cousas

Apesar do cansaço, de ter chegado tarde ontem da última aula, de ter ficado acordada até meia-noite pra ver o finalzinho de Contact na TV, não consigo dormir até tarde e às oito da manhã já tinha voltado da corrida matinal. Limpei a casa toda meio correndo porque tinha aula mais tarde, preparei o molho de tomate pro almoço do Mirco, botei roupa pra lavar, estendi roupa no varal, tomei banho e lavei o cabelo, comi minha salada de trigo e tava botando a chave na fechadura pra sair quando me liga o Paulo Cintura, o aluno de sábado, dizendo que tava em Arezzo e muito provavelmente não conseguiria chegar em tempo pra aula. Até quarta-feira, se despediu.

E então, tudo já arrumado, limpo, preparado, organizado, só um pouco de roupa pra passar mas foda-se, resolvi fazer uma coisa que até hoje nunca tinha tido tempo de experimentar: botei uma cadeira na varanda e fiquei lendo, aproveitando o vento fresco e a claridade sem o sol escaldante, que estava a caminho da varanda do quarto. No inverno a varanda é infreqüentável por motivos óbvios. De qualquer maneira, normalmente não tenho tempo nem pra me coçar, e quando boto os pés lá fora ou é pra estender roupa ou pra cuidar rapidinho das plantas. Aaaaaaaah que maravilha, eu sentadinha na minha cadeira hedionda de plástico, rodeada de cravos rosa-choque, ervinhas cheirosas, plantas bizarras, os pés estendidos sobre uma outra cadeira, o celular e o telefone sem fio à mão, cabelinhos lavados, só curtindo o ventinho e vendo as árvores balançarem lá nos jardins públicos.

Pena que o Godfather não engrena nunca. Fosse um outro livro melhorzim a coisa toda teria sido melhor ainda.

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Hoje à tarde Gianni, Chiara e Roberta vêm aqui pra fazer as reservas da viagem de agosto, que vai ser Paris e Normandia. Eu preferiria ir a outro lugar, porque estou obcecada com essa idéia de voltar à França só quando estiver falando francês e com dinheiro no bolso pra gastar, mas como sempre sou voto vencido. Gianni achou um vôo barato que sai aqui do Aeroporto Internacionalmente Tabajara de Perugia, ou seja, maior mão na roda. Então vai ser França mesmo, again. Não tem problema; Valerio ontem me deu mais uma aula de francês e disse que vou aprender rapidinho. Xeroquei um monte de exercícios e vou tentar estudar entre um aluno atrasado e outro, ou quando estiver de bobeira na oficina.

E mais tarde vamos jantar na festa do tartufo em Ripa, com FeRnanda e Fabião. Uhu!