E ontem quem ganhou 38.500 euros no Passaparola foi um cara que participou de duzentos mil puntate (cada episódio de um programa televisivo se chama puntata) no ano passado, mas por causa de um erro teve que abandonar o barco. Depois ele foi conferir e viu que o erro não tinha sido erro, estava certíssimo, e recorreu. Mes passado ele voltou. É muito simpático, apesar de ter uma cara meio de maluco. Todo programa ele canta uma canção de ninar, sempre muito pouco convencional, antes de passar pra última parte do programa, em que há 21 perguntas, cada uma com a resposta começando com uma letra do alfabeto (lembrem-se que em italiano não existe a letra j). O cara acerta as coisas mais cabeludas, não tem pra ninguém! Mas quase sempre fica faltando uminha pra responder. Ontem ele acertou todas as 21, sendo que a última ele papou faltando 5 segundos pro tempo terminar. Tadinho, tava tremendo, e quando acertou a vigésima-primeira começou a chorar.

Não conta pra ninguém não, mas eu chorei também…

Mr. Crowe

Do jeito que a coisa anda, vou ter que abrir um fã-clube do Legolas…

**

Grata surpresa no cinema, quinta-feira à noite. Fomos ver Master and Commander, que era o único em exibição que ainda não tínhamos visto. Mirco dormiu (quando ele tá cansado/estressado/irritado/agitado vamos ao cinema pra ele dormir), mas eu juro que gostei do filme, apesar do Russel Crowe e do assunto do filme – normalmente detesto filmes sobre navios, submarinos, tempestades no mar e coisas do gênero. Mas dessa vez eu gostei. O que é aquele garotinho louro que perde um braço? O QUE É AQUELE DE RABO-DE-CAVALO E CICATRIZ NO ROSTO? Gente, que garoto lindo! Socorro!

E as palavras italianas do

E as palavras italianas do dia são:

Paraculo = espertalhão, que passa os outros pra trás
Taroccare = adulterar o resultado de alguma coisa
Prendere per il culo = sacanear, fazer de bobo
Canone = “assinatura” da televisão aberta, obrigatoria

Palavras úteis pra explicar o bafafá que anda rolando por aqui, como bem já cantou a pedra a Simone. Já mencionei aqui, mais de uma vez, o programa Striscia la Notizia, que desmascara magos, sacaneia políticos, atores e qualquer um que seja flagrado fazendo besteira ou fazendo papel de bobo, enfim, revela podres de toda e qualquer natureza. Essa semana resolveram pegar no pé do Paolo Bonolis, que é um dos substitutos da dupla de Striscia, quando saem de férias, e que agora apresenta um programa chatérrimo e sem sentido mas que deu imensa audiência, pela RAI Uno. O programa, que se chama Affari Tuoi (pô, nem sei como traduzir isso… algo como o problema é seu, it’s up to you, it’s not anyone’s business but yours, sei lá), é mais ou menos assim: no começo, há um representante de cada região da Itália. Bonolis faz uma pergunta, sempre absurda (a única vez em que assisti ao programa a pergunta era qual dessas festas regionais era verdadeira: festa da cebola, do peito de frango, do arroz queimado, essas coisas), e quem responde corretamente e mais rápido é escolhido pra participar. Cada participante, e não lembro quantos são no final das contas, tem uma caixa. Quem ficou de fora também tem uma caixa. Cada caixa tem ou um valor em dinheiro, que vai dos dez centavos de euro ao meio milhão de euro, e há algumas caixas com outras coisas inúteis, tipo um ovo cozido, uma berinjela, etc. Basicamente o jogo é uma mistura de perguntas e de opções entre trocar a caixa por uma outra ou não. E o objetivo, obviamente, é abrir, no final do programa, uma caixa que contenha uma boa quantia de dinheiro, em vez de um ovo cozido ou dez centavos.

Pois bem. Striscia descobriu que todos os participantes são atores, que assinam um contrato de 600 euros e renunciando ao eventual prêmio – premio esse que é decidido com muita antecipação, ou seja, a produção do programa já sabe quem vai ser o ganhador do último programa da série.

Striscia fez uma vinheta onde Bonolis aparece com uma linguinha de cobra, e depois o slogan: Paolo Tarocchis, The King of Paraculs. Dei tanta risada quando vi que saiu água mineral do meu nariz.

Esse assunto do programa “taroccato”, ou seja, onde é tudo montado e a produção decide quem e quando ganha o quê, foi puxando outros, e eles foram achando imagens de atores usados em mais de um programa do tipo Marcia Goldstein. Gente que vai pra TV fingir que está lavando roupa suja, mas que participa de outros programas do mesmo tipo, reciclando assim histórias e personagens.

Claro que a gente sabe que é tudo montado, mas uma coisa escandalosa assim, eu só tinha visto no festival de San Remo do ano passado, quando a vencedora já tinha sido escolhida meses antes do festival começar. O mais engraçado é que o pessoal na rua fica indignado, se sentindo “preso per il culo”, principalmente porque o canone, que sempre foi caro, aumenta todo ano: agora custa quase 100 euros anuais. Acho hilário o jeito que os italianos têm de transformar tudo num drama de proporções intergalácticas. Comé que podem levar a sério o que se passa na televisão, principalmente a SBTídica TV italiana? Tô falando sério quando digo que a Itália é o país mais divertido do mundo…

osceno!

Dario Argento, incompetente del cavolo, MA COME CACCHIO FAI A PRESENTARE AL MONDO UNA CAVOLATA COSI’ GROSSA COME “IL CARTAIO”? Che figura di merda! E’ il film più brutto e stupido che abbia mai visto in vita mia, una grandissima presa per il culo! Ma che pensi, che la gente è stupida? (sì che lo è, ma cazzo, mica così tanto!) E poi in inglese! Ma che, hai intenzione magari di venderlo all’estero? Con quell’audio del cavolo e il probabile inglese del cavolo degli attori di merda? Al cinema brontolavano tutti in continuazione, ne uscivano tutti incazzati, “osceno, osceno”, “mamma mia, che figuraccia”. Per carità! Un po’ più di rispetto per la gente che va al cinema e ti da da mangiare!

Ecco.

tv

Finalmente to conseguindo assistir às fitas de video que minha mae gravou e me mandou durante esses ultimos meses. Como ela muitas vezes dorme assistindo à TV, tem varios programas pela metade, comercial, coisas estranhas, um pouco de tudo. Muitos Saia Justa (que eu adorei, nunca tinha visto), alguns Os Normais (que achei um porre), alguns Casseta e Planeta, de cujas piadas nao entendo nem a metade por nao saber quem eles estao sacaneando, um E.R. aqui e ali. Hoje, enquanto passava roupa, vi um episodio de Sex and the City, que eu nunca tinha visto. Quer saber? Nao achei isso tudo nao. Muita forçaçao de barra pro meu gosto.

E a conclusao a que cheguei depois de assistir a todos esses programas brasileiros, entrevista com gente na rua, documentarios, etc: COMO O BRASILEIRO E’ FEIO, virge maria!!!

Todos esses anos de ruindade capilar e ainda não aprendi que não posso esperar nem 5 minutos pra passar os 1.874,25 cremes e óleos pra cabelo ruim, depois de lavá-lo. Tem que ser pá-pum: tirou a toalha da cabeça, tacou o creme, senão os cabelos se rebelam de modo irreversível. Como hoje. Burra.

**

Essa semana meu cachorro bateu 2 records: um de retardamento mental, passando mais ou menos SEIS HORAS sentado dentro do caminhão, na oficina (não dormindo, mas sentado no banco do carona, olhando tudo muito sério), e um outro de, bom, esse também de retardamento mental, dando uma cabeçada no Demo, em um episódio no melhor estilo desenho animado. Diz a lenda que o Ettore havia levado os cachorros pra passear no campo, depois do jantar, como sempre faz (porque se ficar em casa tem que conversar com a mulher, e eles não têm nada a dizer um pro outro). Cada um foi pro seu lado; o tempo passou, Ettore quis ir embora, assobiou chamando os meninos, e veio cada um correndo de uma direção. Nenhum dos dois é muito bom de freio, o que resultou numa colisão frontal-cabeçal que obviamente atordoou só o Demo, porque o Legolas é osso duro de roer e não é uma cabeçadinha básica que consegue derrubá-lo.

**

E ontem vimos Last Dawn, penúltimo filme que sobrou pra ver no multi-sala de Perugia aonde vamos sempre, porque não há nenhuma estréia nova há duas semanas (vocês sabem, aqui no interior do Haiti os filmes chegam com muito atraso), e nós já vimos todo o resto, inclusive aquele filme adolescente da Disney com a Jamie Lee Curtis, que aliás está envelhecendo muito dignamente, mas engordou pacas. Em Last Dawn todo mundo fala muito pouco, o que em versão dublada, acreditem, é uma bênção – a dublagem desse filme é particularmente horrível; a coitada da Monica Bellucci (a mulher mais linda do mundo, na minha opinião, e é umbra, aqui de Città di Castello, terra do Massimo e do Samuele, lembram?) ganhou uma dubladora com voz de adolescente idiota. As paisagens são bonitas, o Bruce Willis faz o seu eterno papel de homem iceberg destilador de charme masculino, neguinhos morrem, neguinhos são salvos, blah blah blah.

O último filme da lista é o mais recente Massacre da Serra Elétrica, que eu até gostaria de ver, mas minha companhia lanterneirídica não é muito chegada. Mas o que eu queria mesmo era ver um filme cagaço total. Poucos filmes me dão medo; sou uma menina durona. O último que foi capaz de me dar super hiper mega cagaço foi The Ring. Quequeísso, minha gente? Que filme é esse??? Dormi de luz acesa e tudo! Pé de pato mangalô 3 veis!

**

E existe uma grande possibilidade de uma semana de férias na Iugoslávia. Sim, eu sei, é estranho.

**

Ando tão cansada ultimamente! Um ano e meio sem voltar pra casa dá cansaço cardíaco; esse ano foi emocionalmente exaustivo; trabalho 7 dias por semana em dois empregos que eu ODEIO para chefes que eu desprezo profundamente, resultando em cansaço físico e mental; me sinto isolada do mundo culto, porque aqui no interior da Guatemala o pessoal é mais bronco que o Chico Bento, e isso dá um cansaço ceLebral; tenho cansaço intestinal porque fiquei tanto tempo comendo pouco que agora o menino tem preguiça e não trabalha mais direito; enfim, estou com as baterias absolutamente arriadas. Queria um mês sem fazer bissolutamente nada, sem falar nada, em nenhuma língua, sem aprender nada, sem explicar nada, sem contar nada, sem responder nada a ninguém, sem sentir frio, sem fazer NADA além de olhar pras estrelas e ver filminhos e ler livrinhos e cozinhar/comer coisas gostosas e descomplicadas (leia-se pipoca e pão de queijo pronto). Pô, Papai Noel, dá um jeito nisso aí, cara…

Todos esses anos de ruindade capilar e ainda não aprendi que não posso esperar nem 5 minutos pra passar os 1.874,25 cremes e óleos pra cabelo ruim, depois de lavá-lo. Tem que ser pá-pum: tirou a toalha da cabeça, tacou o creme, senão os cabelos se rebelam de modo irreversível. Como hoje. Burra.

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Essa semana meu cachorro bateu 2 records: um de retardamento mental, passando mais ou menos SEIS HORAS sentado dentro do caminhão, na oficina (não dormindo, mas sentado no banco do carona, olhando tudo muito sério), e um outro de, bom, esse também de retardamento mental, dando uma cabeçada no Demo, em um episódio no melhor estilo desenho animado. Diz a lenda que o Ettore havia levado os cachorros pra passear no campo, depois do jantar, como sempre faz (porque se ficar em casa tem que conversar com a mulher, e eles não têm nada a dizer um pro outro). Cada um foi pro seu lado; o tempo passou, Ettore quis ir embora, assobiou chamando os meninos, e veio cada um correndo de uma direção. Nenhum dos dois é muito bom de freio, o que resultou numa colisão frontal-cabeçal que obviamente atordoou só o Demo, porque o Legolas é osso duro de roer e não é uma cabeçadinha básica que consegue derrubá-lo.

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E ontem vimos Last Dawn, penúltimo filme que sobrou pra ver no multi-sala de Perugia aonde vamos sempre, porque não há nenhuma estréia nova há duas semanas (vocês sabem, aqui no interior do Haiti os filmes chegam com muito atraso), e nós já vimos todo o resto, inclusive aquele filme adolescente da Disney com a Jamie Lee Curtis, que aliás está envelhecendo muito dignamente, mas engordou pacas. Em Last Dawn todo mundo fala muito pouco, o que em versão dublada, acreditem, é uma bênção – a dublagem desse filme é particularmente horrível; a coitada da Monica Bellucci (a mulher mais linda do mundo, na minha opinião, e é umbra, aqui de Città di Castello, terra do Massimo e do Samuele, lembram?) ganhou uma dubladora com voz de adolescente idiota. As paisagens são bonitas, o Bruce Willis faz o seu eterno papel de homem iceberg destilador de charme masculino, neguinhos morrem, neguinhos são salvos, blah blah blah.

O último filme da lista é o mais recente Massacre da Serra Elétrica, que eu até gostaria de ver, mas minha companhia lanterneirídica não é muito chegada. Mas o que eu queria mesmo era ver um filme cagaço total. Poucos filmes me dão medo; sou uma menina durona. O último que foi capaz de me dar super hiper mega cagaço foi The Ring. Quequeísso, minha gente? Que filme é esse??? Dormi de luz acesa e tudo! Pé de pato mangalô 3 veis!

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E existe uma grande possibilidade de uma semana de férias na Iugoslávia. Sim, eu sei, é estranho.

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Ando tão cansada ultimamente! Um ano e meio sem voltar pra casa dá cansaço cardíaco; esse ano foi emocionalmente exaustivo; trabalho 7 dias por semana em dois empregos que eu ODEIO para chefes que eu desprezo profundamente, resultando em cansaço físico e mental; me sinto isolada do mundo culto, porque aqui no interior da Guatemala o pessoal é mais bronco que o Chico Bento, e isso dá um cansaço ceLebral; tenho cansaço intestinal porque fiquei tanto tempo comendo pouco que agora o menino tem preguiça e não trabalha mais direito; enfim, estou com as baterias absolutamente arriadas. Queria um mês sem fazer bissolutamente nada, sem falar nada, em nenhuma língua, sem aprender nada, sem explicar nada, sem contar nada, sem responder nada a ninguém, sem sentir frio, sem fazer NADA além de olhar pras estrelas e ver filminhos e ler livrinhos e cozinhar/comer coisas gostosas e descomplicadas (leia-se pipoca e pão de queijo pronto). Pô, Papai Noel, dá um jeito nisso aí, cara…

Deu a louca no pai

Deu a louca no pai do Chefe. Se inspirou nas flores que eu trouxe na primeira semana, e que a Martinha substituiu depois por outras cafonérrimas rosas cor de chá, e comprou um monte de plantas. Cheguei ao escritório hoje e achei por um momento que tivesse entrado na floresta da Tijuca, sem brincadeira. Agora atrás de mim, olhando por sobre os meus ombros, há um pinheiro feio. Do lado da minha garrafa de água mineral, entre a fita durex e a bandeja de entrada de documentos, tem um vasinho de flores cor-de-rosa muito bonitinhas, cortesia da Mãe do Chefe, que, aliás, é a cara do Popeye, só que fuma cigarro normal em vez de cachimbo. Em cada uma das extremidades da minha escrivaninha em semi-U há um vasinho de uma planta fofa que dá frutinhas vermelhas. Daqui da minha escrivaninha vejo, bem de frente pra quem chega da escada, encostadas na janela, uma planta alta não identificada e um vaso de copos-de-leite. Em um ângulo da escada, outra plantona. Na sala do Segundo Chefe, que vejo diagonalmente à minha direita, um vaso de antúrios. Sobre o armário baixo da sala de reuniões, bem à minha direita, um vaso de antúrios em cada ponta. Ao lado da máquina de xerox, mais copos-de-leite. No canto fora da sala da Marta e da garota da calça dourada, mais antúrios. Em um canto dentro da sala delas, mais antúrios e, sobre o armário das faturas, uma plantinha rosinha como a minha (rimou!). Na sala do chefe, antúrios e uma outra mini-planta. Detalhe que, fora as mini-plantas, todas as outras são feias, com cara de flor de plástico. Estou adorando esse clima tropical-quase-fake aqui dentro.

São vinte pras cinco e lá fora já está escuro. A neblina deu um tempinho, pelo menos durante o dia, mas o frio chegou de vez. Já não dá mais pra dormir sem o aquecimento ligado. Os Apeninos já estão branquiiinhos, e o Subasio já vestiu o capuz de neve duas vezes semana passada.

Bosta de inverno chato.

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Ando linda esses dias. Ontem ganhei um par de calças da Benetton que gostei muito e, modéstia à parte, ficou ótimo em mim ? coisa miraculosa, porque mesmo tendo emagrecido muito, meus culotes são invencíveis, e poucas coisas no mundo são mais deselegantes que culotes. Como é bom se olhar num espelho de corpo inteiro! Esse negócio de espelho só do peito pra cima vai ficando deprimente com o tempo.

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Vi o filme de Fan Fan de la Toulipe. Delicioso ! Pena que tem aquela mala da Penelope Cruz, com a sua cara de passarinho. Impressionante o que alguns milímetros de pele a menos entre o nariz e a boca não fazem com uma pessoa… Mas o filme é absolutamente delicioso, de verdade.

opa

Ontem fui ver Era Uma Vez no México (é isso mesmo? Porque os tradutores italianos são tão criativos quanto os brasileiros e dão os títulos mais escalafobéticos possíveis aos filmes americanos). Meu humilde parecer:

– Quem escolheu e executou o corte de cabelo do Antonio Banderas merece ir pra fogueira.
– Quem desfigur… quem fez as cirurgias plásticas do Mickey Rourke merece um dedo no olho, e depois ir pra fogueira.
– A Salma Hayek é bonita, apesar do queixão, mas eu continuo detestando belezas do tipo exótico/selvagem/latino/tropical/vulgar.
– Gosto do Johnny Depp. Acho-o um bom ator, além de ter um rosto muito interessante ? gosto particularmente do seu nariz.
– O filme é absolutamente ridículo, excessivamente barulhento, todo o elenco é de uma canastrice ímpar, a trilha sonora fa paura.
– Espanhol não é um idioma, é um aborto linguístico da natureza.

No próximo fim de semana estréia (sim, estréia só agora ? quando eu falo que moro no coração do Zimbabwe não estou exagerando) Procurando Nemo : ))))))

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No mais, acho que não consigo voltar ao Rio pro Natal. Não tem passagem de jeito nenhum, a menos que eu fique quase dois meses no Brasil, o que é absolutamente incompatível com a minha permanência no emprego aqui no escritorio. Então acho que vai rolar só lá pra janeiro… : (

Cineminha básico em Foligno ontem. Básico? São SEIS HORAS DE FILME, divididas em duas sessões de três horas. A próxima é semana que vem. O filme: La Meglio Gioventù. Eu gostei muito, apesar de ser fã declarada de cinema-boboca-americano-carro-que-cai-na-ribanceira-e-explode. Aprendi algumas lições:

. Certos homens ficam melhor com barba.
. TODO ATIVISTA é chato. Todo. Não interessa se a causa é justa ou não. São todos umas malas.
. Psiquiatria é linda nos livros, mas vai encarar os malucos na prática, vai. (Eu já encarei, digo por experiência própria).

Mas realmente, o filme é muito bonito. Os personagens são construídos direitinho, há alguns diálogos brilhantes, algumas (poucas) alfinetadas sutis à risível sociedade italiana. Bonito, bonito. Gostei. Fico muito feliz quando saio do cinema satisfeita.

(claro que o macarrão esperto que eu fiz pro jantar antes do filme pode ter ajudado a deixar tudo mais lindo. Comer bem é um dos grandes prazeres da vida. Fiz tagliatelle/talharim – massa com ovos, por favorrrrr, massa larga sem ovo não tá com nada – “saltato” com uns pedacinhos pequeniniiiinhos de bacon, espinafre, cenoura e pimenta-do-reino moída na hora. Nham nham.)