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Fomos a Roma hoje. Daniele e Eun Hae tinham ido a Cisterna di Latina visitar o irmão dela, e aproveitamos pra ir de trem e voltar com eles de carro. Pesquisamos uma mostra qualquer que pudéssemos ver e achamos uma no Museo di Roma, atrás da Piazza Navona. É uma série de retratos de cardinais, nada de devastador mas mesmo assim vale a pena, sempre. Depois da mostra fomos tomar sorvete de maracujá na Gelateria della Palma, lóooooogico, e ainda fiz a maior propagandaça do maracujá propriamente dito quando a senhora do meu lado caiu na asneira de perguntar aos seus botões que fruta era. Eu não consigo deixar pergunta sem resposta, e não importa se a pergunta não foi feita pra mim. Então expliquei que é uma planta que dá uma flor linda (que ela conhecia, mas não sabia que fruta rolava, e se era comestível) e que o suco é muito refrescante, e que como sinto muita falta toda vez que vou a Roma passo religiosamente na Palma pra tomar o sorvete. Ela respondeu que vinha de sei lá onde (um subúrbio de Roma) só pra tomar sorvete lá de tão bom. E provou o maracujá, gostou e me agradeceu.

(meu outro sabor – porque na Itália ninguém toma sorvete de um gosto só – foi Variegato Nutella e Mou, mais ou menos sorvete de baunilha mal misturado com Nutella e doce de leite. Matem-se de ódio, crianças.)

Na volta paramos em Deruta pra comer numa pizzaria que o Daniele conhecia. Cara, o garoto tem muita grana, dois carrões de sei lá quantos mil euros na garagem, mas putz, vai viver mal assim na China! Mora mal (a casa é entupida de coisas velhas porque ele não joga nada fora, nunca), o carro que usa pra trabalhar é uma Lancia caindo aos pedaços dos anos 70, tudo o que você dá pra ele comer ele acha bom. A comida supernormal, nada de especial, e ele boooooooooom, lambendo os beiços. Muito estranha, a vida.

O dia passou rapidinho. Ainda lembrei de mandar um beijinho mental pra Isabella, mas foi só. Estávamos cansados quando chegamos em casa, mas felizes, porque Roma, vocês sabem…