O outro livro que comprei na Barbante foi o Interrompidos, de Alê Motta, também por indicação da Ana. Foi publicado pela Editora Reformatório (o site tá fora do ar, ao que parece) e é uma edição meio nhé (a cada não sei quantos contos há uma página com uma foto em preto e branco de resolução duvidosa, mas o papel é legalzinho). São microcontos um tanto quanto mórbidos e você lê o livro todo em uma tacada só, bem rapidinho. É um formato interessante, que requer uma certa genialidade pra funcionar direito; tem alguns realmente muito bons, mas ao terminar o livro fiquei com a impressão de que muitos eram parecidos.
Gosto bastante do primeiro, que já dá o tom de como serão os outros:
Quebra de contrato
Meu marido é um cara bonito. Sarado, charmoso, aquele bad boy que domina, enlouquece e arrasa. Um kit perdição.
Os processos de assédio estão na moda. E os homens cono vítimas são certeza de vitória. Chega daquela novela de mulher oprimida. Homem lindo e oprimido é a nova tendência.
Finalmente ele pegou sua chefe. A conquista mais trabalhosa. Fiz as contas, analisei as estatísticas. Processo com vitória garantida. Vamos ganhar muito dinheiro.
Ele sorri, satisfeito com a missão cumprida. Eu sorrio porque planejo meu futuro. Viúva rica é a nova tendência.
É legal, mas não é oooooooooh. Interessantinho, e só.