Às duas da madrugada de hoje nasceu o Alessandro, filho do Marco e da Michela. Depois do trabalho fui ao hospital de Assis conhecer a criança e parabenizar os pais. Marco, que é uma pessoa muito particular, estava todo bobo mas obviamente se cagando de medo. O bebê é uma gracinha, três quilos e meio, cabeludinho mas não muito, as unhas compridas, os dedos ainda enrugados. Mirco comprou uma planta (porque flores morrem logo e não gostamos de ver coisas morrendo) pra eles e uma igual pra nós, e foi de paletó visitar o menino.
Foi interessante pra nós dois, porque eu só vi recém-nascidos no hospital onde estudei; nenhuma amiga minha tem filhos e não acompanhei de perto as gestações das minhas primas mais velhas, de modo que nunca tinha tido a oportunidade de participar assim de tão pertinho de uma nova vida que chega. Mirco, então, que tem família pequena e nunca tinha visto bebê tão pequeno, ficou chocado. Toda hora olhava pra mim e dizia mas é pequeno DEMAIS, como é possível? Michela com aquela cara de mãe, já sabendo instintivamente tudo o que há pra saber, observando as mãozinhas microscópicas que abrem e fecham durante o sono agitado, os minilábios que mamam o vazio, a posição de rã. Aquele cheirinho inconfundível de bebê no quarto, todo mundo sussurrando. Pensei logo na Carola, na mulher do Walterino, na FeRnanda que quer engravidar, na Dani irmã da Mari que já engravidou, na Ane com a linda Isabella, na Christine, na Criss. Beijos a todas!
E quando chegamos em casa nem ligamos a televisão e nem conversamos, touched by the scene; jantei minha sopa de fava com macarrãozinho em silêncio, li meia página e capotei.