to L.A.

Hoje foi dia de compras. Passamos a manhã refazendo as malas e esperando Mirco e Yari, que esqueceram da vida olhando os surfistas na praia. Depois de muito tempo tentando ajeitar as malas no carro, fomos ao shopping UTC, onde deixamos todo mundo, e eu e Mirco fomos correndo à IKEA (não somos fanáticos, é que eu tinha um gift card pra gastar nos EUA). Em meia hora entramos, compramos, pagamos e saímos, e dez minutos depois estávamos de volta ao UTC. Enquanto as meninas caíam num shopping spree animado, nós, que já tínhamos comprado tudo o que queríamos, ficamos sentados à sombra de um gazebo esperando. Dali voltamos ao hotel, onde estacionamos o carro enquanto almoçávamos no local ao lado, aquele do armeno simpático. Gianni inclusive pilotou a máquina de café pra poder finalmente tomar um espresso decente (só decente, é claro, porque a qualidade do café não era ideal, blah blah blah). Quando terminamos já era metade da tarde, e pegamos a estrada pra Los Angeles.

Um trânsito do cacete, lógico, e só não levamos mais tempo pra chegar porque podíamos usar a pista de car pooling. E bota car pooling nisso: depois das compras todas, a coitada da Anna Lisa, que no início da viagem deitava no banco de trás e tirava altos roncos, dessa vez foi espremida entre uma fruteira da IKEA, sacolas da Gap e bolsas da Nike.

Chegamos em L.A. debaixo de chuva e absolutamente exaustos. Deixamos as malas no Travelodge perto do aeroporto e fomos dar uma volta, pra ver Santa Monica, pelo menos, mas levamos tanto tempo parados no trânsito que arriscamos inclusive ficar sem combustível. Voltamos correndo pro hotel, comemos qualquer coisa no Denny’s do lado do hotel mesmo e enquanto o Mirco roncava eu me dediquei à tarefa ingrata de reorganizar as malas pra caber toda a tralha que compramos.

Aí neguinho fica achando que eu sou a superhipermega consumista, mas não é assim. Eu gosto de coisas diferentes do que todo mundo tem, então dificilmente compro roupas na Itália (só na Benetton e na Sisley, quando entra em liquidação, e mesmo assim são no máximo 150 euros por ano). Mirco, então, não compra nada aqui nem pagando, porque ele tem uma certa alergia à Itália. E ele consome MUITA roupa, porque é muito agitado, faz mil coisas ao mesmo tempo, e volta e meia esquece de usar roupa de trabalho pra ir pra oficina e volta com um jeans novinho manchado de tinta bem na coxa. Tendo que enfrentar poeira, tinta, diluente e outras coisas horríveis, seus sapatos não duram nada. Celulares idem, apesar de ficarem sempre no bolso; os cutões de poeira por trás da tela são impressionantes. Então quando viajamos SEMPRE compramos roupa. SEMPRE. Assim unimos o útil ao agradável: temos roupas que ninguém aqui tem, e ainda por cima analisamos a disponibilidade de produtos em outros países. Lindo, né.

Boa noite.