barcelona

Saímos de casa tarde, decididos a visitar o Parc Güell pra ver mais coisas do Gaudí. Em vez de fazer o que a Anna disse segui as instruções do guia, e descemos uma estação antes. Tivemos que andar pra caramba, naquele sol líbico, e entramos pelo lado oposto do parque. Cheio de brasileiros. Quando finalmente chegamos na parte com as casinhas estranhas do Gaudí e tal eu já estava botando os bofes pra fora. Fila pro banheiro, italiana furando a fila e levando olhar radioativo da paca, muitas muitas fotos pois tudo era muito estranho, mais souvenirs, e descemos a colina pra pegar o metrô de volta pro centro.

Descemos na Sagrada Familia de novo porque tínhamos visto vários lugares legais pra comer ontem. Acabamos almoçando num all-you-can-eat logo atrás da igreja. Frango assado, muita salada, arroz integral, nada gostosérrimo mas pelo menos saudável e levinho, e por 10 euros por cabeça. Ainda saímos com uma banana e um pêssego na mochila. Pegamos o Passeig de Grácia, onde paramos pra uma soneca pós-prandial, e depois fomos parando na Casa Batlló, La Pedrera etc. E pra onde vamos agora? Pro Passeig de Sant Joan, lógico, via Avinguda Diagonal (demos uma volta danada). Deixei o Mirco dormir por mais de duas horas enquanto lia o meu Pérez-Reverte (La Piel del Tambor, falarei dele mais tarde) e admirava o pessoal que passava. Quando já era quase hora do jantar voltamos pra casa.

Tomamos nosso banhinho (eles não) e fomos a pé até a Ciutat Vella procurar um lugar pra jantar. Muitos restaurantes e bares fechados pra férias, e acabamos comendo em um restaurante argentino meio caro mas gostoso, sentados na calçada. Eu acho estranhíssimo estar de bermuda e chinelo jantando num lugar onde a conta sai uns 35 euros por cabeça, mas enfim. Batemos muito papo, trocamos figurinhas sobre o sistema de saúde espanhol e o italiano, rimos da filosofia da Anna e do Edwin que preferem pagar o aluguel de um apartamento velho do que comprar uma casa nova, pois isso significaria trabalhar mais (lembre-se de que ele trabalha só umas duas vezes por mês e ela 6 horas por dia, sem fins de semana), e caminhamos até em casa. Chegamos já devidamente digeridos. Li mais um capítulo do Pérez-Reverte e caí no sono.