Promessa é dívida

Os quatro pimpolhos na mala do meu carro, sábado à tarde. Notem o comprimento ainda discreto da língua do Legolas.

Esses buracos no chão são feitos pelos javalis, que saem do bosque (a área do Monte Subasio é um parque nacional e há várias zonas de bosque, obviamente tudo com caça proibida) pra procurar trufas e outros tubérculos.

Alguns dos buracos podem perfeitamente ter sido feitos por outros cachorros tão bobos como o Demo, que ficou horas cavando sabe-se lá o quê.

E depois daquela escavação toda ficou assim:

(atentem pra terra na língua. Espetáculo.)

Legolas, feliz com a bola de baseball na boca.

Legolas enfeitado com flores do campo.

Uma sequência do já não discreto comprimento lingual do Legolas.

Demo não aguentou mais e capotou de cansaço.

E os quatro pimpolhos na mala do carro, prontos pra voltar pra casa.

Meu cachorro se reproduziu

Legolas andou tendo um caso com uma dálmata da oficina em frente à do Mirco. A cachorra sempre foi agitadíssima, desde filhote, e eu cansei de botar água na cumbuca dela porque, na agitação, ela acabava virando a tigela. De tão chata que ela é, acabaram deixando-a acorrentada, coisa muito comum por aqui e que eu acho de péssimo gosto, mas essa cachorra é MUITO chata, pula em cima dos outros, suja todo mundo, corre sem parar, é birutinha. Mas fazer o que, tem gosto pra tudo: Leguinho se apaixonou e nasceram 5 filhotes, 4 machos pretos e uma fêmea malhada que alguém já levou pra casa. Hoje de manhã fomos ver os pimpolhos. Deleitem-se.

Houve boatos sobre a verdadeira paternidade dos rebentos, mas o jeito de sentar não deixa dúvidas. Meu cachorro finalmente desencalhou, depois de 6 anos de celibato total! Uhuuu!

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Aproveitamos a manhã cachorral pra dar banho nos cachorros na Arianna. Aqui vemos Demo no início do processo, lambendo a água com sabão da cara, e com cara de eu-sou-o-mais-miserável-dos-cachorros, no final, curtindo o efeito porco-espinho.

Mais um “veranico”. Depois de uma semana gelada, o último weekend foi super light em termos de temperatura, e por enquanto o clima ainda é de inverno carioca, super tabajara. Anteontem de manhã fui aos correios, só de pullover de lã sobre a malha, e senti calor. De tarde fui correr (na verdade correr um pouco e caminhar muito, porque estou super fora de forma), de camiseta de manga curta. Como é bom poder ir à varanda pendurar as roupas no varal e voltar com as mãos inteiras, em vez de duras, congeladas e insensíveis!

Mas acho que a coisa não dura. Olhando pela janela agora cedinho só vejo um paredão branco de neblina. Merda.

Essas são as fotos do tombo do Mirco domingo, no quintal da Arianna. Foi querer brincar de cabo-de-guerra com meu cachorro e se estabacou de costas no chão. Não consegui tirar nenhuma foto dele já no chão. Estava ocupada me sbudellando (algo como “eviscerando”) de rir.

**

Anteontem fomos ao Ipercoop, o supermercadão aqui da área, pra nos distrair, e acabei comprando uma maquininha de fazer pasta, igual à da Franzoca. Comprei também o famoso rolo de macarrão, e uma tábua de madeira pra preparar a massa, já que a minha mesa hedionda é porosa demais pra fazer qualquer coisa com farinha, vai ficar tudo imundo. Ainda essa semana pretendo fazer um macarrão qualquer. Depois digo como ficou e dou a receita.

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Aquela planta comprida que no Brasil se chama Espada de São Jorge aqui na Itália se chama Lingua di Suocera (língua de sogra). Vivendo e aprendendo.

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E a penúltima parte da epopéia sérvia: o mercado de Majilovac. Sabe feiras medievais, ao aberto, com lama no chão e as coisas mais estapafúrdias expostas ao público? É assim. Vendem porcos, sapatos, chapéus, colheres de pau, trenós, galinhas, peças de carro, gasolina, chocolate, binóculos, cigarro, roupas de couro, roupas de couro falso, bandejas em inox, meias (comprei várias), facões, relíquias de guerra, brinquedos tabajara, vestidos de gala, cestos de vime, móveis, carneiros, ferramentas, temperos, água mineral de origem duvidosa, bebidas alcoólicas de tudo que é tipo, pneus, maquiagem, canetas coloridas, perfumes falsos, malas e bolsas, enfeites de Natal. Entre outras coisas. Só não vendem livros.

Que depressão esse mercado! Aquela lama no chão, os carros estacionados de qualquer jeito, gente feia e encasacada caminhando carrancuda pra lá e pra cá, gesticulando com os vendedores; as roupas incrivelmente cafonas penduradas nas araras; todo mundo fumando sem parar; os vendedores botando a mercadoria em amassadíssimos sacos plásticos de supermercado antes de dar aos clientes; gente vindo fazer compras de TRATOR; gente com casaco de pele falsa; gente experimentando sapato ali mesmo, em pé na lama; senhoras comprando brocas pra furadeira e correia pro motor do carro; crianças querendo brincar com os porcos e galinhas… Caramba, é outro planeta mesmo. Chegamos em casa cansados de tanto ver coisa estranha e feia. E as únicas coisas que eu comprei em todo esse tempo na Sérvia foram nesse mercado: alguns pares de meias coloridas (listradas de vermelho e branco, listradas de amarelo, branco, preto e verde, preta com bolinhas azuis, listrada de lilás, verde, amarelo, azul e laranja, e uma listrada em tons de cinza e azul com o desenho do Tigrão), um batom fedorento mas bonitinho, e uma bolsa horrível em couro fake pra Carmen, que é de uma cafonice ímpar. Só.

Sei que em Belgrado com certeza teríamos visto coisas bonitas, e não falo só de coisas pra comprar. Dizem que a cidade é bonita, e vimos algumas pontes interessantes no caminho até lá na volta pra casa, mas infelizmente o tempo e o clima não permitiram. Não posso nem dizer que ficará pra próxima, porque espero veementemente que não haja uma próxima. Programa de índio assim de novo, nunca mais.

**

No começo de março vamos a Rotterdam visitar a irmã do Mirco que tá morando lá. Ela quem vai pagar as passagens, porque eu não tenho dinheiro pra ir nem na esquina…

**

E pra não perder o hábito, fotos cachorrais. Esse é um vizinho da Arianna que tem vários microcães. No domingo passou lá pra visitar, e levou toda a trupe.

Mister Legolas fazendo pose blasé:

E todo feliz com seu galho no meio do mato:

Mais um “veranico”. Depois de uma semana gelada, o último weekend foi super light em termos de temperatura, e por enquanto o clima ainda é de inverno carioca, super tabajara. Anteontem de manhã fui aos correios, só de pullover de lã sobre a malha, e senti calor. De tarde fui correr (na verdade correr um pouco e caminhar muito, porque estou super fora de forma), de camiseta de manga curta. Como é bom poder ir à varanda pendurar as roupas no varal e voltar com as mãos inteiras, em vez de duras, congeladas e insensíveis!

Mas acho que a coisa não dura. Olhando pela janela agora cedinho só vejo um paredão branco de neblina. Merda.

Essas são as fotos do tombo do Mirco domingo, no quintal da Arianna. Foi querer brincar de cabo-de-guerra com meu cachorro e se estabacou de costas no chão. Não consegui tirar nenhuma foto dele já no chão. Estava ocupada me sbudellando (algo como “eviscerando”) de rir.

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Anteontem fomos ao Ipercoop, o supermercadão aqui da área, pra nos distrair, e acabei comprando uma maquininha de fazer pasta, igual à da Franzoca. Comprei também o famoso rolo de macarrão, e uma tábua de madeira pra preparar a massa, já que a minha mesa hedionda é porosa demais pra fazer qualquer coisa com farinha, vai ficar tudo imundo. Ainda essa semana pretendo fazer um macarrão qualquer. Depois digo como ficou e dou a receita.

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Aquela planta comprida que no Brasil se chama Espada de São Jorge aqui na Itália se chama Lingua di Suocera (língua de sogra). Vivendo e aprendendo.

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E a penúltima parte da epopéia sérvia: o mercado de Majilovac. Sabe feiras medievais, ao aberto, com lama no chão e as coisas mais estapafúrdias expostas ao público? É assim. Vendem porcos, sapatos, chapéus, colheres de pau, trenós, galinhas, peças de carro, gasolina, chocolate, binóculos, cigarro, roupas de couro, roupas de couro falso, bandejas em inox, meias (comprei várias), facões, relíquias de guerra, brinquedos tabajara, vestidos de gala, cestos de vime, móveis, carneiros, ferramentas, temperos, água mineral de origem duvidosa, bebidas alcoólicas de tudo que é tipo, pneus, maquiagem, canetas coloridas, perfumes falsos, malas e bolsas, enfeites de Natal. Entre outras coisas. Só não vendem livros.

Que depressão esse mercado! Aquela lama no chão, os carros estacionados de qualquer jeito, gente feia e encasacada caminhando carrancuda pra lá e pra cá, gesticulando com os vendedores; as roupas incrivelmente cafonas penduradas nas araras; todo mundo fumando sem parar; os vendedores botando a mercadoria em amassadíssimos sacos plásticos de supermercado antes de dar aos clientes; gente vindo fazer compras de TRATOR; gente com casaco de pele falsa; gente experimentando sapato ali mesmo, em pé na lama; senhoras comprando brocas pra furadeira e correia pro motor do carro; crianças querendo brincar com os porcos e galinhas… Caramba, é outro planeta mesmo. Chegamos em casa cansados de tanto ver coisa estranha e feia. E as únicas coisas que eu comprei em todo esse tempo na Sérvia foram nesse mercado: alguns pares de meias coloridas (listradas de vermelho e branco, listradas de amarelo, branco, preto e verde, preta com bolinhas azuis, listrada de lilás, verde, amarelo, azul e laranja, e uma listrada em tons de cinza e azul com o desenho do Tigrão), um batom fedorento mas bonitinho, e uma bolsa horrível em couro fake pra Carmen, que é de uma cafonice ímpar. Só.

Sei que em Belgrado com certeza teríamos visto coisas bonitas, e não falo só de coisas pra comprar. Dizem que a cidade é bonita, e vimos algumas pontes interessantes no caminho até lá na volta pra casa, mas infelizmente o tempo e o clima não permitiram. Não posso nem dizer que ficará pra próxima, porque espero veementemente que não haja uma próxima. Programa de índio assim de novo, nunca mais.

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No começo de março vamos a Rotterdam visitar a irmã do Mirco que tá morando lá. Ela quem vai pagar as passagens, porque eu não tenho dinheiro pra ir nem na esquina…

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E pra não perder o hábito, fotos cachorrais. Esse é um vizinho da Arianna que tem vários microcães. No domingo passou lá pra visitar, e levou toda a trupe.

Mister Legolas fazendo pose blasé:

E todo feliz com seu galho no meio do mato: