titio spielberg

Ontem foi um dia infinito. Manhã na oficina, vários giros de lambreta pra buscar peças, parafusos, tinta e outras coisas legais, almoço corrido, duas aulas seguidas, fofoca com Valerio em vez de aula de francês, e mais uma aula comprida em Perugia. Terminei às nove e meia e fui direto pro cinema, encontrar Mirco e Moreno. Vimos The War of the Worlds.

Olha, eu gosto dessas coisas. Gosto de blockbusters, gosto de E.T.s, acho o Tom Cruise simpático e a Dakota Fanning um bom exemplo de que nem toda criança precoce é necessariamente um nojo. Gostei do filme, mas preciso, preciso ler o livro. Porque acho que VER os E.T.s não era necessário – anzi, acho que o medinho é maior quando a gente fica no escuro, sem saber exatamente do que temos medo. Alguém aqui já leu o livro pra dizer se os E.T.s saci-pererê são descritos fisicamente? E se o final é tão brusco? Mas assim no bojo, eu gostei. Cinema-pipoca dos bons. A única coisa chata é que os filmes do Spielberg são tão, mas tão barulhentos que às vezes me irrito. Tem SEEEEEMPRE cenas com um monte de gente falando ao mesmo tempo, ou, pior, berrando ao mesmo tempo. Sempre muitos, muitos gritos histéricos. Eu detesto gente que grita, ainda mais gente que grita sem parar. Mas no geral vale a pena ver. Os efeitos especiais são maneiros, o roteiro tem ritmo meio desigual mas dá pra levar e, principalmente, a idéia de que os vírus somos nós, baby, já muito bem explicada em Matrix, é a coisa mais parecida com religião que faz parte da minha vida.