Estava quase na altura da saída pra Rivotorto, ultrapassando um velhinho e ouvindo Green Day nas alturas, quando começo a ouvir um barulho estranho. Putz, o pneu. Bosta. Não tinha onde encostar na estrada, então rodei mais uns cem metros e peguei a saída. Como em Rivotorto nada acontece nunca e ninguém passa, consegui parar o carro em uma espécie de baia lateral, sem incomodar ninguém. Desci e olhei o pneu: completamente estourado, caramba. Liguei pra escola pra avisar pra Simona que eu chegaria atrasada, porque nunca troquei pneu e provavelmente iria demorar. Ela teve a feliz idéia de ligar pro meu aluno engenheiro brilhante, que, morando em Bastia, tinha necessariamente que passar por ali. Cinco minutos depois lá vem ele com o seu Toyota. Trocou o pneu em inglês e lá fui eu, a oitenta por hora como uma velhinha, até a escola. Conversamos por uma hora e nos despedimos. Mas ganhei uma aluna particular, a mulher dele, obá. O resto do dia foi light; sexta-feira é o dia dos alunos educados: um engenheiro, um filho de dentista, um filho de médico, um médico. E que coisa linda sair da escola com um pouquinho de luz ainda no céu! Dilissa!