Mudei meu email. O zipmail,

Mudei meu email. O zipmail, aparentemente, morreu e esqueceu de deitar…

Mais ou menos como eu, que peguei a stomach flu da Arianna e passei a noite alternando diarréia e vomito, e hoje o dia alternando cama, diarréia e vomito. Ia a Genova amanha encontrar uma amiga, mas tenho medo de encarar 7 horas de trem nessas condiçoes.

Agora dao licença que eu vou dormir de novo…

Eu nem comentei, mas semana

Eu nem comentei, mas semana passada o Ettore, pai do Mirco, machucou a mao no trabalho. Como eu sou a unica da casa com tempo a perder e o Mirco soh de ver sangue fica mais branco que folha A4, lah fomos eu e Ettore pro pronto-socorro em Perugia. Eh um hospital enorme no alto de uma colina (tudo em Perugia é no alto de alguma colina, é um saco), meio morro dos ventos uivantes. A galera aqui é muito antipatica, desde o cara do estacionamento (pago) até a caixa dO TICKET, passando por médicos, recepcionistas, radiologistas. A maior diferença entre os nossos hospitais tabajara é que aqui tem um paramédico (heh. hehehe.) que limpa toda a pimbice antes do médico, um grandissimo escroto, chegar. Normalmente nao deixam ninguém entrar na sala de sutura porque neguinho desmaia mermo, mas mostrei meu distintivo e me deixaram ficar. Sabe que quase quase me deu uma recaida? Uma vontade de suturar… Ainda bem que passou rapidinho, entre uma cutucada entre os tendoes pra procurar um pedacinho metalico evidente na radiografia e uma anestesia dolorosa. Nao necessariamente nessa ordem.

E tem umas coisas aqui eu acho hilarias: depois de qq procedimento ou consulta tem que ir pagar ‘O TICKET’. ‘O TICKET’ é o pagamento pelo serviço, que até onde eu entendi se paga sempre, mesmo quem tem seguro-saude. Tudo em hospital gira em torno dO TICKET, sem O TICKET nao se faz nada. Eu to ficando craque na coisa, toda hora tem alguém doente nessa familia e lah vou eu dar apoio moral e fiscalizar o trabalho de terceiros – como se eu ainda me lembrasse de alguma coisa que aprendi na faculdade…

Animal Farm Day Hoje a

Animal Farm Day

Hoje a mae do Mirco amanheceu gripadérrima, e eu e Stefania ficamos de Amelia. Como nao trabalhei de manha, dei uma maozinha. Mas a maozinha que me sobrou foi alimentar os bichos – galinhas, coelhos, cachorros, gata – porque alimentar a gente é funçao da Stefania, que dah um show na cozinha. Agora à noite fui botar as galinhas pra dentro porque tah frio e porque tem cigano na cidade. Mas quem disse que as bestas das bichinhas queriam entrar? Nao tem luz no galinheiro; lah fui eu catar uma lanterna no carro pra enxergar as galinhas que eu, com o pé, tentava de convencer a entrar na parte fechada. Tavam todas enfurnadas num canto, fazendo sabe-se lah o que, e neca de entrar. Depois de meia hora e muitos empurroes gentis ou nem tanto com o pé, a galera entrou. Fechando a fila foi um galo gordo muito antipatico que ainda ficou me encarando lah de dentro até eu fechar a porta.

Vao lah ler o post

Vao lah ler o post da Luciana sobre os EUA, vao.

E aqui repito meu comentario a respeito:

Po, até que enfim alguém com uma visao realista sobre a coisa. Eu parei de dizer essas coisas porque neguinho vinha dizer que eu tava defendendo os EUA. Ora bolas, somos ou nao somos animais? Ridiculo negar que o grande lance é a lei da selva, que o mais esperto/habilidoso/egoista é o que se salva, come melhor, assiste DVD em tela de cristal liquido. O que eles fazem nao é errado do ponto de vista evolutivo. Infelizmente, leao que tem pena de antilope morre de fome. Se somos nos os antilopes, a culpa é nossa.

E continuem morrendo: Apresento o

E continuem morrendo:

Apresento o menu da ceia de Ano-Novo que a Stefania vai preparar (e eu vou ajudar) num agriturismo (pensao-fazenda) chamada La Volpe e L’Uva (A Raposa e a Uva):

Antipasto di bruschette miste, affettati e formaggi umbri
(antepasto de bruschettas mistas, fatiados (salames) e queijos umbros)

Tagliatelline al pesto di salvia
(em vez do tradicional manjericao)

Lenticchie rosse al profumo di zenzero
(lentilhas vermelhas ao perfume de gengibre)

Rollé di tacchino con ripieno di semi di finocchio e salsiccia
(rollé de peru com recheio de sementes de erva-doce e salsicha)

Arista al latte
(carne de porco amaciada no leite)

Brustengo di patate e cavoli
(uma coisa de batatas e couve)

Spinaci all’aroma di noce moscata
(espinafre ao aroma de noz-moscada)

Torte di arancia e di mele
(torta de laranja e torta de maça)

Uva e mandarini del Buon Augurio
(uvas e tangerinas pra dar boa sorte)

e pras crianças:

Fusilli con salsa arancione di pomodoro e carote
(macarrao parafuso com molho laranja de tomate e cenouras)

Dadini di pollo ai profumi dell’orto
(cubinhos de frango com perfumes da horta)

Patatine arrosto al rosmarino
(batatas assadas no forno com alecrim)

Mousse al cioccolato nero con nuvola di panna montata
(mousse de chocolate preto com uma nuvem de chantilly por cima)

Vinhos:
Orvieto Classico, Caprai (branco)
Grecante, Caprai (branco)
Montefalco Rosso D.O.C. (Denominazione di Origine Controllata), Caprai (tinto)
Rubesco Rosso di Torgiano, Lungarotti (tinto)
Spumanti italiani dolci e secchi (acho que nao precisa traduzir…)

Heh.

Putz, exagerei no alho da

Putz, exagerei no alho da bruschetta, to com a boca toda ardida (pra nao falar no bafo). Menos mal que o Mirco tah viajando, ele é totalmente alhofilo e se estivesse em casa hoje ia ser dificil dormir com bafo de alho no cangote…

Voltando ao assunto vinho, que

Voltando ao assunto vinho, que muito me interessa… Hoje meu chefe me fez provar o Falò, vinho novello da Lungarotti (lindo rotulo, por sinal). Nao achei lah essas coisas. Alias, depois que provei o Sagrantino, nada mais me satisfaz. Os novello sao vinhos, como o nome diz, novos, pouco fermentados. Eu achei que tinha gosto de frizzante (com gas) assim no inicio. Tem uma cor bonita, cor de vinho mermo, enquanto que os mais envelhecidos às vezes parecem meio alaranjados na superficie.

E o transito? Eh como

E o transito? Eh como a Luciana descreveu o transito nos EUA: cheio de rotatorias, retornos, ‘dar preferencia’. Eu, acostumada a sinais em cada esquina, volta e meia me perco, porque como nao dah pra parar pra pensar acabo virando na rua errada. Mas como quase tudo é mao dupla, acabo sempre voltando pra casa. Aqui em Assis, em particular, é impossivel se perder, porque a basilica aqui de S. Maria, a quinta maior igreja catolica do mundo, é realmente enorme e azul, e facilmente visivel no horizonte. E tem a basilica de S. Francesco no alto da montanha em Assis, que é absolutamente GIGANTESCA e domina (oprime, eu diria) a paisagem. Pra qualquer lugar que voce olhe, lah tah a bichinha te dizendo “eu sou foda”.