um Liceo Scientifico, e a professora de inglês que nos recebeu é muito legal. Os alunos foram divididos em duas turmas: eu peguei a preparação pro PET, que é uma prova que eu nunca fiz e queria conhecer, e o Michael pegou os meninos do FCE. Meus alunos são 16, de idades variando de 14 a 18. Falam sem parar, mas com uma levantadinha de voz básica a coisa se resolveu. Eu me diverti, eles se divertiram e se maravilharam com o fato de que eu memorizei rapidinho todos os nomes (ooooh os poderes mnemônicos da paca… Como se fosse uma turma de 100 alunos… Adolescente se encanta com pouco, né). Foram duas horas bem interessantes.

Só que eu já estou até me vendo daqui a alguns meses, com vários pólipos nas cordas vocais. Porque estou dando uma média de 10 horas de aula por dia. Enfim.