jantar marromeno

Como hoje eu ainda estava meio assim-assim, Mirco resolveu jantar fora. Veio me encontrar em Foligno, deixamos a Uno largada em um canteiro em um lugar de pouco movimento e fomos pra Trevi. Quem indicou o restaurante foi o Gianni, que é um amor mas meio complicado; levamos séculos pra achar o tal lugar, que é escondido pacas. Restaurante bonitinho, bisteca fiorentina cheirosa na mesa ao lado, eu não tava com muita fome porque só tinha conseguido almoçar às quatro da tarde, mas como tinha sido basicamente tudo abobrinha e cenoura e pouquíssimo macarrão, achei que poderia encarar um jantar. De primo encaramos o risotto della casa, mínimo duas pessoas (veio uma bandeja inteira, comida pra cacete), delicioso, com tartufo e uma espécie de creme de queijo (a garçonete disse que era gruyère e parmesão). Mirco pediu filetto al pepe verde, que veio mais altinho e suculento do que o normal, e eu fui de scamorza, meu queijo preferido, na grelha – nada de particular. Não conseguimos terminar a garrafa de Rosso di Montefalco, nosso vinho mais amado. Estávamos tão cansados os dois que nem curtimos nada direito. Mas foi a primeira vez que fomos a Trevi; a cidade é lindinha e de dia deve ser uma delícia. Ficamos de voltar.

E pra sair da cidade? Cacetes estrelados, mas um mínimo, um mínimo de sinalização estradal não, né? A cidade fica no alto de uma colina e é óbvio que precisávamos descer, mas por onde, se giramos em círculos várias vezes e demos de cara com várias ruas fechadas ou com mão invertida por causa de obras? Depois de uns 15 minutos conseguimos finalmente achar a estrada certa. E como quarta-feira é o pior dia da semana em termos de televisão, nada nos restou a fazer senão dormir e digerir.