de neve, livros e mais nada

Ontem nevou bastante no país inteiro. Toda a Itália parada por causa dos transtornos causados pela neve, inclusive as ilhas. Até aqui no interior do Gabão nevou direitinho, uns flocos imensos, que se acumulavam na estrada. Lá pra hora do almoço o sol saiu e derreteu tudo. Hoje tá um frio desgraçado, mas nada de neve; céu limpo e ar fresco típicos do inverno. Uma das tulipas roxas já está dando o ar da graça, devagarzinho. A embalagem diz que é uma espécie de “fioritura tardiva”, e provavelmente a flor só vai sair em abril ou maio. Não tenho pressa.

Pro Franco Romano comprei um livro do Ian McEwan que eu nunca li, mas gosto do autor e acho que ele vai gostar, até porque é professor de Inglês e tradutor. Pro Gianni comprei a tradução de White Teeth, de Zadie Smith, que é uma das coisas mais hilárias que eu já li. E pra Fernanda comprei a tradução em italiano de High Fidelity, que é outra das coisas mais hilárias que eu já vi.

Estou gostando de The Lady Chatterley’s Lover. O início é meio lento, mas agora a coisa começa a esquentar – e bota duplo sentido nisso.

E como eu sou uma pessoa problemática, lógico que não me contentei com os três livros pra presente, e pra mim mesma, porque eu mereço, comprei Fight Club, que eu ainda não tinha lido, do Chuck Palahniuk; BFG, do Roald Dahl (o que a Camila, um docinho, filha da Julie, ganhou de Natal); The Old Man and the Sea (porque eu falei que esse ano seria o ano dos clássicos); The Curious Incident of the Dog in the Night-Time, de Mark Haddon, porque mesmo se eu nunca tivesse ouvido falar desse livro, com esse título ele já teria me enchido de curiosidade; e Storia del Miracolo Italiano, de Guido Crainz, aquele que eu ouvi no rádio outro dia se perguntando comé que a Itália virou primeiro mundo (cof cof cof) sem nunca ter deixado de ser um país de camponeses ignorantões. Estou curiosíssima, íssima, íssima. Compartilharei, compartilharei.