sorry, it’s all that I can say

Pois então. Tenho zilhões de desculpas a pedir, zilhões de pessoas que eu gostaria MUITO de ter encontrado/conhecido, mas que pelos mais variados motivos acabou não rolando. Tento me explicar: fiquei tanto tempo sem voltar ao Brasil que minha agenda ficou apertada, e as três semanas não foram suficientes pra descascar todos os pepinos e abacaxis pendentes, muito menos pra ver todo mundo que eu queria ver. Fora que nos primeiros dias tive aquela enxaqueca bizarra e inédita, e nos dias seguintes peguei um resfriado chatíssimo. Mas acho que posso citar como causa principal da negligência a minha famigerada preguiça social. Eu detesto falar ao telefone e morro de preguiça de entrar em contato com pessoas. Mesmo pessoas queridas. Sim, minha preguiça chega a esse ponto. Mais do que isso, porém, essa viagem ao Rio foi tão, tão estranha, foi tão realidade paralela, tão portal para outra dimensão espaço/tempo, que não deu tempo nem pra me reorientar, reposicionar meus pensamentos, ajustar as idéias. Foram três semanas desorientada, deslocada, perdidona mesmo. Perdida no limbo. Prometo que não vou mais deixar passar tanto tempo sem voltar, se for possivel. Pra dar tempo pelo menos de organizar as idéias na cachola e não olhar pro William Bonner falando na TV como se ele fosse um marciano, nem esquecer a ordem das ruas transversais de Ipanema.

Minhas desculpas oficiais vão, totalmente fora de qualquer ordem, cronológica, sentimental ou alfabética:

. À Marcinha Aguiar. Shame on me.
. À Cora, que mora do lado da casa da minha mãe. No comments.
. À Carol, que hospedou meu cachorro até minha mãe trazê-lo pra cá. Não tenho palavras.
. À Aninha, pra quem eu mandei e-mail antes de viajar, como pra todo mundo, mas o e-mail voltou e eu só fui ver quando voltei à Itália. Nesse caso tenho como comprovar minha inocência ;)
. À Bia Badaud, com quem excrusive eu queria tirar umas clássicas dúvidas lipoaspiratídicas.
. À minha tia Lourdinha, que eu adoro e não tenho absolutamente nenhuma desculpa pra não ter ligado.
. Ao Telmo, professor de Ortopedia e amigo, que tem uns horários de trabalho bizarros na clínica perto de casa (Ortopedistas Associados, na Miguel Lemos) e eu fui lá procurar várias vezes mas nunca dei a sorte de encontrar.

Provavelmente tem mais gente, mas agora não estou lembrando. De qualquer maneira, quem se sentiu ignorado/abandonado tem toda a razão. Podem me bater. Na próxima vez vou tentar me comportar melhor.