Madrid

Acordamos cedo, banho, café etc, e passamos na Arianna pra dar tchau pra cachorrada antes de pegar Gianni e Chiara em casa. Em vez de estacionar no estacionamento de longa permanência do Fiumicino, que custa os olhos da cara, deixamos o carro em um dos muitos estacionamentos que surgiram nos arredores do aeroporto. Eles levam você ao terminal com um furgãozinho ou minivan, mais fácil do que o shuttle do estacionamento “oficial”, que tem horário pra passar e para em todos os pontos, feito cata-jeca.

O vôo, com a Air Madrid, atrasou pra cacete. E depois de embarcar ainda nos deixaram mofando dentro do avião por quase uma hora antes de finalmente decolar (eu dormi e nem percebi, mas me contaram hehehe). Um pouco de turbulência depois, chegamos a Madrid. Compramos os passes semanais pro metrô (18 euros por pessoa, viagens ilimitadas, ótima pedida) e fomos pro hotel Vincci, perto da estação Sevilla. O hotel é legal: 4 estrelas, bem localizado, bem decorado, quarto moderno, chuveiro di-vi-no, camas confortáveis, TV a cabo, ar condicionado, enfim, o básico necessário.

Saímos pra procurar lugar pra comer. Seguimos a Calle Mayor até a Plaza Mayor, e continuamos andando até encontrar uma filial da Vaca Argentina, uma cadeia de restaurantes com, lógico, carne de primeira. Só queeeeeeee… Essa mania espanhola de jantar tardíssimo é um saco. Às oito e meia estávamos morrendo de fome, depois de só um sanduíche vagabundo no aeroporto de Roma, mas ainda estava tudo fechado. Batemos na janela do restaurante pra perguntar a que horas abria e responderam lá de dentro, às nove. Como estávamos todos desmaiando de fome, paramos num boteco pra dividir um bocadillo de jamón – o famoso sanduíche de presunto. O lugar era bem boteco mesmo, azulejos antigos, relógios parados nas paredes, duas máquinas caça-níqueis, balcão de inox todo amassado, guardanapos no chão, cara de sujo. Numa das mesas, duas senhoras distintas tomavam cerveja e comiam batatas chips. O sanduíche estava bom, embora o aspecto não fosse dos melhores, mas o lugar me deu uma certa depressão. Às nove e um estávamos plantados na porta do restaurante, que ainda estava abrindo a porta, hohoho : )

Fomos atendidos por um garçom indiano e comemos muito bem. O vinho estava bom, e o preço foi honesto. Na volta paramos na Plaza Mayor pra encontrar um amigo do Gianni que também estava viajando pela Espanha com a namorada. A praça é bonita mas nenhuma Brastemp. Muita gente sentada no chão comendo salada, sorvete, sanduíche; muito adolescente DEITADO no chão sujo, um cheiro de xixi humano no ar, fui ficando irritada e ainda bem que a conversa não durou muito. Voltamos pro hotel e ainda paramos num mercadinho chinês pra comprar água mineral e iogurte.