Lição de hoje: diferenças óbvias entre termos obviamente diferentes, mas que mesmo assim neguinho confunde e com isso ESTÃO TORRANDO A MINHA JÁ POUCA PACIÊNCIA.
Preconceito e pós-conceito. Se eu já vi vários filmes de um determinado diretor e achei todos um porre, é provável que eu não vá gostar do próximo que sair. Prefiro nem assistir, porque a possibilidade de não gostar e gastar dinheiro de ingresso à toa é grande. É preconceito, porque julguei antes de ver, mas baseando-me em experiências passadas. Na minha opinião, a imensa maioria dos preconceitos é desse tipo, ou seja, baseado em estatística. Não é nem certo nem errado, nem bonito nem feio: é inevitável, e é um mecanismo de proteção muito eficaz também.
Por outro lado, se eu vi um filme qualquer e achei uma merda, tenho o direito de dizer “achei uma merda”. Atualmente, porém, se o diretor for negro, mulher, homossexual ou pobre, dizer “achei uma merda” imediatamente me transformará em racista, preconceituosa (veja bem, mesmo eu tendo formado o meu conceito DEPOIS de ter visto o filme), e/ou invejosa.
Objetivo e subjetivo. Azul é azul, uma maçã é uma maçã, um pé direito é um pé direito e não um esquerdo, uma mulher promíscua é uma mulher promíscua (doravante chamada piranha). Todos esses conceitos são OBJETIVOS. Feio é subjetivo, chato é subjetivo, gostoso é subjetivo, fedorento um pouco menos subjetivo.
O adjetivo/substantivo piranha não é, nunca foi e jamais vai ser subjetivo. Assim como azul, maçã e pé direito também não o são. Piranha só vai ser usado preconceituosamente quando eu chamar de piranha uma mulher cujos hábitos sexuais não conheço e cuja atitude e postura não dão indicações de comportamento promíscuo.
p.s.: Não vou ficar aqui discutindo quantos parceiros uma pessoa deve ter pra ser considerada promíscua. A OMS determinou 2 parceiros diferentes por ano, o que me parece às vezes razoável, às vezes ridículo. O número exato de parceiros que transforma uma pessoa em piranha é subjetivo até um certo ponto; “um monte de parceiros” não precisa se referir a um número exato pra permitir a compreensão do conceito de piranha. Tenho certeza de que qualquer pessoa equilibradazinha entende o que eu quero dizer.
Relatar e criticar/achincalhar.
Bom, se eu precisar explicar esse tipo de diferença aos meus ótimos leitores, melhor fechar o blog.
O pior cego é o que não quer ver.
E não adianta tapar o sol com a peneira.