Middlesex

Aliás, falando em livro.

Consegui terminar Middlesex, de Jeffrey Eugenides (autor de Virgin Suicides), à custa de muito esperar aluno atrasado e fila no banco e nos correios. Gostei MUITO, não tanto da problemática hermafrodita do personagem principal, mas da história da família de origem grega que migra pra Detroit. Desdemona é um personagem fenomenal e me fez abrir largos sorrisos. Gostei, gostei.

Agora estou com esse In Patagonia, de Chatwin, que não sei quando vou conseguir curtir, porque tenho milhões de páginas (algumas chatas, outras legais) pra traduzir com urgência, turmas novas pintando em horários surreais (sábado de uma e meia a três e meia, sexta das oito às dez da noite!), e na próxima semana um zilhão de faturas pra fazer.

Hoje acordei ainda com dor de cabeça e zonza depois de tanta música chata ontem à noite. Perambulei pela casa, inútil, até as nove, quando finalmente me convenci de que não tinha condições de sair pra correr debaixo do sol forte, com essa dor de cabeça. Dei uma mini-geral na casa e sentei pra escrever. E agora tenho que ir pra cozinha bater um bolo bem gostoso pro Ettore, que foi operado no ombro ontem à tarde e em teoria volta pra casa hoje. Mas cadê a vontade? Cadê a vontade de fazer faxina também? E a vontade de traduzir as coisas chatas? E de lavar o cabelo? E de dar aula até as três e meia da tarde? E de depois ir direto pra casa do Moreno, pra ajudar a mãe dele, que é uma simpatia, com os preparativos do jantar de hoje – finalmente as lesmas vão pra panela, e parece que a coisa vai ser trabalhosa.

Que vontade de passar alguns dias em animação suspensa, quase comatosa, pra descansar os neurônios.