Aí ontem eu vou à pizzaria com o Massimo (o Samuele nos deu um bolo), e a Bella, búlgara feia que trabalha lá há séculos, olha pra mim, me dá oi, vê o Massimo em vez do Mirco, dá um pulinho, um sorriso amarelo, disfarça, nos traz o Campari Mix de laranja e a cerveja alemã pro Massimo, e pronto.
Conversamos tanto quatro horas seguidas que hoje de manhã estou com dor de garganta. E nauseadíiiiissima, tanto por causa das batatas fritas, coisa que não estou mais habituada a comer, quanto pela MERDA DA FUMAÇA DESSES FUMANTES DE MERDA QUE DEIXAM TUDO FEDORENTO INTOXICADO NOJENTO ASQUEROSO E DORMI MAL A NOITE INTEIRA POR CAUSA DO FEDOR NO MEU CABELO E AINDA DEIXOU FEDORENTO O MEU TRAVESSEIRO.
Então: acordei, dei minha corridinha (não foi legal; estou respirando mal por causa dessa droga de enjôo, parei várias vezes pra recuperar o fôlego), lavei meu cabelo TRÊS VEZESSSSSSSSSSSSSSSSS pra tirar o fedor de fumo, e vim toda de branco linda magra maravilhosa gostosa trabalhar de cabelo molhado, claro, e é claro também que TODO mundo já fez o comentário idiota, noooooossa, você com esse cabelo molhado, tsk tsk.
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Detalhe que o casal que veio ver o apartamento anteontem resolveu alugá-lo. Então agora só me restam duas opções: descolar algum trabalho legal em outro lugar legal (pouco provável), ou arrumar uma passagem assim digamos com uma certa urgência, pra voltar pra casa no começo de dezembro. A segunda opção inclui também o desafio de arrumar um jeito de mandar as tralhas pra casa. Enfim, como já dizia a Xuxa, tudo o que tiver que ser, será.
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A sábia Alanis também tem razão: tudo é muito ironic nessa vida. Ou não é tão ironic quanto rain on your wedding day o fato de que o meu passaporte perde a validade exatamente no dia do aniversário do lanterneiro?
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Sexta-feira estou em Roma (que, vos recordo, é tudo na vida) pra renovar essa bosta de passaporte, bater perna, encontrar o Guido, fazer um novo contato romano via papai, bater mais perna, suspirar porque Roma é tudo na vida, dormir na casa da Ane, onde faremos um jantarzinho básico no sábado. Como nada na minha vida é simples, hoje ainda tenho que dar um jeito nesse cabelo e rezar pra GIUSY não detoná-lo como da última vez, que ficou ótimo uma semana depois mas no dia seguinte parecia que eu tinha feno na cabeça em vez de cabelo. E aí depois tenho que tirar as fotografias pro passaporte, missão não muito fácil em se tratando da metrópole bastiola.
O menu de hoje, almoço e jantar, é sopa de cevada com leguminosas e legumes, daquelas prontas, da Coop. Já deixei pronta, senão depois do almoço não tenho tempo de ir ao correio tirar dinheiro no caixa eletrônico. Merda de vida de albanesa, essa minha.