Estou vendo o segundo e último capítulo de Nerone (Nero, em italiano), microssérie de produção americana, penso, com alguns atores italianos infiltrados. Sempre vejo essas porcarias porque adoro figurino de época, mas nem sempre é bom negócio. Por exemplo: até onde eu sei, Nero era uma bicha louca, não sei se mais bicha que louca ou mais louca que bicha, e mau que nem pica-pau. Nessa série ele é bonzinho, tem um corte de cabelo super moderno, defende a plebe, salva gladiadores da morte, casa por amor, tem remorsos e escrúpulos. Será que a irritação de ver essas incongruências históricas é compensada por meia dúzia de armaduras legais, tecidos deslumbrantes e brocados fabulosos? Sei não.

blergh

Quarta-feira é dia de cinema (porque o ingresso custa € 5,50 em vez de € 7). Fomos ver Van Helsing. Antes tivesse ficado em casa passando roupa…

Sabe um filme tão ridículo que dá pena? É esse. O filme inteiro é ridículo, do começo ao fim. Os cenários são vergonhosos, o figurino é de uma cafonice ímpar, os efeitos especiais são sofríveis, o elenco inteiro é canastrão (o Faramir, que já era orelhudo e bobo quando era Faramir, vira um monge retardado; o pobre Wolverine fica ridículo de cabelão e chapelão; as “esposas” do Drácula são tão chatas e forçadoras de barra que da vontade de bater), o roteiro é um samba do crioulo doido (Drácula faz filhos que nascem de CASULOOOOOOOOOS pendurados no tetooooooooo, gosmentos e rabudoooooooos), os diálogos são absurdos, é um horror! A única coisa que se salva é o Drácula. Não sei quem é o ator, mas ele manda bem. O resto, senhores, é tão ruim que chega a dar pena.

zzzzzz

Ontem fomos ver Kill Bill vol. 2. Quer saber? Gostei não. Não gostei NADA, excrusive cheguei a dormir no final e quando acordei ela já tava dando as dedadas no Bill e eu não entendi nada. As únicas coisas legais do filme são a trilha sonora gostosinha e a B.B. que é leeeeeenda. O resto, crianças, é lenda.

e depois dizem que eu que sou gorda…

A noitada de sábado teve seu preço: ontem estávamos completamente morgados e não tivemos forças pra ir ao cinema. Acabamos ficando em casa comendo pizza de alecrim com sal grosso e de cebola com sálvia (a de speck e scamorza ficou pra hoje) que fizemos juntos, e vendo Some Like it Hot no vídeo. As conclusões:

. A minha pizza é boa BAGARAI.
. A Marilyn era linda de rosto, mas absolutamente baranga de corpo. E que cabelo duro é aquele, minha querida? Quem inventou o platinum blonde contribuiu pra enfeiar a humanidade, e só.
. Não gosto de clássicos do cinema. Inocentes demais, bobos demais. Não gosto.

filmitchos

Fato: estou me brigittebardotziando. Ver bicho sofrendo me dá tanta ou mais pena do que ver gente sofrendo. Cheguei a essa conclusão depois de ter virado o rosto váaarias vezes durante Hidalgo – Oceano de Fogo, cada vez que um cavalo se machucava, caía, tinha enxaqueca, indigestão, escarlatina. Não aguento ver, não consigo, e não adianta saber que é tudo mentira: me sinto péssima.

[Eu gostei do filme. As paisagens são lindas, há muitas belas tomadas, e os tecidos que a Jazira usa são DI-VI-NOS!]

**

Aí fui ver a Paixão do Mel, com FeRnanda e Fabião. FeRnanda chorou rios e se emocionou horrores, “principalmente por saber que foi tudo verdade”. Eu, descrente que sou, não me angustiei porque era Cristo sofrendo, mas porque era alguém sofrendo, ponto. Talvez se tivesse sido uma foca, um cachorro, um papagaio sendo chibatado, teria me angustiado mais ainda, não sei.

Adorei o lance do aramaico e do latino, adorei ver tantos atores italianos ali no meio (embora em termos de atuação mesmo ninguém tenha feito nada, visto que o filme é sobre chibatadas e assim sendo não deixa espaço a grandes diálogos ou interpretações inesquecíveis. A coitada da Monica Bellucci, linda até quando está suja e fedida, se fala duas frases em aramaico gaguejante é muito ), adorei os figurinos. Mas a Paixão é só isso: um filme cujo argumento central é a chibatada. Não ensina nada, não diverte, não deixa triste, não excita, não romantiza. Não faz nada. Sabe o filme totalmente, absolutamente desnecessário? Sabe aquele que não serve nem pra te irritar por ter visto um filme ruim? Então. Porque o filme não é ruim. É simplesmente inútil, o que eu considero pior que ser ruim e/ou chato. Totalmente inútil. Você fica lá vendo as chibatadas, todo aquele sofrimento exagerado (porque sinceramente acho pouco provável que alguém consiga sobreviver por tanto tempo a tanta chibatada, porrada e cuspe na cara) te incomodando, e depois o que acontece? Nada. Lhufas. E não venham dizer que é porque eu não acredito em Jesus, porque não é. Eu não só não acredito como não conheço a sua história, e continuei do mesmo jeito, ou seja, sem conhecer nada, uma vez que o filme conta só a parte das chibatadas e nada mais. O problema é que quem já conhecia a história não aprendeu nada de novo, e quem não conhecia permaneceu inguinorante. EU SEI que o filme é mesmo somente sobre chibatadas, já sabia disso antes de sair de casa pra ir ao cinema, mas mesmo assim achei decepcionante, vazio, chibatasófilo em excesso, muito pior do que eu imaginava.

Perdi, além dos 7 euros do ingresso, tempo precioso. Não gostei disso não.

**

Pra compensar, pegamos Lost in Translation anteontem em DVD. A-do-rei :) Adorei as celulites e a barriga da menina (esqueci o nome), adorei a parte estética do filme, adorei as cores, adorei os diálogos, adorei os atores, adorei tudo. Só não colocaria aquele beijo, ainda que casto, no final.

ui!

Ontem, na TV, no meio de uma das enésimas reprises de Hunter (essa porcaria passava no Brasil?) – aquelas reprises tipo tapa-buraco-na-programação – vejo o George Clooney novinho, FEIO, com cara de mexicano, e usando ombreiras!!! A Mastercard tem razão mesmo: certas coisas não têm preço…

jean e mel

E fomos ver I Fiumi di Porpora 2, que não sei como é em português – Rios de Sangue, talvez? Rios Vermelhos? Eu gosto de thrillers com tema religioso. Acho a história de qualquer religião uma coisa tão sinistra que não consigo imaginar um background melhor pra ambientar um filme desse tipo. Então fui toda pimpona, crente que ia ver um filmaço, tipo Second Name, do qual gostei muito. Doce ilusão, ó paca.

O filme começa mais ou menos bem, com algumas belas imagens e o charme antipático do Jean Reno. Mas logo o roteiro começa a mostrar-se como é: incrivelmente esburacado e sem sentido. Não se explica nada, não há nenhuma noção de tempo ou de espaço, os personagens não têm nenhuma profundidade, TODOS os lugares do filme são sinistros e lúgubres (vai ser óbvio assim na China), e há vários absurdos científicos que só podem ser resultado de duas coisas (ou uma combinação delas): 1) a certeza de que os espectadores são todos idiotas E desinformados e 2) preguiça de fazer direito a pesquisa necessária quando se fala de anfetaminas, de Linha Maginot, de Bíblia. Saí do cinema decepcionada. E isso me deixa meio irritadinha.

Então começamos a falar sobre o filme do Mel (sentiram a intimidade?), que felizmente não vai ser dublado quando sair aqui, dia 7 de abril. Acaba que o Peppe, amigo carola do Mirco, já viu o filme, legendado em Inglês, num CD piratão que depois foi devidamente repassado aos frades do convento que ele frequenta (aquele onde fomos ver um jogo da Juve ano passado, vão lá procurar nos arquivos que eu não lembro mais quando foi). Vamos ver se ele faz a caridade cristã de nos fazer uma cópia do CD. Porque eu não tô a fim de pagar 7 euros pra ver esquartejamento de ninguém na tela, mas ao mesmo tempo tô morrendo de curiosidade…

Espalha não!

Não conta pra ninguém não, mas eu sou contrabandista gastronomico-cinematográfica. Simplesmente me recuso a gastar algo em torno aos 6 euros em pipoca e água mineral no cinema. Como aqui rola aquela proibição totalmente anti-democrática de entrar nas salas de projeção com qualquer coisa comestível comprada fora do bar do cinema, aos poucos fomos desenvolvendo técnicas de contrabando alimentar que estão ficando cada vez mais sofisticadas.

No início eu simplesmente escolhia uma bolsa grande quando íamos ao cinema. Grande o suficiente pra acomodar uma latinha de amendoim e duas garrafinhas de suco de fruta. Normalmente ia com uma bolsona tipo carteiro da Animale, que me acompanhou na minha primeira viagem à Itália e tem bastante espaço, com o incômodo único de ser MUITO pesada, mesmo vazia. Uma vez fomos ao cinema com a Stefania, irmã do Mirco, e aproveitamos o espaço bolsal feminino duplicado pra levar tremoços (lupini), pipoca feita em casa, suco e água mineral.

O último upgrade da técnica resulta em levar guloseimas de casa dentro de uma sacola da Sisley (que, pra quem não sabe, pertence ao grupo Benetton, tem roupas bonitas e quando entra em liquidação alguém tem que me amarrar em casa pra eu não sair comprando tudo com 70% de desconto). Poderia ser uma sacola da Benetton, que assim como a Sisley está presente no shopping onde fica o cinema (onde tem uma Benetton tem uma Sisley e vice-versa). Mas a sacola da Sisley é preta e discreta, ao contrário da verde transparente da casa-madre, que é reveladora demais.

Ontem levamos de casa Pringle’s, coca-cola e suco de maçã e banana quando fomos ver L’Amore è Eterno Finché Dura (filme muito fraquinho).

Eu me sinto poderosíssima boicotando a pipoca murcha e superfaturada do Warner Village Cinema :)

Fomos ver Cold Mountain ontem. A paisagem é linda (parece que o filme foi rodado na Romênia, corrijam-me se estiver errada), a Nicole Kidman é linda, o Jude Ló é um pão-de-law, as cenas de guerra são bem feitas, embora eu só goste mesmo de cenas de guerra se forem pré-pólvera… Eu achei só dois problemas no filme:

1) Muitas coisas não fazem sentido, muitos diálogos parecem incompletos ou dão a impressão de serem continuações de outras conversas que nós, espectadores, não ouvimos. Deve ser um caso clássico de adaptação tabajara pro cinema de um ótimo livro. Ou vai ver que o livro era uma bosta mesmo e não havia muito o que fazer pra remediar.
2) Tem a Renée Zellweger no filme. ALGUÉM MANDA ESSA MULHER PARAR DE FAZER BICO, PELAMORDEDEUSSSSSSSSSSSSS E estou pensando em criar uma campanha internetal: doe 1 dólar pra financiar a bochechotomia da Renée Zellweger!

Fomos ver Cold Mountain ontem. A paisagem é linda (parece que o filme foi rodado na Romênia, corrijam-me se estiver errada), a Nicole Kidman é linda, o Jude Ló é um pão-de-law, as cenas de guerra são bem feitas, embora eu só goste mesmo de cenas de guerra se forem pré-pólvera… Eu achei só dois problemas no filme:

1) Muitas coisas não fazem sentido, muitos diálogos parecem incompletos ou dão a impressão de serem continuações de outras conversas que nós, espectadores, não ouvimos. Deve ser um caso clássico de adaptação tabajara pro cinema de um ótimo livro. Ou vai ver que o livro era uma bosta mesmo e não havia muito o que fazer pra remediar.
2) Tem a Renée Zellweger no filme. ALGUÉM MANDA ESSA MULHER PARAR DE FAZER BICO, PELAMORDEDEUSSSSSSSSSSSSS E estou pensando em criar uma campanha internetal: doe 1 dólar pra financiar a bochechotomia da Renée Zellweger!