Hoje salvei um gatinho. Tava na sala lendo quando escuto um miado muito alto, o que significava que nao podia ser o gato da vizinha, que nunca sai de casa, mas algum outro que estivesse no corredor do prédio. Saih pra dar uma olhada e vi um gato preto, jovem, de grandes olhos amarelos, miando desesperado do alto de uma planta embaixo da janela desse andar. O coitado do bicho fez a burrada de subir e nao conseguia descer – uma classica idiotice felina, mas enfim. Na maior calma botei o bicho no chao, e ele veio todo dengoso pra mim, se esfregando nas minhas pernas. Nao era maltratado, mas também nao tinha aquele pelo brilhoso de gato que tem dono. Botei-o pra dentro e dei um pouco de leite; ele tomou metade e desdenhou o resto. Da varanda perguntei à senhora que mora no apartamento do lado, que estava estendendo as roupas no varal da varanda dela, se conhecia o gato, se tinha dono; ela disse que era o gato da pracinha, que volta e meia aparecia no bar ali embaixo do prédio ao lado. Desci as escadas com ele atras de mim, abri a porta da portaria e ele saiu, parou logo do lado de fora e ficou me olhando… Abaixei pra fazer carinho e ele pulou no meu colo. Ficou lah de olhos fechados enquanto eu fazia carinho na sua cabeça e atras das orelhas, depois o momento cat-person passou, botei o bicho no chao e entrei no prédio. Fiquei com pena, mas como vi que ele nao tava passando fome nem tinha pulga nem nenhum machucado, deixei pra lah. O pessoal do bar deve dar comida pra ele…
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Vamos passar a semana de ferragosto (ferragosto é o 15 de agosto, quando a Italia INTEIRA para e sai de férias “pro mar”) na Alemanha – era onde as passagens da RyanAir custavam menos :)
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O vocabulario do lanterneiro tah cada vez melhor, agora jah estah até emitindo frases inteiras. A primeira oraçao aprendida foi: um bicho me mordeu.