O tempo tá uma bosta de novo. Meu humor, idem. Tô tão chata que nem eu me aguento, só me tacando no mar. Só que aqui não tem mar.
Meu cabelo está crescendo em todas as direções, que nem o meu tomilho no vaso, na varanda. Essa umidade é mortal pra juba, não tem jeito.
Hoje, pela segunda vez essa semana, a festa da primavera aqui embaixo foi cancelada por causa da chuva. Tá chovendo MOOOITO. Minha sala tá entupida de vasos de flores que salvei do afogamento, e entre a mesa e a porta-janela da varanda pus o varal de chão, cheio das roupas de banho molhadas do Mirco (nadar faz parte da fisioterapia pós-joelhal dele, e a piscina coberta de Bastia é nova e, dizem, super modernosa. Não sei, nunca fui).
Amanhã é feriado, felizmente. Não sei quem foi que inventou o feriado, mas eu gosto desse cara.
Sexta-feira de manhã a mala do Pino não vai trabalhar (e eu também não, óbvio, que não sou boba. Também, não tem nada pra fazer mesmo…) e eu vou aproveitar pra 1. ir doar sangue em Perugia e 2. fazer uma entrevista de emprego aparentemente muito interessante em Perugia mesmo. É numa editora. Vou repetir: é numa editora. Das grandes. Quem sabe rezar, reze. Quem conversa com anjo, dê umas indiretas básicas assim no seu anjo de estimação, quem sabe. Quem acredita em duendes, deixe uns brownies no canto da sala pra ver se eles dão uma força. Tá valendo tudo, até sentar embaixo da pirâmide. Basta que as good vibrations funcionem.
Hoje comecei e terminei um livro que a minha mãe mandou pela Marcia ontem. É A Casa da Mãe Joana, de Reinaldo Pimenta. Dentro do livro veio uma resenha da minha mãe, com a qual não posso discordar, depois de ter lido o livro: o cara é super babaquinha, cheio das piadas ridículas, mas o livro até que é legal, embora a parte melhor seja a bibliografia. E tome wishlist…
Dentro do livro também veio um recorte da Veja falando do prêmio espetacular que a Lygia Bojunga ganhou. Aquele de 260.000 dólares. Aquele que ela ganhou porque escreve bem pra cacete. Vai ter mãe assim otimista lá na casa do chapéu.
Não tive forças pra sair hoje à noite. Marco e Michela nos esperávamos no bar de sempre às 10:30, mas mandei o Mirco sozinho. Não sou boa companhia hoje. Quero ficar sozinha odiando tudo. Pior que nem Carabinieri tem mais, acabou a temporada. Justo agora que entre Andrea e Andrea (calma, um é menino hômi e a outra é menina muié) tava rolando um sentimento! Nao é justo. Por essas e outras que eu odeio tudo.