O post de ontem me lembrou de uma coisa que eu fiz enquanto eu tava aí no Rio, em setembro. O texto era tão absurdo que eu fui correndo pra cozinha com o laptop na mão pra ler em voz alta pra minha mãe e meu irmão e ver o que eles achavam, mas eu tive um ataque de riso e não consegui terminar de ler o parágrafo. O melhor foi minha mãe botando os oclinhos de presbíope e meu irmão franzindo a testa tentando achar pé e cabeça no que estava escrito. Prestem atenção:
Design, um grande confronto
No campo do design, temos a interessante mostra Nananananana, que propõe um momento de explicitação deste novo saber fazer tão difuso no sentimento das novas gerações de criativos, para favorecer a experimentação não somente na forma lingüística (a reutilização pela reutilização), mas no âmbito do que se tenta dizer através da mutação aberta dos objetos de uso. Neste terreno se encontrarão seis dos mais significativos exponentes do novo design italiano, que aceitaram acessar sua memória pessoal, coletiva e antropológica para desenterrar bolsões de luz visionária aprisionada no passado, obscurecido pelos objetos: Fulano, Beltrano, Huguinho, Zezinho, Luizinho, Terecoteco. Projeto Tal são [respeitei a concordância do texto original] repertórios materiais e formais retirados da tradição imóvel ou do mundo suspenso dos antiquários, subtraídos da casa de uma velha tia ou seqüestrados da magia de fábula de tudo o que é velho, aos quais o design propõe um futuro alternativo com relação àquele que tiveram, e que corresponde ao nosso presente, no qual o velho é algo de escondido e apagado. É exatamente esta remoção obsessiva de massa que criou acúmulos de formas abandonadas nas quais hoje se adensa um sentido que é novo, antigo e moderno ao mesmo tempo.
Juro que levei SÉCULOS pra traduzir isso do italiano. Li, reli, trili, e nada. Como dar sentido a uma coisa que sentido não tem? Nonsense por nonsense, acabou saindo uma coisa praticamente literal. Levanta o dedo quem já leu coisa mais idiota (Paulo Coelho não vale).