Então ontem à noite ligamos a TV no Bruno Vespa, aquele nojo, e demos de cara com aquela vaca da Alessandra Mussolini (sim, a neta do Duce), de minissaia e botinha até o joelho, combinando direitinho com o batom rosa-paquita e o cabelo Farrah Fawcett, discutindo acaloradamente com Victoria Luxuria, que obviamente é uma transexual. Com MOOOOOOOITO mais classe que a Mussolini, LÓ-GI-CO. Enquanto a vaca loura falava por cima do que a Luxuria dizia, repetia os mesmos argumentos idiotas de quem não tem argumentos, e ofendia todas as bichas do mundo, fazendo careta de “cruzes, que diabos será isso” quando Luxuria falava em gays, lésbicas e transgender, a Luxuria, de terninho e camisa social branca, cabelos recatadamente presos e maquiagem light, veio documentadíssima. Leu trechos de discurtos demagógicos da Mussolini dizendo, feito o Papa, que amor não tem sexo, que todo mundo sabe dar carinho independentemente da escolha sexual, e todas aquelas coisas que todo mundo diz quando quer se fazer passar por bonzinho. Luxuria deitou e rolou na maior classe, lendo o que a Mussolini tinha escrito pra rebater todos os comentários da vaca loura contra gays etc. Teria sido muito divertido se não se tratasse de um assunto tão sério quanto o casamento gay (assunto sobre o qual não tenho opinião formada, diga-se de passagem e com muita honestidade). Acabei me sentindo envergonhada pela Mussolini, sabe, quando a gente se envergonha pelos outros?, porque, please, uma candidata a qualquer cargo importante NÃO PODE aparecer de minissaia e botinhas e batom rosa-paquita e cabelo Farrah Fawcett na televisão, não podeeeeeeee, e acabei desligando a televisão.
Mas a Victoria Luxuria ganhou de lavada. Até porque a Mussolini, acusada de fascismo, se saiu com essa: meglio fascista che froci, literalmente melhor facista que bicha.