resposta à Raquel porque o meu e-mail ta’ bichado pra mandar mensagem

Oi Raquel, tudo beleza?

Caramba, obrigada pelo e-mail :) O problema é que quando eu recebo coisas
de fora da Uniao Européia la’ na Italia eu tenho que pagar pra retirar, e
na maioria das vezes o que eu pago custa praticamente o mesmo preço da
coisa que eu comprei! Acaba sendo a maior roubada, infelizmente :( Mas
pode deixar que se eu precisar dos seus “selviços” como intermediaria eu
aviso! :)

De qualquer maneira, obrigada mesmo. E prometo que vou voltar a escrever
ja’ ja’ – é questao de vida ou morte, tenho um megatrabalho infinitamente
chato pra entregar na quarta, mas depois disso vou voltar a ter uma vida
relativamente normal.

bjinhos
leticia

Tô precisando de alguém que esteja vindo dos EUA pro Rio no máximo até os primeiros dez dias de agosto, ou então de alguém que esteja indo dos EUA pra Europa num futuro próximo, pra trazer uma coisa pra mim aqui no Rio ou mandá-la pelo correio pra Itália de qualquer país europeu. Isso porque não entregam a coisa fora dos EUA e fazer mandar pelo correio de lá pra Itália ou pro Brasil vai sair os olhos da cara.

Se alguém se encaixar no perfil ou tiver algum conhecido que se encaixar e não se incomodar de me fazer esse favorzinho, me escreva. Eu mando um salame do Ettore de presente depois : )

de novo

Outra coisa inacreditavelmente idiota: toda vez que acontece uma fatalidade desse tipo, começam logo a pipocar “premonições”, “intuições”, “destino”, sonhos reveladores. De uma hora pra outra todo mundo vira especialista em bola de cristal. Tenho saco pra isso não. #vaitomarnocu #contaoutra #mepoupe

sam harris

Estou lendo, muuuuuito devagarinho, o livro do Sam Harris, The End of Faith. Não sei por que diabos não pus as mãos nesse livro antes, já que o comprei em New Jersey no final de 2007. Talvez porque já vi várias entrevistas com o autor e sempre o achei meio sem sal. Seu texto está muito longe disso: ele é de uma clareza ímpar, seus exemplos são fantásticos e seu raciocínio non fa una piega – é absolutamente perfeito. Mas o melhor de tudo é que, sendo filósofo, ele oferece pontos de vista e linhas de raciocínio originais, bem diferentes dos que estamos acostumados a ouvir contra a religião. Ainda estou no começo, porque com a Carol em casa eu praticamente só consigo ler quando ela dorme e eu, por um motivo ou por outro, não consigo dormir também. Estou na página 38 e o livro já está cheio de page markers coloridos com trechos interessantes. Escolher um pra postar aqui foi difícil, mas nerd é nerd e a menção a Star Wars foi o que me pegou ;)

“We live in an age in which most people believe that mere words – “Jesus”, “Allah”, “Ram” – can mean the difference between eternal torment and bliss everlasting. Considering the stakes here, it is not surprising that many of us occasionally find it necessary to murder other human beings for using the wrong magic words, or the right ones for the wrong reasons. How can any person presume to know that this is the way the universe works? Because it says so in our holy books. How do we know that our holy books are free from error? Because the books themselves say so. Epistemological black holes of this sort are fast draining the light from our world.

There is, of course, much that is wise and consoling and beautiful in our religious books. But words of wisdom and consolation and beauty abound in the pages of Shakespeare, Virgil and Homer as well, and no one ever murdered strangers by the thousands because of the inspiration he found there. The belief that certain books were written by God (who, for reasons difficult to fathom, made Shakespeare a far better writer than himself) leaves us powerless to address the most potent source of human conflict, past and present. How is it that the absurdity of this idea does not bring us, hourly, to our knees? It is safe to say that few of us would have thought so many people could believe such a thing, if they did not actually come to believe it. Imagine a world in which generations of human beings come to believe that certain films were made by God or that specific software was coded by him. Imagine a future in which millions of our descendants murder each other over rival interpretations of Star Wars or Windows 98. Could anything – anything – be more ridiculous? And yet, this would be no more ridiculous than the world we are living in.”

Sam Harris, The End of Faith

uhuuu

Eu tinha lido a notícia no site da UAAR (Unione Atei e Agnostici Razionalisti) e num grupo deles no Facebook, mas não tinha visto nenhuma foto. A Daíza me antecipou.

A reação da igreja pouco me interessa, até porque já sabemos qual vai ser. O que eu quero ver é o que vai ser feito depois que os papa-hóstia reclamarem. Se o ônibus for de alguma maneira forçado a sumir de circulação eu vou botar uma faixa “Benedetto XVI vaffanculo, stronzo froscio di merda” pendurada na minha janela.

ken lee

Essa é velha e voces provavelmente ja’ viram, mas eu nao consigo parar de rir toda vez que escuto.

Virou a trilha sonora da viagem, porque a Lulu nunca tinha visto e depois que eu mostrei pra ela a mulher começou a desencavar umas musicas velhérrimas e cafonérrimas, das quais “I should have known better” foi a que mais colou. Fico o dia inteiro cantando essa coisa odiosa, na versao melo (circunflexo), ou seja, “me chamo bombeiro”.

Never mind.

hmpf

Com esse negócio de Couchsurfing hospedamos muita gente interessante esse ano. Nossa amostra de americanos foi a maior de todas as nacionalidades, n = 4, e depois da última experiência tenho que dizer que não os aceitaremos mais. Porque 100% desses 4 casos (três casais e uma garota sozinha) tinham o defeito gravíssimo de take for granted a hospedagem. Não trazem presentes (não hospedamos ninguém pra ganhar presente, mas é legal ganhar uma coisinha qualquer do seu país ou outra bobagem qualquer – as balinhas polonesas de doce de leite duro são ótimas, o vinho da Eslovênia era bem razoável, a alemã maluca me deu um desenho, os neozelandeses me deixaram um livro e um cartão-postal, os espanhóis cozinharam tortilla de batatas e nos deram uma vela perfumada, os brasileiros nos deram muitos sorrisos, os franceses deram uma volta na Cinquecento do Ettore e o rapaz quase morreu de emoção). Não ajudam na cozinha. Tomam banhos compridíssimos. Deixam TODAS as luzes da casa acesas. As mulheres americanas têm aquela perpétua expressão de hello-ooooo na cara. E nenhum deles agradeceu com o olhar, apesar de deixar testimonials poéticos no nosso perfil. Então não quero mais.