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Há alguns meses a Carola me mandou, lá de Dubai, um pacotinho de curry pra carnes, um de curry pra legumes, e um de páprica. Já usei todos, de vários jeitos, mas o problema maior sempre era o molhinho, que nunca ficava legal. Hoje acho que acertei.

O peito de frango, que eu tinha no congelador, já cortado em cubinhos, ficou marinando desde manhã cedo em um pouco de azeite, o curry pra carnes, páprica, uma folha de louro e alho bem amassado. Lá pro meio-dia acendi o fogo e “saltei” o frango na frigideira anti-aderente, até pegar uma corzinha. Polvilhei um pouco de farinha de trigo e juntei um pouco de leite, que, com a farinha, engrossou um pouco. Deixei tudo cozinhando assim com a panela tampada. Resultado: o frango ficou superhipermegamacio, desmanchando na boca; o molhinho, antes pálido, pegou a cor e o sabor do curry e ficou numa consistência perfeita – pra ajustar, um tiquinho de água, se necessário. Joguei umas amêndoas tostadas no final, pra dar um tchan, e pronto. Comi com arroz selvagem bem temperadinho com alho e cebola. Ficou uma verdadeira di-li-ça. Bobo do Mirco que não gosta dessas coisas e foi de spaghetti com molho de tomate-cereja e atum.

Pro jantar de hoje vou fazer frango com cerveja no forno. O pedaço é pequeno e não identificável (a Arianna que me deu, e eles aqui cortam o frango de um jeito completamente diferente do nosso, não entendo nada); vai ficar pro Mirco, com batata palito feita no forno. Eu provavelmente vou de salada de alface com atum e milho, ou então faço uma sopinha de cereais, que com essa temperatura e essa dor de garganta cai muito bem, obrigada.

Adoro ficar em casa e ter tempo pra cozinhar com calma. Mesmo que o motivo pelo qual eu estou em casa seja uma tradução chatíssima e, conseqüentemente, interminável.

p.s.: Ah, ontem consegui meia hora pra começar a estudar Francês, e peguei no sono lendo Lady Chatterley’s Lover, que é um livro, hm, como direi, singular.