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Ontem tivemos um dia cheio – cheio de programas inusitados. Mirco trabalhou até as quatro da tarde, e eu fiquei em casa dando uma faxinada, passando roupa, dando uma engatilhada no almoço – enfim, ameliando. Almoçamos um risotinho básico de abobrinha, salmão e açafrão, e logo depois chegaram Peppone e um casal de amigos. Esse casal vai passar dez dias em NY em janeiro e queria dicas do que ver, onde dormir, etc. O lance é que o Mirco sempre viajou muito, então todo mundo que quer dicas de viagem vem encher o saco dele. Pois então; esse casal é muito simpático. Ela é esperta pra caramba, apesar da combinação scarpin de cobra de salto altíssimo + jeans D&G + suéter de tricô com capuz, muito esportivo. O namorado é o clássico salame roedor de unha, mas bonzinho. Eles ficaram aqui até quase as seis, e depois que foram embora nos mandamos pro cinema.

Vimos Ocean’s Twelve, e achamos uma bosta. Não uma bosta comparada com Ocean’s Eleven; uma bosta mesmo. Roteiro esburacado, silêncios irônicos que não têm graça, private jokes, e inúuuuuuuuuuumeras forçações de barra. Só vale porque grande parte do filme se passa em Roma, que vocês tão carecas de saber que é tudo na vida, e porque tem o George, e porque a Zeta-Jones está absolutamente deslumbrante, com um corte de cabelo que ficou ó-te-mo.

E depois do cinema e de um sanduichinho na Pans & Company do shopping fomos pra casa do Roberto, em Santa Maria. Tínhamos sido convidados pra jogar Pictionary (tipo um Imagem e Ação, lembram?) com Roberto, Cristiana e outro casal de amigos, mas acabamos jogando outras coisas. Um jogo se chamava Taboo e é bem legal: você tira uma carta do maço e tem o tempo da ampulheta pra fazer os seus companheiros de time descobrirem a palavra escrita na carta, sem em nenhum momento mencionar certas palavras que também estão na carta – essas são as palavras-tabu. Por exemplo: a palavra que meu grupo tem que adivinhar é espelho, e as palavras tabu são reflexo, imagem, etc. Parece fácil, mas em certos casos você tem que dar uma volta danada pra chegar na bendita palavra. Até deu pra rir, mas nem eu nem Mirco somos pessoas particularmente competitivas, e não gostamos de jogar coisa nenhuma; o Mirco só gosta de competir com ele mesmo, e eu não gosto de competir com ninguém, principalmente comigo mesma. Mirco errou todas, não conseguiu fazer ninguém adivinhar nada, ficou nervoso e estressado, e acabou não se divertindo. Depois jogamos um negócio com cartas e uma maquininha que cospe cartas em você; esse é legal, mas a gente demorou tanto pra montar a maquininha e entender as regras que depois de duas rodadas já era mais de meia-noite e ninguém se agüentava mais em pé. Fomos pra casa e chapamos imediatamente.