Descobri no Lidl, supermercado que consegue ser ainda mais P.I.M.B.A. do que o Penny, um pão de semente de girassol que é uma coisa. Denso como um meteorito, mas delicioso.

Eu sou louca por pão. De qualquer maneira, basta que seja salgado – o que automaticamente exclui o pão cascudo e sciapo (se pronuncia chapo, literalmente sem sal) tradicional aqui da Itália central e que eu uso só pra fazer bruschetta. Adoro pães esquisitos, com texturas bizarras, grãozinhos não-identificados dentro, cores suspeitas, nham nham. Nossas férias de verão do ano passado foram estranhas, afinal de contas odiamos Berlim (o que significa que meu diploma foi comprado), mas só a loja de pães de Lubeck valeu por todo o perrengue. Claro que eu não entendia nada do que estava escrito nas etiquetas e claro que ninguém na loja falava Inglês, mas mesmo assim voltamos pra casa carregados de pães misteriosos, de todos os tipos e formas. Um deles tinha esses grãos estranhos, que eu não cheguei a identificar, e só fui reconhecer no último sábado, quando vi o tal pão-meteorito no Lidl, com um desenho de um girassol gigante na embalagem. Até hoje não sei o que mais eu comi, além de semente de girassol, naqueles outros pães de Lubeck, mas sei que tava tudo ótimo.

Almoço de hoje: penne com tomatinhos da horta da Arianna, crus, com alho, azeite e em teoria manjericão também, mas hoje esqueci. Eu, que não como tomate cru, fiz uma salada fria de trigo com cenoura, abobrinha e um ovo cozido. Depois comemos uma fatia de pão-meteorito com fontina, um queijo macio que não tem gosto de nada mas que eu adoro.

Aproveitei o ensejo pra preparar e congelar uns hamburgers básicos. Adotei a idéia da minha mãe de misturar um pouco de aveia, assim o hamburger fica crocantão. Tempero com cebola cortada pequeniniiiiinha, sal, pimenta-do-reino, ervinhas secas (uma mistura de salsinha, hortelã, alecrim, estragão) e um pouco de farinha de rosca pra render mais. Não é porque sou eu que faço não, mas é o melhor hamburger que já comemos.

E zé finí.