provas

Nem comentei a prova de inglês, né.

Ganhei um 27/30. O problema é que essa professora, que é famosa na faculdade por ser completamente maluca, não dá aula, ela entra na sala e começa: como se diz fatura em inglês? E documento de transporte? E hipoteca? E petróleo bruto? Distribuiu uma xerox com uma lista de termos de business, muito, MUITO específicos, e quer que neguinho decore aquilo.

A prova escrita foi na segunda. O sistema de segurança parecia coisa dos exames de Cambridge: todo mundo arrumado por ordem alfabética, as cadernetas idem, bolsas e celulares no fundo da sala, documento de identidade sobre a carteira. A prova dividida em partes, cada parte com um limite de tempo e ninguém podia sair antes. Eu doida pra terminar logo aquela chatice e ir pro trabalho porque tinha uma aula às dez, mas não deu. O legal é que a minha parte escrita era uma carta… de demissão. Hohohoho!!!

A prova oral foi na quarta. Ela comentou que não tinha feito nenhuma correção na minha prova escrita e saiu perguntando o que eu fazia, o que eu queria fazer da vida, etc. Depois passou pra parte dos malditos termos de business, e é lógico que eu só sabia as coisas mais comuns, que toda hora traduzo, como fatura, procuração, responsabilidade legal, bens móveis e imóveis, mas muita coisa eu não saberia dizer nem em português. Quando eu falei No clue pela segunda vez ela falou, infelizmente aqui a senhora bombou. Os outros dois professores da banca olharam bem pra cara dela e começaram a perguntar outras coisas mais normais, que eu sabia. E depois de conversar mais sobre outras coisas que não tinham nada a ver mandaram que eu saísse da sala porque nunca tinham se deparado com um caso semelhante e não sabiam que nota me dar. Demoraram quase 15 minutos (eu estava lendo o último do Camilleri, então nem me afobei) e quando voltei pra sala me disseram: senhora, se a senhora tivesse assistido às aulas e decorado as palavras (e eu pensando, quando quiser saber o que significa uma palavra que se eu nunca encontrei até hoje, mesmo lendo a quantidade de coisas que eu leio e traduzindo a variedade de coisas que eu traduzo, eu vou ao dicionário, né, fofa) teria tirado 300 em vez de 30, mas infelizmente só podemos dar 27. Eu falei que não tinha problema, que visto que a minha carta de demissão da prova escrita era exatamente o que eu vou escrever na semana que vem, o que significa que em outubro vou poder assistir às aulas, vou poder participar do curso de inglês do segundo ano. Ela ficou toda pimpã e perguntou se eu gostava de literatura. Falei que já li praticamente todos os livros da lista (também, são todos clássicos) e ela se acendeu toda, tomara que a senhora consiga freqüentar o curso.

E ontem fiz a última prova do verão, Estudos Culturais. Como passei o sábado fazendo um trabalho pro Flash e depois lendo Harry Potter, e domingo lendo Harry Potter e fazendo escova no cabelo, só deu pra estudar ontem de manhã mesmo, antes da prova, que foi ao meio-dia. Eu tinha assistido a algumas aulas ano passado, e cheguei inclusive a fazer a prova, mas como não tinha número de matrícula acabou não valendo. A apostila era mal escrita pacas, repetitiva e cheia de nomes, e foi uma manhã chatíssima. Mas eu só não respondi a uma pergunta, que aparentemente pra ele era importante porque me deu 26. Tá ótimo. Os dois que fizeram prova antes de mim, que não só freqüentam as aulas mas não trabalham, tiraram 22.