Me mudaram pra Suécia e não me avisaram?
Fui ao Ipercoop hoje aproveitar as promoções de primavera pra comprar plantas. Tinha um certo tempo que eu não ia porque tenho estado enrolada durante a semana e no fim de semana a coisa é inviável de tão lotada. Como a manhã hoje foi tranquila e às nove e meia eu já tinha feito ginástica, tomado banho, levado a Carol na escola e dado uma agilizada no almoço, resolvi dar um pulo por lá.
A primeira surpresa veio no carrinho, que estava com um pequeno suporte de plástico branco perto da barra onde seguramos. Minha primeira reação foi “Genial, botaram um porta-celular nos carrinhos!”, imediatamente seguida de “Anta, claro que não é pra celular, é pequeno demais pra um iPhone e grande demais pros telefones velhos que muita gente ainda usa, tipo Startac”. Entrei pronta pra perguntar o que diabos era aquilo, e qual não foi a minha surpresa ao encontrar um stand com duas mulherzinhas vestidas de amarelo bem na entrada do supermercado. Atrás delas, uma espécie de estante cheia de coisinhas parecidas com celulares. Pra variar, a maioria das pessoas passava batido; eu parei pra perguntar o que era. E o que era, senhoras e senhores, é uma das coisas mais lindas do mundo.
Trata-se de um leitor de código de barras portátil. Funciona assim: você chega no supermercado, passa o seu cartão fidelidade no leitor de código de barras fixo dessa espécie de estante, o sistema escolhe um leitor portátil pra você e acende uma luz verde embaixo dele pra você identificar qual é. Você vai lá, pega o bichinho, bota no suporte do seu carrinho e começa a fazer as suas compras. Cada coisa que você comprar você passa no leitor portátil antes de botar no carrinho. Quando você chega na caixa já está com todos os itens devidamente passados; só precisa apertar de novo o botão do leitor portátil pra ativar o laser, de modo que ele seja lido pela caixa self-service, e depois é só seguir as instruções na tela – usou alguma sacola de plástico ou não, confirmar o valor, forma de pagamento, senha do cartão se for cartão, enfiar o dinheiro se for cash. A maquininha cospe a nota fiscal, que você tem que passar num outro leitor de código de barras na saída, e pronto. CLARO que muita gente vai se enrolar e no começo vai acabar tendo fila do mesmo jeito enquanto o fulaninho procura o botão certo, cata o óculos no buraco negro da bolsa pra poder enxergar o display e coisa e tal, mas, caramba, cês tão entendendo o nível da revolução? Tão entendendo a magavilha que vai ser viver livre do medo de cair na caixa mais lerda do supermercado inteiro? Tão entendendo a coisa linda que vai ser depois que neguinho se acostumar e fizer o processo todo de olhos fechados, gastando tipo uns 30 segundos no total pra pagar as compras?
Pro mundo ficar perfeito agora só falta abolirem as zonas diferentes dos DVDs e todos os países passarem a utilizar exatamente o mesmo modelo de tomada.
Caramba, eu nunca ouvi falar nisso aqui em Londres… Que lindo!
Aqui já tem há anos e é ótimo, todo mundo usa. Eu uso todas as vezes que vou fazer compras e evito os supermercados que não oferecem esses scanners.
Hoje não consigo fazer compras sem esse aparelho, as coisas aumentaram tanto que o controle dos gastos é essencial para não ter surpresas na hora de pagar. Os idosos da minha cidade resolveram o problema muito rápido e fizeram o cartão de crédito da Coop assim com o mesmo cartão eles pegam o aparelho e pagam depois.
Aqui tem alguns caixas self-service, mas temos que escanear as coisas no caixa, sem aparelhinho. Mas caixa alemão normalmente trabalha na velocidade da luz, então fila não é um problema grave aqui. Terra da fila interminável é o Brasil mesmo.
Maravilhoso! Tinha que ser assim em todo lugar!
Tatiana, onde você mora que tem isso? Nunca vi em nenhuma das cidades onde morei!
No Brejo de Baixo a coisa tb já é assim há algumas temporadas. Os cabeça-de-queijo se adaptaram bem. Uma amiga minha sempre esquece de escanear coisas aqui e ali. Foi pega na amstragem algumas vezes. Foi proibida de usar a modernidade! Eu uma vez não escaneei uns 5 livros (tinha uma “liquida” de livros no AH). Não voltei para pagar! A malfeitora.
Aqui existe desde 2005 e até as velhinhas já se acostumaram. Minha mãe, quando me visitou, jurou que no Brasil neguinho ia fazer compra do mês com 100 reais. Eu amo, já vou colocando nas minhas ecobags e acabo as compras com elas já empacotadas.
Aqui na Gringolândia ianque tem já há algum tempo, mas infelizmente as pessoas não se acostumaram…os aparelhinhos ficam lá, mofando, e as filas continuam. Nunca vi uma viva alma além do Jake e eu usando, infelizmente :(