Ontem começou o segundo semestre do primeiro ano. Tendo aula a tarde toda na escola, não consegui ir à primeira aula de Sociologia, mas hoje de manhã fui. Fui de carro porque depois tinha que sair correndo pra Foligno porque tinha aula em Cascia. Assim que estacionei o carro começou a cair uma neve, mas uma neve, com um vento miserável, que parecia até que estávamos, sei lá, na Sibéria. Neguinho na rua sendo arrastado pelo guarda-chuva aberto, a neve acumulando na roupa, na cabeça, nos carros, um fim do mundo! Da janela da sala de aula via-se um palmo de neve acumulada nos telhados, e nada de parar de nevar. E eu rezando pra não parar mesmo, porque queria assistir também à aula da tarde, de Teorie e Tecniche di Comunicazione di Massa.
A aula de Sociologia foi legal. O professor é novinho e cabeludo (até o ano passado era professor-assistente) e explica muito bem. Mas falou de várias coisas que não estão no manual, ou seja, vou precisar das anotações das minhas coleguinhas CDF Elisa e Ludovica pra complementar as aulas de segunda-feira que vou perder sempre. Mas dá pro gasto. Vai ter uma primeira prova em abril, escrita, só sobre essa chatice teórica, e a segunda prova, sobre aquela parte legal das novas sociedades orais e tecnológicas, vai ser em junho, junto com outros zilhões de provas que se acumularam pra mim porque não tive tempo de estudar pras de fevereiro. Se eu botar meu calendário de provas aqui vocês vão chorar comigo, juro.
No final das contas nevou em Cascia também, que é mais alta do que Perugia, e consegui assistir à aula da tarde porque quando neva lá pra cima é mais seguro não dar as caras, porque o risco de não conseguir descer a serra é real. A aula foi INTERESSANTÍSSIMA, e me corta o coração saber que nunca mais vou conseguir assistir a nenhuma. Caramba, como eu amo aprender coisas. O tema do dia foi a facilidade de filtrar as informações antes de repassá-las ao público, e vimos um filme feito por uma produtora independente mostrando como a queda da estátua do Saddam foi ridiculamente montada eram uns gatos-pingados adolescentes que, parece, nem eram iraquianos, e que só obedeciam às ordens dos soldados americanos. Uma jornalista iraquiana, anti-Saddam, diga-se de passagem, disse que guerra contra os Estados Unidos é que nem um filme de Hollywood: todo mundo sabe quem é o mocinho e quem é o bandido e como a história vai terminar, mas a gente gosta de assistir assim mesmo. Ho ho ho.
E eu perdendo essas aulas :(