show

Ontem queríamos ir ao cinema. Gianni e Chiara tinham um casamento, e então ligamos pra Roberta. Mas eles já tinham programa, e nos convidaram pra ir com eles a Umbertide, cidade que não conheço, pra um show do Rockin’ Umbria. Esse festival foi, como tudo aqui, muito mal publicizado, e ninguém sabia do que se tratava. Sei que teve Elvis Costello em Spello, mas fora isso, mais nada.

Pois bem: o show de ontem foi dos Kings of Convenience, de quem só conhecia uma música, trilha sonora de uma propaganda que passa toda hora na TV. Vi no site que eles vão estar no Tim Festival, no Rio, em outubro.

Umbertide é uma cidade lindinha, e a praça onde rolou o show é uma graça. Mas o calor tava foda, e a música dos meninos, apesar de bonitinha, é estilo Simon & Garfunkel, ou seja, depois de uns trinta segundos te faz bocejar. Eles são noruegueses e totalmente minimalistas, em roupas, palavras, expressão facial. Não faz muito o meu estilo, mas não é exatamente desagradável, e detectei várias bases de bossa nova, pra não falar na voz sussurrada dos rapazes. Cantam juntos, o que piora muito as coisas: uma voz única talvez tirasse aquela impressão de S & G. No final entrou um cara com um violino e o produtor da banda, um italiano baixinho e de cavanhaque totalmente estereotipado, com o baixo acústico. Aí começou a ficar mais legal. Lá pra última música conseguimos, eu e Roberta (porque os meninos já tinham sumido pra tomar cerveja longe do palco há muito tempo), chegar pertinho do palco, até porque não tinha muita gente mesmo. Um dos rapazes é muito bonitinho e ambos são muito simpáticos, apesar de aparentemente tímidos e devagar-quase-parando. Depois fomos encontrar nossos respectivos no quiosque no centro da cidade, batemos um papo, catamos o carro e fomos embora.

Show de música é legal até quando a música é mais ou menos.