Como eu disse ontem, o Ralph, o cao corso aqui do escritorio/casa, foi mordido pelo Pedro, o Sao Bernardo. Hoje liga o funcionario da companhia de seguros (tudo que é cachorro aqui tem seguro, é obrigatorio) pra saber exatamente o que aconteceu. E se dah o seguinte dialogo absolutamente surreal:
– Entao, o codigo (a tatuagem) do cachorro é PGxxxx, que corresponde a um husky siberiano, nao?
(detalhe que os italianos, incapazes de fazer o som h do ingles, correspondente ao nosso rr, simplesmente nao o pronunciam. E assim husky vira “âski”).
– Nao, senhor, é um cao corso.
– Mas aqui tem escrito âski.
– Mas o cachorro é um cao corso.
– Hm… Tem muita diferença?
(pausa para vomitos e convulsoes incontrolaveis)
– Tem toda a diferença do mundo, meu senhor.
– Bom, de qualquer forma, o numero corresponde a um âski, de propriedade da senhora Simona C., em Assis, nao?
– Sim, soh que nao é um hhhhhusky, é um cao corso.
– Mas ele nao foi mordido ontem?
– Sim senhor.
– Entao, bate direitinho. Âski, Simona C., Assis, mordido ontem.
– Sim senhor, soh que NAO é um hhhhhhhhhusky, é um cao corso. Que que eu posso fazer, nao posso fazer o cachorro mudar de raça!
– Isso quem vai decidir sao as autoridades competentes. De qualquer maneira, obrigado.