jean e mel

E fomos ver I Fiumi di Porpora 2, que não sei como é em português – Rios de Sangue, talvez? Rios Vermelhos? Eu gosto de thrillers com tema religioso. Acho a história de qualquer religião uma coisa tão sinistra que não consigo imaginar um background melhor pra ambientar um filme desse tipo. Então fui toda pimpona, crente que ia ver um filmaço, tipo Second Name, do qual gostei muito. Doce ilusão, ó paca.

O filme começa mais ou menos bem, com algumas belas imagens e o charme antipático do Jean Reno. Mas logo o roteiro começa a mostrar-se como é: incrivelmente esburacado e sem sentido. Não se explica nada, não há nenhuma noção de tempo ou de espaço, os personagens não têm nenhuma profundidade, TODOS os lugares do filme são sinistros e lúgubres (vai ser óbvio assim na China), e há vários absurdos científicos que só podem ser resultado de duas coisas (ou uma combinação delas): 1) a certeza de que os espectadores são todos idiotas E desinformados e 2) preguiça de fazer direito a pesquisa necessária quando se fala de anfetaminas, de Linha Maginot, de Bíblia. Saí do cinema decepcionada. E isso me deixa meio irritadinha.

Então começamos a falar sobre o filme do Mel (sentiram a intimidade?), que felizmente não vai ser dublado quando sair aqui, dia 7 de abril. Acaba que o Peppe, amigo carola do Mirco, já viu o filme, legendado em Inglês, num CD piratão que depois foi devidamente repassado aos frades do convento que ele frequenta (aquele onde fomos ver um jogo da Juve ano passado, vão lá procurar nos arquivos que eu não lembro mais quando foi). Vamos ver se ele faz a caridade cristã de nos fazer uma cópia do CD. Porque eu não tô a fim de pagar 7 euros pra ver esquartejamento de ninguém na tela, mas ao mesmo tempo tô morrendo de curiosidade…