Vem cá… Somos só eu e o Mirco que achamos a Angelina Jolie FEIA? Com aquela boca deformada?

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O que merece um arquiteto que planeja o banheiro feminino de um multi-sala num movimentado centro commerciale sem UM ÚNICO gancho pra bolsas, casacos, cachecóis e eventuais sacolas de compras? Acertou quem disse um dedo no olho.

Vem cá… Somos só eu e o Mirco que achamos a Angelina Jolie FEIA? Com aquela boca deformada?

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O que merece um arquiteto que planeja o banheiro feminino de um multi-sala num movimentado centro commerciale sem UM ÚNICO gancho pra bolsas, casacos, cachecóis e eventuais sacolas de compras? Acertou quem disse um dedo no olho.

Città di Dio

Vi Cidade de Deus em DVD ontem. Dublado. Mas mesmo assim, A-DO-REI! Adorei tudo, roteiro, fotografia, edição, trilha sonora. Claro que é, digamos, extremamente parecido com Traffic, das cores à instabilidade da câmera, mas não tem problema: tecnicamente o filme é bárbaro. Adorei, e fiquei muito orgulhosa. Se não tivesse toda aquela gente incrivelmente feia e suada na tela, pareceria coisa de Hollywood (ou Ólivud, como pronunciam aqui na Itália.)

Dois novos modelos de mala no mercado, além dos famosos Brasileiros Chatinhos que Moram na Alemanha e se Acham OOOOS Alemães: são a senhorita Helio, que não entende nada de crase, apesar de estudar Comunicação Social, e a senhorita Alonso, que não paga as contas no restaurante (e também não entende nada de crase). Ou as duas não pagam as contas no restaurante e eu estou confundindo uma com a outra? Vai ver que fiz confusão porque o nível de chatice delas é tão grande que obscura as suas personalidades individuais e as transforma em um único Ser Desconhecedor de Crases e Pentelhador de Pessoas.

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Ontem fomos ver The Jury, com aquela fofura do John Cusack, o fodão Gene Hackman e o eterno Tootsie Dustin Hoffman. Olha, eu falo, falo de subliteratura, mas adoro um Grisham. Não pela emoção, porque quem tem um mínimo de tarimba de cinema saca logo onde ele quer chegar, onde a coisa vai terminar; mas pelos sutis detalhes psicológicos e truques jurídicos, e pela revelação de novos pontos de vista sobre coisas aparentemente óbvias. Eu adoro filme/série de advogado e medicina legal. Pena que aqui eu não tenha TV a cabo, e na TV aberta só passa CSI (que eu amo, mas dublado tira metade da graça). Adorava Law and Order, Family Law e outros seriados do gênero. E adoro os filmes baseados em livros do Grisham. São todos essencialmente iguais, mas maquiados de modo diferente, digamos. Eu gosto. Gosto de ver aqueles diálogos absolutamente impossíveis na vida real, onde um personagem manipula as emoções e as palavras do outro com tanta facilidade.

Bom, mas também eu gosto de filme onde o carro cai da ribanceira e explode, tão querendo o quê…

Não que eu jamais vá ao cinema pra assistir a filmes mais densos. É que eu acho a vida já tão complicada que quando vou ao cinema quero só abstrair, relaxar, esvaziar o céLebro mesmo. E pra isso não tem nada melhor do que um bom filme hollywoodiano, cheio de chavões e com final meloso e feliz.

Mas tenho que admitir que a safra ainda muito ruim. Os últimos filmes super hiper mega fodas que eu lembro de ter visto foram Traffic e The Insider, anos atrás.

De repente eu me empolgo e termino de escrever o roteiro que comecei quando fiz o curso de roteiro cinematográfico na PUC, eras glacias atrás… ;)

Se bem que, do jeito que anda a coisa, mais fácil seria escrever um combinado de guia de turismo/tratado antropológico sobre a sociedade umbra/livro de receitas… Que viria, é claro, com uma foto patografada do Legolas de brinde.

Dois novos modelos de mala no mercado, além dos famosos Brasileiros Chatinhos que Moram na Alemanha e se Acham OOOOS Alemães: são a senhorita Helio, que não entende nada de crase, apesar de estudar Comunicação Social, e a senhorita Alonso, que não paga as contas no restaurante (e também não entende nada de crase). Ou as duas não pagam as contas no restaurante e eu estou confundindo uma com a outra? Vai ver que fiz confusão porque o nível de chatice delas é tão grande que obscura as suas personalidades individuais e as transforma em um único Ser Desconhecedor de Crases e Pentelhador de Pessoas.

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Ontem fomos ver The Jury, com aquela fofura do John Cusack, o fodão Gene Hackman e o eterno Tootsie Dustin Hoffman. Olha, eu falo, falo de subliteratura, mas adoro um Grisham. Não pela emoção, porque quem tem um mínimo de tarimba de cinema saca logo onde ele quer chegar, onde a coisa vai terminar; mas pelos sutis detalhes psicológicos e truques jurídicos, e pela revelação de novos pontos de vista sobre coisas aparentemente óbvias. Eu adoro filme/série de advogado e medicina legal. Pena que aqui eu não tenha TV a cabo, e na TV aberta só passa CSI (que eu amo, mas dublado tira metade da graça). Adorava Law and Order, Family Law e outros seriados do gênero. E adoro os filmes baseados em livros do Grisham. São todos essencialmente iguais, mas maquiados de modo diferente, digamos. Eu gosto. Gosto de ver aqueles diálogos absolutamente impossíveis na vida real, onde um personagem manipula as emoções e as palavras do outro com tanta facilidade.

Bom, mas também eu gosto de filme onde o carro cai da ribanceira e explode, tão querendo o quê…

Não que eu jamais vá ao cinema pra assistir a filmes mais densos. É que eu acho a vida já tão complicada que quando vou ao cinema quero só abstrair, relaxar, esvaziar o céLebro mesmo. E pra isso não tem nada melhor do que um bom filme hollywoodiano, cheio de chavões e com final meloso e feliz.

Mas tenho que admitir que a safra ainda muito ruim. Os últimos filmes super hiper mega fodas que eu lembro de ter visto foram Traffic e The Insider, anos atrás.

De repente eu me empolgo e termino de escrever o roteiro que comecei quando fiz o curso de roteiro cinematográfico na PUC, eras glacias atrás… ;)

Se bem que, do jeito que anda a coisa, mais fácil seria escrever um combinado de guia de turismo/tratado antropológico sobre a sociedade umbra/livro de receitas… Que viria, é claro, com uma foto patografada do Legolas de brinde.

Renée Zellweger é definitivamente a atriz mais insuportavel e enjoada que o mundo ja produziu. E uma bochechotomia radical lhe cairia muito bem.

Renée Zellweger é definitivamente a atriz mais insuportavel e enjoada que o mundo ja produziu. E uma bochechotomia radical lhe cairia muito bem.

Então ontem fomos ver o Retorno do Rei, aqui no cinema tabajara de Bastia mesmo porque não estávamos com saco de ir até Perugia.

Olha, eu gostei. Os efeitos especiais e as cores são uma bosta, mas eu gostei. Muito melhor que o segundo filme. Mas pela cara do Mirco e de vários outros no cinema, e pelos cochichos explicativos que se multiplicavam na sala de projeção, acho que deve ser MUITO confuso pra quem não leu os livros. Nomes demais, lugares demais, mudanças de cena demais, reis demais. Quando voltei pra casa peguei meu mapa de Middle-Earth em italiano e dei uma aulinha de geografia pro lanterneiro, mas ele não gosta muito desse tipo de literatura e só fingiu que entendeu hehehe

Minas Tirith é tudo na vida. Confesso que chorei quando apareceu pela primeira vez. Quero ir morar lá.

O que é aquela cena ridícula do Legolas subindo no oliphaunt? Vai apelar assim na China, PJ…

E a pessoa responsável pelas perucas e implantes dos atores merece umas cinco dedadas em cada olho. O pior, de longe, foi o Denethor, que com aquela linha de inserção capilar parece ator canastrão em fim de carreira apelando pra recursos estéticos lamentáveis pra ver se a queda ao ostracismo vai mais devagarinho.

Adoro os Rohirrim. O Forth Eorlingas! (Avanti, Eorlingas… *sigh ) logo antes do ataque aos orcs que estão incomodando Minas Tirith foi de arrepiar.

Acho que a atriz que faz a Éowyn tem muita cara de boazinha. E louras com cara de boazinha, é universalmente sabido, não matam Witch-Kings.

E gostaria de ter visto o Shire devastado por Saruman e Wormtongue… Hobbits rebeldes no cinema, isso sim seria uma revolução.

Mas no geral, gostei, gostei.

**

Hoje de manhã cedo fomos doar sangue em Perugia, eu, Mirco e um rapaz que trabalha pra ele, que no final das contas não pôde doar porque tava com a PA baixa demais. Tava frio, tudo bem, mas quando chegamos a um certo ponto (ou a uma certa altura em relação ao nível do mar – Perugia está no alto de uma colina), demos de cara com neblina e com inesperados chão e telhados nevados. Tivemos que estacionar lá na casa do chapéu, porque ninguém lembrou de espalhar sal nas rampas do estacionamento, e depois de ver a pequena Fiat Panda à nossa frente deslizar sem controle rampa abaixo, demos marcha a ré e fomos procurar vaga em outro lugar que não fosse um plano inclinado.

A coisa não foi simples, porque como doadora de primeira viagem (na Itália, claro) tive que fazer ECG, exame físico cardiológico, preencher fichas e responder a perguntas idiotas. Mas nesse vai-e-vem dentro do hospital Monteluce fiz amizade com todo mundo hehehe Da enfermeira que me mediu a pressão e rodou o ECG e acabou falando da alergia a cipreste da filha, ao médico jovem e claramente inexperiente que olhou meu ECG e me fez as perguntas idiotas (e quando viu a ficha me disse, “allora sei medico? Brutta cosa…”), à médica de Foligno que me encaminhou ao ECG dizendo que todo médico é um paciente chato e negligente e ela também só foi fazer o primeiro ECG aos 40 anos, passando pela médica bonitona de olhos maquiados com uma pesadíssima sombra azul, que conseguiu a proeza de pronunciar meu nome corretamente; o enfermeiro que tirou sangue do braço direito pra tipagem sanguínea e fez a clássica pergunta da “saudaje”, a enfermeira que me encaminhou à sala de doação, que descobrimos ser nossa vizinha do andar térreo; incluindo a enfermeira que fica vigiando a galera na sala de doação, impedindo que neguinho se empolgue e levante e saia andando logo depois do procedimento, enfermeira essa que confessou ser médica mas há anos ter abandonado a profissão pra virar enfermeira, e terminando com a senhora que nos dava o café da manhã depois da coisa toda (a doação se faz em jejum pra aproveitar e fazer glicemia e colesterolemia, além dos clássicos testes anti-infecciosos).

Minha PA costuma ser muito baixa, de cadáver mesmo, mas dessa vez tava a 120 x 80. Mesmo assim quando cheguei em casa, depois de ter ido ao banco e aos correios em S. Maria, não estava me sentindo muito bem. Dor de cabeça e mal-estar muito pentelhos. Almoçamos pesto de novo, porque não tava com o menor saco de inventar nada pra comer. Não comi quase nada e fui dormir. Acordei às quatro da tarde. Insomma…

A primeira vez que doei sangue eu ainda era caloura. Lembro que eu já tava no terceiro pirulito (eles te davam um pirulito enquanto você ficava lá abrindo e fechando o punho) e a bolsa nada de encher. Meus amigos chegavam, doavam e iam embora, e eu lá. Que coração preguiçoso, credo. A enfermeira chegou a vir me sacanear, perguntando se eu tinha certeza de estar viva. Hmpf.

Só passei mal depois de doar sangue uma vez. Foi a última vez que doei dentro do Gaffrée, em campanha do HemoRio (depois passei a ir diretamente ao HemoRio. Aliás, vão, queridos, é realmente um ato de solidariedade. E ainda te fazem um monte de exames de grátis, e te dão coisas gostosas pra comer depois. DOEM SANGUE!). Era um dia quente e minha pressão tava realmente baixa. Como no meu caso a hipotensão é uma coisa fisiológica, insisti tanto que consegui convencer a enfermeira que me examinou a me deixar doar. Me entupiram de água mineral, coca-cola e suco de laranja pra aumentar o volume de líquido dentro dos vasos, e consequentemente elevar a PA até o próximo xixi. Assim que terminou eu estava legal, mas no meio do curtíssimo trajeto até a casa da minha avó, comecei a me sentir muito mal. Um peso na nuca, vertigem, náusea. Cheguei em casa verde, me joguei no sofá e dormi o dia inteiro. Pelo menos aprendi que pressão cadavérica = no way doação.

**

Hoje é Giorno della Memoria, pra lembrar o Holocausto. Perdoem-me, mas confesso que não suporto mais esse assunto, simplesmente porque a coisa toda é muito over. Como assim, maior tragédia da história humana, como anunciam na TV aqui toda hora? Perguntinha básica: e todos os outros felasdaputa que mataram (e ainda matam) milhões de pessoas em outros países, que nem preciso citar porque todo mundo aqui é bem informado e não-burro e é capaz de dar o nome de pelo menos um carniceiro genocida que não seja o Hitler? Por que o único genocídio considerado realmente trágico é o holocausto? Por que será, hein?

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A sopa ficou ótima!

Então ontem fomos ver o Retorno do Rei, aqui no cinema tabajara de Bastia mesmo porque não estávamos com saco de ir até Perugia.

Olha, eu gostei. Os efeitos especiais e as cores são uma bosta, mas eu gostei. Muito melhor que o segundo filme. Mas pela cara do Mirco e de vários outros no cinema, e pelos cochichos explicativos que se multiplicavam na sala de projeção, acho que deve ser MUITO confuso pra quem não leu os livros. Nomes demais, lugares demais, mudanças de cena demais, reis demais. Quando voltei pra casa peguei meu mapa de Middle-Earth em italiano e dei uma aulinha de geografia pro lanterneiro, mas ele não gosta muito desse tipo de literatura e só fingiu que entendeu hehehe

Minas Tirith é tudo na vida. Confesso que chorei quando apareceu pela primeira vez. Quero ir morar lá.

O que é aquela cena ridícula do Legolas subindo no oliphaunt? Vai apelar assim na China, PJ…

E a pessoa responsável pelas perucas e implantes dos atores merece umas cinco dedadas em cada olho. O pior, de longe, foi o Denethor, que com aquela linha de inserção capilar parece ator canastrão em fim de carreira apelando pra recursos estéticos lamentáveis pra ver se a queda ao ostracismo vai mais devagarinho.

Adoro os Rohirrim. O Forth Eorlingas! (Avanti, Eorlingas… *sigh ) logo antes do ataque aos orcs que estão incomodando Minas Tirith foi de arrepiar.

Acho que a atriz que faz a Éowyn tem muita cara de boazinha. E louras com cara de boazinha, é universalmente sabido, não matam Witch-Kings.

E gostaria de ter visto o Shire devastado por Saruman e Wormtongue… Hobbits rebeldes no cinema, isso sim seria uma revolução.

Mas no geral, gostei, gostei.

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Hoje de manhã cedo fomos doar sangue em Perugia, eu, Mirco e um rapaz que trabalha pra ele, que no final das contas não pôde doar porque tava com a PA baixa demais. Tava frio, tudo bem, mas quando chegamos a um certo ponto (ou a uma certa altura em relação ao nível do mar – Perugia está no alto de uma colina), demos de cara com neblina e com inesperados chão e telhados nevados. Tivemos que estacionar lá na casa do chapéu, porque ninguém lembrou de espalhar sal nas rampas do estacionamento, e depois de ver a pequena Fiat Panda à nossa frente deslizar sem controle rampa abaixo, demos marcha a ré e fomos procurar vaga em outro lugar que não fosse um plano inclinado.

A coisa não foi simples, porque como doadora de primeira viagem (na Itália, claro) tive que fazer ECG, exame físico cardiológico, preencher fichas e responder a perguntas idiotas. Mas nesse vai-e-vem dentro do hospital Monteluce fiz amizade com todo mundo hehehe Da enfermeira que me mediu a pressão e rodou o ECG e acabou falando da alergia a cipreste da filha, ao médico jovem e claramente inexperiente que olhou meu ECG e me fez as perguntas idiotas (e quando viu a ficha me disse, “allora sei medico? Brutta cosa…”), à médica de Foligno que me encaminhou ao ECG dizendo que todo médico é um paciente chato e negligente e ela também só foi fazer o primeiro ECG aos 40 anos, passando pela médica bonitona de olhos maquiados com uma pesadíssima sombra azul, que conseguiu a proeza de pronunciar meu nome corretamente; o enfermeiro que tirou sangue do braço direito pra tipagem sanguínea e fez a clássica pergunta da “saudaje”, a enfermeira que me encaminhou à sala de doação, que descobrimos ser nossa vizinha do andar térreo; incluindo a enfermeira que fica vigiando a galera na sala de doação, impedindo que neguinho se empolgue e levante e saia andando logo depois do procedimento, enfermeira essa que confessou ser médica mas há anos ter abandonado a profissão pra virar enfermeira, e terminando com a senhora que nos dava o café da manhã depois da coisa toda (a doação se faz em jejum pra aproveitar e fazer glicemia e colesterolemia, além dos clássicos testes anti-infecciosos).

Minha PA costuma ser muito baixa, de cadáver mesmo, mas dessa vez tava a 120 x 80. Mesmo assim quando cheguei em casa, depois de ter ido ao banco e aos correios em S. Maria, não estava me sentindo muito bem. Dor de cabeça e mal-estar muito pentelhos. Almoçamos pesto de novo, porque não tava com o menor saco de inventar nada pra comer. Não comi quase nada e fui dormir. Acordei às quatro da tarde. Insomma…

A primeira vez que doei sangue eu ainda era caloura. Lembro que eu já tava no terceiro pirulito (eles te davam um pirulito enquanto você ficava lá abrindo e fechando o punho) e a bolsa nada de encher. Meus amigos chegavam, doavam e iam embora, e eu lá. Que coração preguiçoso, credo. A enfermeira chegou a vir me sacanear, perguntando se eu tinha certeza de estar viva. Hmpf.

Só passei mal depois de doar sangue uma vez. Foi a última vez que doei dentro do Gaffrée, em campanha do HemoRio (depois passei a ir diretamente ao HemoRio. Aliás, vão, queridos, é realmente um ato de solidariedade. E ainda te fazem um monte de exames de grátis, e te dão coisas gostosas pra comer depois. DOEM SANGUE!). Era um dia quente e minha pressão tava realmente baixa. Como no meu caso a hipotensão é uma coisa fisiológica, insisti tanto que consegui convencer a enfermeira que me examinou a me deixar doar. Me entupiram de água mineral, coca-cola e suco de laranja pra aumentar o volume de líquido dentro dos vasos, e consequentemente elevar a PA até o próximo xixi. Assim que terminou eu estava legal, mas no meio do curtíssimo trajeto até a casa da minha avó, comecei a me sentir muito mal. Um peso na nuca, vertigem, náusea. Cheguei em casa verde, me joguei no sofá e dormi o dia inteiro. Pelo menos aprendi que pressão cadavérica = no way doação.

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Hoje é Giorno della Memoria, pra lembrar o Holocausto. Perdoem-me, mas confesso que não suporto mais esse assunto, simplesmente porque a coisa toda é muito over. Como assim, maior tragédia da história humana, como anunciam na TV aqui toda hora? Perguntinha básica: e todos os outros felasdaputa que mataram (e ainda matam) milhões de pessoas em outros países, que nem preciso citar porque todo mundo aqui é bem informado e não-burro e é capaz de dar o nome de pelo menos um carniceiro genocida que não seja o Hitler? Por que o único genocídio considerado realmente trágico é o holocausto? Por que será, hein?

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A sopa ficou ótima!

E ontem quem ganhou 38.500 euros no Passaparola foi um cara que participou de duzentos mil puntate (cada episódio de um programa televisivo se chama puntata) no ano passado, mas por causa de um erro teve que abandonar o barco. Depois ele foi conferir e viu que o erro não tinha sido erro, estava certíssimo, e recorreu. Mes passado ele voltou. É muito simpático, apesar de ter uma cara meio de maluco. Todo programa ele canta uma canção de ninar, sempre muito pouco convencional, antes de passar pra última parte do programa, em que há 21 perguntas, cada uma com a resposta começando com uma letra do alfabeto (lembrem-se que em italiano não existe a letra j). O cara acerta as coisas mais cabeludas, não tem pra ninguém! Mas quase sempre fica faltando uminha pra responder. Ontem ele acertou todas as 21, sendo que a última ele papou faltando 5 segundos pro tempo terminar. Tadinho, tava tremendo, e quando acertou a vigésima-primeira começou a chorar.

Não conta pra ninguém não, mas eu chorei também…