Fomos comer uma pizza e tomar sorvete na praça em Santa Maria com José e Kate. Kate, como eu, também abriu uma partita IVA (o equivalente ao CGC) e tá trabalhando de casa. José está como tradutor fixo na agência do Careca, que é o meu maior cliente. Ele ainda mantém contato com a única pessoa sã de mente que ainda trabalha pro Dragão Laranja lá no manicômio, e que só está lá porque está namorando uma garota que acabou de chegar e que morre de medo de se demitir.
A última novidade é que o Dragão alugou um apartamento em frente à agência do Careca e colocou um detetive particular pra vigiar e tirar fotos.
A coisa mais hilária é que ninguém sabe o que ela acha que está vigiando, já que a agência é só isso, uma agência de tradução, onde pessoas vão pra trabalhar e mais nada. Quando esse cara que ainda trabalha pra ela apresentou a carta de demissão, mês passado, o Dragão e seus coiotes o aterrorizaram com mil ameaças vazias (como fazem sempre), tiveram a sorte de deixá-lo sem reação, mostraram uma foto dele entrando na agência do Careca (aonde ele tinha ido fazer uma entrevista de emprego) e ele, apavorado, desistiu da demissão e ficou. Assim ficamos sabendo do lance do apartamento e do investigador.
É ou não é como estar dentro de uma novela da Globo? Mas usando um modelo americano, aqueles que não terminam nunca, tipo Days of Our Lives. Você acha que chegou ao clímax, e aí uma outra coisa bizarra vai e acontece. Tô rindo até agora.