socorro

Crianças, vocês não têm idéia da tempestade que se abalou sobre a região aqui ontem.

Tenho pra mim que a coisa começou na segunda, porque foi um dia MUITO sinistro, de ventos estranhos, céu nublado cedo de manhã, sol que saiu, nuvens que voltaram, e um pôr-do-sol que espalhou um amarelo insalubre pelo ar. Amarelo mesmo, aquele amarelo ictérico, doente. Horrível, me assustou, nunca tinha visto uma coisa assim.

Ontem ventou o dia inteiro. Não só eu tava agitada com toda essa história das passagens, compradas ontem depois do almoço, na internet; os pinheiros lá fora também balançavam bêbados, crianças jogavam bola aos berros no jardim público, o vento soprava, soprava, batia portas, arrastava o varal na varanda. Fomos jantar na casa da FeRnanda pra ver o DVD do casamento deles, e quanto voltamos ainda ventava sem parar, mas nada de chuva.

De madrugada… Os raios e relâmpagos iluminavam nosso quarto mesmo com as persianas todas fechadas. Os trovões sacudiam a terra. Imaginem uma trovoada de 15 segundos (eu contei) que parece que tá rolando debaixo da sua cama, de tão alta. O Mirco chegou até a acordar, clara indicação da magnitude da coisa, porque ele tem um sono de pedra e só acorda quando o céu está caindo sobre as nossas cabeças, como foi essa noite. A noite inteira aquilo, relâmpago e luz no quarto, logo depois o trovão com muito, mas muito barulho, os cachorros das casas vizinhas latindo e uivando. Dormi incrivelmente mal, tive sonhos bizarríssimos dos quais felizmente não lembro, e hoje acordei com uma dor de cabeça incrível.

Ainda bem que as minhas missões de hoje são light: levar o carro do Mirco pra lavar, ir aos 3 bancos resolver umas coisas pra oficina, e mais tarde vamos ao Ipercoop comprar um secador de cabelo pro Ettore (don’t ask), uma calculadora nova pra oficina porque a velha subiu no telhado, e aproveitar pra fazer as compras de comidas pra levar pro Rio. Também tenho que passar roupa e começar a fazer as malas… Amanhã FeRnanda e Fabião vêm jantar strogonoff de despedida e na sexta ainda tenho que passar no hospital de manhã cedo, antes de partir, pra pegar as cópias das radiografias do Ettore.

Já tô cansada só de pensar.