iron man 2

Aproveitamos o domingo lerdo pra deixar a Carol na Arianna e ir ao cinema, coisa que não fazíamos desde que ela nasceu. Fomos a Foligno, na sessão das 4 pra voltar cedo, e estávamos animadíssimos porque o primeiro Iron Man é absolutamente sensacional – tenho o DVD e já revi um zilhão de vezes, it’s that good.

Que desperdício de filme, pelamordedarwin. Roteiro sem pé nem cabeça. Mickey Rourke fazendo o mesmo papel que fez em The Wrestler, só que com dentes de ouro, e mesmo assim hipermal aproveitado. Pepper completamente esquecida. Samuel L. Jackson como Nick Fury e a S. Johanssen como a sua ajudante (cujo nome não entendi) totalmente sem sentido, sem nenhuma explicação, background ou diálogos inteligentes. Nem vou comentar o cabelo efeito Jucileyde-que-usa-litros-de-leave-in-pra-realçar-os-cachos da coitada da Johanssen, que emagreceu mas continua com bundão. Don Cheadle desperdiçadíssimo. Sim, os efeitos especiais são foda (ele bêbado dançando de armadura é o ó, puro molejo), a armadura dele é tudo na vida e eu também quero, mas o filme é uma MERDA. Saí do cinema irritadíssima porque poderia ter sido um filmaço e não foi. Gostaria de saber que curso de merdificação de filmes esses diretores fazem antes de filmar os sequels, puta que me pariu.

carolinices e a era da pracinha

Carol anda uma ferinha. Aprendeu a subir na poltrona e nas cadeirinhas de plástico tamanho criança que ficam na varanda. Há semanas tenta pegar o paninho de pia Perfex-like, se esticando toda nas pontas dos pés. Começou a fase dos tantrums quando não consegue o que quer, e quase sempre tenho ataque de riso porque o beiço estica todo pra frente e com aquela cabelação toda a cara dela fica muito engraçada. Anda tentando se vestir sozinha, o que na verdade significa que ela pega qualquer coisa de tecido que vê pela frente, inclusive toalhas e tapetes, e bota na cabeça, puxando pra um lado e pro outro como se eventualmente a eventual gola do objeto fosse passar pela cabeça dela e ela acabasse vestida. Eventualmente. Tem dias que só come se for sozinha, logicamente fazendo uma lambança danada. Eu nem olho pra não ter um treco. Tem loucura por cachorro, porque quando vai pra Arianna aquele pamonha do Demo se joga no chão na frente dela pra ela ficar lá dando tapinhas nele, puxando as orelhas, coçando a barriga, puxando o pelo, beliscando as costas, então tenho que segurá-la toda vez que passa um cachorro na frente, pra ela não sair correndo atrás. Aprendeu a piscar o olho (leia-se fechar os dois olhos) quando a gente diz “pisca”, a esfregar a barriga quando eu digo “lava a barriga”, a botar a língua pra fora quando a gente diz “como a Virgola bebe água?”, a fazer sim com a cabeça. Conhece todos os seus livros preferidos pelo nome e vai lá pegar quando a gente pede. E por aí vai.

E com o tempo melhorando começou a era da pracinha. Aqui atrás de casa tem um parquinho, mas não rola. Porque fica nos fundos dos prédios desvalorizadores de bairro aqui do meu, uma espécie de conjunto habitacional quadradão estilo mussolínico, infelizmente habitado pela pior gente que há: os napolitanos. Desconfiei logo na primeira vez em que fomos lá: muitas, muitas crianças gordas, usando roupas cafonas, meninos pequenos de cabelo comprido, mães gritando nomes equivalentes aos Jennifers e Wellingtons brasileiros (uma desgraçada botou o nome de Illia no filho, pena de morte nela), crianças comendo bolinho Ana Maria tabajara do Lidl e jogando a embalagem no chão. E foi aí que comecei a ouvir o sotaque. Socorro. Logo depois houve um encontro de primeiro grau muito, muito estranho. Um menino lourinho de óculos fundo de garrafa, de uns oito, nove anos, se aproximou da Carolina, sorriu e PREPAROU UM CHUTE na direção dela. “Ma sei scemo?”, exclamei, “Tá maluco, meu filho?”. Olha a resposta do psicopatinha: “Quero que ela chore pra eu descrever suas lágrimas”. WTF??? “Faz isso de novo e você vai ver quem vai sair chorando, seu louco!”, gritei, e saí literalmente correndo.

Então passei a frequentar o parquinho atrás da escola primária, no centro da cidade. Outro nível, embora viva cheio de romenas perpetuamente grávidas e rodeadas de crianças ranhentas. De muçulmanas não vemos nem a cor, porque a coitadas não podem se dar ao luxo de ficar passeando por aí sozinhas, mostrando a figura na medina (vamos repetir o mantra “a religião é uma merdammmmmmmmm a religião é uma merdammmmmm”). Mas a maior parte é de italianas mesmo, coisa que pode ser vista pela qualidade das roupas das crianças, os carrinhos de marcas conhecidas e não genéricos de supermercado que parecem frágeis como se fossem feitos de canudos de plástico, pelos nomes normais dos pimpolhos, pela ausência de gritos histéricos e inúteis à distância típicos de mães que estão cagando pro que os filhos estão fazendo, porque quando você realmente está tentando educar seu filho vai lá e diz o que tem que dizer em vez de ficar berrando “Giovanniiiiiiiiiiiiiiiii” a três quilômetros de distância sabendo que o Giovanni vai cagar e andar e continuar batendo no coleguinha.

O parquinho é grande e vive entupido de crianças de todos os tamanhos, de modo que a Carol fica entretidíssima, andando feito uma barata tonta de lá pra cá, pegando folhas e pedrinhas que ela leva de um lugar pro outro, de olho na bola dos meninos, querendo pegar os parafusos (don’t ask) das bicicletas dos outros e molhar a mão na torneira de água potável perto dos bancos. Volta pra casa exausta e começa a beliscar o próprio pescoço (sinal de que está com sono) já às sete da noite. Ainda não conversei com nenhuma mãe porque ela ainda não interage com as outras crianças e fica perambulando sozinha, mas sei que daqui a pouco vai rolar. Por enquanto tá bom assim: queimo muitas calorias power walking até o parquinho, paro na Coop pra fazer compras se precisar, ela vai falando “boyoboyoboyoboyo”, “manhamanhmanhamanha”, “atcheatcheatcheatche” sem parar na volta, e chegamos em casa devidamente exercitadas.

sleeping 101

Tem gente que não sabe dormir. Não falo do ato de dormir em si, mas da técnica envolvida. Porque tudo nessa vida tem técnica, não é mesmo.

Quando acontece do Mirco capotar no sofá e não acordar de madrugada pra voltar pra cama, eu acordo, levanto, simplesmente puxo a ponta da coberta pro lugar e ecco, a cama está feita. Porque eu sou uma pessoa que tem técnica pra dormir, sabe. Quando mudo de posição, rolo por baixo da coberta, e não levando a coberta junto comigo, como faz o Mirco. Volta e meia acordo de madrugada porque fui mudar de posição e senti o contato direto com o edredom, porque o Mirco consegue desvincular totalmente o lençol de cobrir do edredom. A coisa me dá um nervoso sem precedentes, e lá vou eu sentar na cama e ajeitar as cobertas antes de voltar a dormir. Saco. Não precisa nem dizer que pela manhã a cama está um ninho de rato. Ódio.

Minha mãe também é assim. Quando levanta a impressão é a de estar em um quarto cheio de cobertas espalhadas por todos os lados, travesseiros e almofadas idem. Gente que não sabe dormir consegue criar a ilusão de bagunça infinita mesmo em cômodos espartanos; uma coberta amarfanhada fica parecendo dez, um travesseiro torto fica parecendo doze, e a aparência do quarto fica um horror.

Acho que vou começar a oferecer cursos. “Como dormir de modo a gastar 10 segundos pra fazer a cama no dia seguinte”. “Como rolar por baixo das cobertas e não com elas”. Será que cola?

odontoplebe

Meus queridos, meu dia chegou. Saí da reduzidíssima elite de indivíduos totalmente desprovidos de cáries desde o nascimento e entrei pra gigantesca torcida do Flamengo que é maioria cariada.

Eu não percebi nada. A coisa estranha é que não percebi nada. Quando vi, estava cariada. Fui percebendo uma sensação desagradável em algum dente inferior esquerdo, mas juro que não me toquei. Cansaço, estresse, sono atrasado, pegar no sono na cama ao lado da Carolina, com a mão dentro do berço pra ela deitar em cima e beliscar até dormir, ficando portanto várias horas depois do jantar sem escovar os dentes, you name it. O fato é que quando finalmente fui olhar dentro da boca com calma achei não uma cárie, mas uma CRATERA entre os dois últimos dentes (não sei nome de dente nenhum e nem pretendo pesquisar sobre o assunto, thank you). Dei um ataque: comé que eu não vi isso, gente? Cega! Anta! Desleixada! Sujona! Ca-ri-a-da!

Meu dentista, que tem agenesia de dois dentes da frente e portanto parece desleixado, sujão e desdentado, inspirando muito pouca confiança em quem não sabe da história, disse pra eu relaxar porque a maldita começou entre os dentes e por baixo, ou seja, ninguém, nem ele nem nenhum outro dentista e muito menos eu, teria notado a bichinha antes dela criar o dano gigante que causou. Porque, queridos, a minha estreia no mundo dos cariados não foi pra menos: a cratera quase chegou no nervo e havia risco de ter que desvitalizar o dente (!!!!!!!!!!!!!!!), e, pasmem, a cratera não estava sozinha! Havia outra cárie, praticamente gêmea, exatamente na mesma posição, mas na arcada superior. Essa era a irmã menor, digamos assim, felizmente.

Sei é que estou horrorizada. Toda vez que mastigo tenho a impressão que há buracos em todos os outros dentes da boca que a obturação vai explodir ou se desintegrar, que vou precisar de coisas cujos nomes sempre foram misteriosos pra mim – ponte, coroa, implante. Coisas de odontoplebe, sabe como é.

Não nasci pra ter doença nenhuma não, vou te contar.

tem alguém aí?

Vou postar assim como se nada tivesse acontecido, como se isso aqui não estivesse abandonado, tá bom? Tipo, eu finjo que tenho uma vida normal, com tempo pra postar, e vocês fingem que acreditam.

Então. Minha mãe passou quase três meses aqui, desde o final do ano até o aniversário da Carol, e tive a oportunidade de fazer uma coisa que não rolava desde que pari (eu sei que a expressão é feia em português, mas é que em italiano é supercomum e já me acostumei a ouvir “Sabe quem pariu? A Fulana”): ler. Porque há coisas que dá pra fazer com filho em casa, tipo cozinhar, dar uma geral na casa, tomar banho (ela fica no berço dentro do banheiro brincando com as coisinhas dela), pendurar roupa na corda, essas coisa legais. E há coisas que são impossíveis na presença de criança, como ler, ver (ou ouvir) televisão, usar o computador, fazer ginástica. Essa segunda categoria de coisas eu faço quando ela está dormindo, ou então quando ela está na Arianna. Mas como deixar filho na casa da avó pra ler é meio tipo assim o fim da picada, a coisa não tava rolando mesmo. Só consegui quando minha mãe veio: ela ficava com a Carol, eu ia dormir pra me recuperar das noites em branco e lia uma meia horinha antes de pegar no sono.

Logicamente, a oportunidade era preciosa e não podia ser desperdiçada com paulo coelhos e dan browns, pé de pato mangalô três vezes. Então pensei, pensei, pensei e escolhi The Poisonwood Bible, que andava na minha estante há um bom tempo. Gostei MUITO. Muito legal acompanhar as mudanças, a evolução das personagens. Muito legal também aprender pequenas coisas sobre a África, no início, e depois coisas mais hardcore – política, guerras. O texto é muito bem escrito, as personagens são marcantes, os subplots que vão aparecendo conforme a história vai avançando se encaixam muito bem. Ótima pedida.

Depois desse eu dei um megamole e comecei a ler uma chatura que levei séculos pra terminar: The Book Thief, que se não me engano foi traduzido no Brasil como A Menina que Roubava Livros e, que se não me engano de novo, teve capa da Newlands. Caralho, exclamou a princesinha, QUE LIVRO CHATO! Eu não sei de onde tirei a ideia idiota de comprar um livro sobre a WWII. Detesto esse assunto, detesto, detesto, acho que já deu o que tinha que dar, chega, torrou a paciência, sim, tadinhos dos judeus e coisa e tal. Porreeeeeeee! Terminei porque sou teimosa e porque a ideia era razoavelmente original, então insisti. Mas jurei a mim mesma que nunca mais vou ler nada sobre esse assunto porque me irrita uma quantidade.

Pra me recuperar do trauma, voltei ao fantasy. Fui de The Steel Remains, que foi uma sensação quando lançado. Sim, o texto é bom; sim, tem algumas tiradas ótimas; não, não gosto das cenas de sexo desnecessárias e sobretudo da forçação de barra total sobre a homossexualidade do personagem principal. O cara é macho pra cacete, mas é bicha. E daí, você pergunta aos seus botões. Por que ficar jogando isso na nossa cara o tempo todo como se fosse uma coisa importantíssima? Ainda não decidi se vou continuar lendo a série.

Depois resolvi escolher um stand-alone, pra não ficar me desesperando enquanto o próximo livro não sai. Só que, sendo uma anta, não fui conferir na internet se o livro era realmente sozinho ou se parte de uma série. Adivinhem? É o primeiro de uma série. Adivinhem quando sai o próximo? Em DOIS MIL E ONZE! Puta que me pariu. De qualquer maneira, gostei pra caramba: The Name of the Wind. A resenha fala de uma mistura de Harry Potter com sei lá o que mais, porque uma parte da história se passa em uma universidade, mas achei o paralelo meio forçado. O cara escreve bem pra caramba, a história é envolvente e eu fiquei com ódio de mim mesma por ter escolhido um livro que acaba em cliffhanger e a continuação só sai ano que vem. Merda. Meu único problema com esse livro foram os nomes dos personagens. Kvothe? Que merda de nome é esse? Jack e David? Oi? Metade dos personagens tem nomes inventados de fantasy, quase sempre no mesmo nível de horror de “Kvothe”; a outra metade se chama Jack, Jimmy, Mary. Coisa mais broxante. Mas enfim, não se pode ter tudo, não é mesmo.

Li também os dois primeiros da série Millenium, e adorei. Engraçado como livro sueco é tudo muito parecido em termos de estilo; não sei se é mérito da tradução em inglês que uniformiza tudo, mas todos os que eu já li até hoje, de vários autores diferentes, me pareceram muito semelhantes. Tipo, você lê meia frase e imediatamente sabe que é uma parada sueca, embora eu não saiba nada sobre a Suécia. De qualquer forma, o bom dos livros é obviamente a história, porque de literatura ali tem muito pouco. Claro que já comprei o terceiro, que chegou ontem, e não vejo a hora de ler. Por favor ignorem as capas.

Não resisti e voltei pro fantasy. Dessa vez peguei um Guy Gavriel Kay que tava me olhando da estante há o maior tempão: Ysabel. Não chega aos pés das outras obras-primas dele, mas dá bem pro gasto, principalmente porque se passa na França. Nham. E aí lembrei que tem um livro novo dele saindo, e os reviews são fenomenais, e acabei dando um pre-order na Amazon e agora estaria roendo as unhas de ansiedade pra ler o bichinho, se eu fosse o tipo de pessoa que come as unhas. Pra matar o tempo enquanto Under Heaven não vem, estou relendo Tigana, sempre dele, depois de muuuuito tempo. A edição que eu tenho foi um Couchsurfer que deixou de presente no ano retrasado; ele já tinha lido e não queria ficar carregando aquele murundu pra cima e pra baixo (mais uma razão pra você se inscrever no Couchsurfing: hóspedes frequentemente deixam livros que não querem levar durante as viagens). Tinha esquecido como esse livro é bom, putz.

Que horas eu leio isso tudo? Meia horinha (cof cof digamos que um pouco mais) antes de dormir. Infelizmente não tem outro jeito; tenho que abrir mão de horas de sono pra poder ler. Mas eu sou o que eu leio, e por isso prefiro dormir menos e passar o dia em zumbi mode, sinceramente. Quando leio Lúcia-Já-Vou-Indo pra Carol depois da mamadeira quem já vai indo sou eu, mas felizmente a Carolina agora pega no sono rápido e eu vou correndo pra baixo do meu edredom pra ler mais uns capitulozinhos básicos. E assim vamos que vamos.

product review que ninguém pediu (ih, rimou): brazilian butt lift

Um dia recebo um e-mail da Beachbody com a propaganda do seu mais novo produto, um tal de Brazil Butt Lift. Pronto, pensei, é exatamente disso que o mundo civilizado precisa, de mais sacolejantes e bronzeadas bundas brasileiras. Que beleza. Mas como sou um bicho curioso, fui lá olhar. E como além de ser um bicho curioso sou também um bicho que está num platô de peso há alguns meses e incrivelmente irritada com isso, resolvi que arrumar um programa novo pra alternar com o Turbo Jam e o ChaLEAN Extreme poderia me ajudar. E como sou um bicho até agora muito satisfeito com os produtos da Beachbody, confiei e comprei o programa; comprar qualquer coisa com Brazilian Butt no nome foi a coisa mais próxima ao pacto com o demo que eu já disse que faria sem pestanejar pra conseguir emagrecer. E como além de todas essas coisas eu sou também um bicho escrevinhador, posto aqui o meu review, a quem interessar possa. Ou não.

Comprei os DVDs em dezembro, mas a minha amiga Meredith só me mandou agora no final de janeiro (a Beachbody não entrega fora dos EUA e do Canadá, então tenho que usar a Meredith como intermediária). A Meredith, pra quem não sabe ou não lembra, é a minha amiga ex-obesa que perdeu 60 quilos e um diabete fazendo Turbo Jam e hoje ensina Turbo Kick. Como eu, ela também está num platô antipático. E foi ela quem me apresentou ao Turbo Jam e à Beachbody. Pois então; o programa chegou no final de janeiro e consiste no seguinte: 3 DVDs (total de 8 workouts), um livro de receitas que logicamente não acrescenta nada de novo ao que a gente já está careca de saber sobre perder peso (ou seja, só peito de frango com salada salva), um 6-day supermodel slimdown plan (pra você ficar empolgada com os resultados e sair malhando loucamente e insistindo com a reeducação alimentar), umas fichas explicando os movimentos principais do programa (pra quem é mais lerda e não consegue acompanhar pelo vídeo), uma fita métrica pra você tirar as suas medidas, um lápis pra você ver se a sua bunda está empinadinha comme il faut ou se precisa de um lifting (juro), uma faixa de borracha MALDITA MARAVILHOSA pra usar como resistência e acho que só.

Eu já tinha visto uns previews do programa no YouTube e quase me arrependi de ter comprado. Porque o negócio é o seguinte: o programa é corny. Não me vem outra palavra na cabeça agora; a descrição perfeita é CORNY. Não me levem a mal, estou adorando a coisa, mas deixa eu destrinchar a cafonice pra vocês entenderem do que eu estou falando.

Vamos começar pelo instrutor, o Leandro Carvalho (que os americanos pronunciam Carvallo). O Carvalho tem olhos claros mas orelhas de abano, barba por fazer, um corpo bem legal e uma cara de pobre que benzadeus. Mas é simpático, obviamente bem intencionado, obviamente sabe perfeitamente o que está fazendo e obviamente ganha dinheiro com isso há um certo tempo (parece que ele treina as modelos da Victoria’s Secrets). Só que o inglês do Carvallo é digno do Joel Santana. O horror, o horror. Seu slogan é “Don’t settle for less”, que ele pronuncia mais ou menos como “doncérou folés”, em carioquês. Ele come verbos (“Dis mai signatchur workout”). Ele mistura português com o inglês (“E up, e down”, “Higher, né”). Ele muda a ordem dos elementos na frase (“Let’s do uan mór táim dis workout”). Ele às vezes fica mudo no meio da frase sem saber o que dizer. Ele come artigos (“All way up, all way down”, “More you work hard, more you will see results”). Enfim, ele é terrível, vergonha alheia total language-wise, uma coisa horrorosa, de causar coceira no zovidos. E isso porque ele mora nos EUA há não sei quantos anos. Mas enfim, é simpático, competente etc, então a gente releva, apesar da coisa ser muito distracting. E pela entrevista detalhada que ele deu à newsletter da Beachbody, parece ser um cara simpático e legal, alguém com quem eu definitivamente gostaria de malhar. Ele também é bem empolgado. Rebola legal, sorri muito (mas não aquele sorriso congelado americano). Mas, apesar da empolgação, e ao contrário da Chalene, ele não perde a conta, nunca faz um lado diferente do outro e não sai do ritmo. Ponto pra ele.

O cenário. A sala onde eles fazem os workouts é pobrinha que dói, com umas plantas visíveis através de uma janela no fundo e mais nada. A música é uma espécie de world music não identificada, uma coisa meio lounge com um leve toque de tropicalismo pra dar um tcham. As cenas na sala de ginástica se alternam com as mesmas pessoas fazendo a mesma série numa praia, obviamente não brasileira, mas onde vemos palmeiras, bandeiras do Brasil e um quiosque pra lá de Malibuesco no background – vergonha alheia de novo. As meninas – as que não usam coisas da Nike, facilmente identificadas pelo logotipo bem à mostra – usam uns tops absolutamente horrorosos tipo cortininha gigante com um debrum de bolinhas ou quadradinhos, não entendi direito.

O programa em sirrrrrr, como dizia um amigo do meu pai, consiste nos seguintes workouts: Basics, Bum Bum, Bum Bum Rapido, Bum Bum Live, High and Tight, Sculpt, Cardio Axe (ele explica no início que a palavra é axé mas no CD não tem acento; logicamente todo mundo ignorou o coitado do Carvallo e continua a dizer cardio axe – vi no You Tube, como se isso fizesse algum sentido. ODEIO gente que tem a oportunidade de aprender a pronunciar alguma coisa e passa batido) e Tummy Tuck. O Basics só explica os movimentos; eu fiz alguns anos de balé e sou bem coordenadinha em termos de dança, embora seja totalmente desprovida de molejo, então sempre pulo essa parte e vou aprendendo conforme vou malhando. O Bum Bum é cheio de agachamentos, jairzinhos pulados e outras coisas horríveis que, infelizmente, funcionam. O Bum Bum Rapido ainda não fiz, mas vai ser bom pra dias com pouco tempo pra malhar. O Bum Bum Live vi só de relance, vai ser bom pra alternar com outras coisas pra mudar um pouco a parada. O High and Tight, senhores, é um horror – absolutamente maravilhoso. Começa usando as malditas faixas elásticas em torno dos pés, com você em pé, dando passinhos pros lados, levantando a perna pra trás, destruindo maravilhosamente os músculos laterais externos das coxas. Depois vem a faixa com você deitada com as pernas juntas, afastando os joelhos, destruindo lindamente os músculos laterais internos das coxas e os glúteos. Termina com as caneleiras, coisa sem a qual brasileira nenhuma vive e que estranhamente é desconhecida no resto do mundo. Eu não tenho (só a versão Deluxe do programa vem com as caneleiras, e como eu disse por aqui não existem pra comprar), mas como eu tenho perna fina uso as weighted gloves nos tornozelos e funciona que é uma maravilha. E a parte das caneleiras é, previsivelmente, toda de quatro apoios, com alguns movimentos novos. Um workout assassino, do tipo que deixa você sem conseguir abaixar pra fazer xixi no dia seguinte, um amor. O Sculpt aparentemente é um interval training, com exercícios mais aeróbicos se alternando com muitas repetições de pesos leves; não fiz ainda mas já vi e parece ser bem hardcore. O Tummy Tuck é uma coleção de abdominais assassinos que me deixou toda dolorida no dia seguinte; além de exercícios velhos conhecidos e alguns odiados (todos os de plank position, que sou incapaz de fazer de maneira eficaz), rolam umas coisas novas também. E o Cardio Axé tem uns movimentos com nomes embaraçantes (international samba, samba tornado, sweep the sand, ride the wave, play the drums) e de novo a música blé com um toque tropical.

Eu não sei dançar. Nada. Não conseguiria sair do ritmo nem se quisesse (outro TOC meu), mas não tenho ginga, naturalidade, molejo, nada disso. Eu odeio 90% do que existe em termos de música brasileira, com um espaço especial de horror reservado ao axé. Mas sou da teoria que qualquer coisa dançada em grupo fica automaticamente divertida, de modo que dei uma chance ao Cardio Axé. E quer saber? Dei muita, muita risada, do inglês do Carvallo, dos nomes dos movimentos mas sobretudo de mim mesma, ultimamente incapaz de decorar qualquer coisa, inclusive coreografia. E o melhor: queimo em média 250 calorias na meia hora que dura o workout. Quase a mesma coisa que com o Turbo Jam. Suspeito que depois que eu finalmente decorar a coreografia e sair da paranóia de estar fazendo tudo errado vou conseguir me concentrar em fazer os movimentos com mais intensidade, e esses 250 vão aumentar. Vou fazer com as weighted gloves também pra ver se faz alguma diferença. De qualquer maneira, gostei tanto do programa que me arrependi de não ter comprado a versão Deluxe.

Refiz todo o meu workout plan pros próximos meses, incluindo um Brazil Butt Lift quase todos os dias. Vou fazer o 6-day meal plan depois que o meu irmão for embora (com ele aqui a gente sai muito pra jantar e fica difícil resistir às tentações dos meus restaurantes preferidos). Minha assinatura do site do bodybugg venceu, e como a pindaíba persiste resolvi não renovar e usar o myfitnesspal.com no lugar dele. Como não tenho como dar upload das informações do bodybugg, tenho que olhar no display no final do dia e subtrair das calorias queimadas o total de calorias comidas que o myfitnesspal.com calcula de graça, mas não tem problema; o efeito final é o mesmo (e o myfitnesspal.com tem um banco de dados melhor do que o do bodybugg, já que o que os usuários inserem fica visível pra todos os outros). Calories in, calories out, baby. E que o platô vá pro diabo que o carregue.

P.S.: Se você estiver a fim de comprar qualquer coisa da Beachbody, compre por aqui. A Meredith, muito precisada de grana, agradece.

a volta da morta-viva

Então.

Mamãe foi embora no sábado, depois de quase dois meses me ajudando aqui em casa com a Carol. Nesse período a Carolina passou de zumbi que nunca dorme a dorminhoca-mor, e também está comendo melhor. Está dando os primeiros passinhos sem apoio mas ainda está um pouco medrosa e às vezes se joga no chão de joelhos no meio de uma caminhada, porque afinal de contas gatinhar é bem mais fácil e rápido.

O aniversário de um ano foi superlight. Resolvemos não dar festa por vários motivos. Primeiro, porque é uma mão de obra danada, por mais que você terceirize as coisas. Segundo porque você acaba forçando uma compração de presentes que dá mais trabalho do que alegra, porque eu praticamente não gosto de NADA que ela ganha (tudo rosa, lógico, e tudo roupa, nada de brinquedos ou livros. Gente sem imaginação é foda) e tenho que sair trocando tudo depois. Terceiro porque ela ainda não anda, o que significa que não só não iria aproveitar nada como ainda provavelmente ficaria engatinhando no chão cheio de resto de comida que as crianças jogam no chão. Quarto porque ela não entende nada ainda, não tem noção do que é uma festa. Dois anos já é outra história, a criança já fala, já brinca com outras crianças (antes de uns 18 meses dificilmente rola interação entre elas), já entende melhor o que está acontecendo e se diverte, eu já vi. E quinto porque nessa merda de frio eu teria que arrumar um lugar pra enfiar a criançada, e festa em lugar fechado é um porre. A merda é que no Rio não dá por causa do calor hediondo, de modo que ano que vem vamos penar pra decidir como vamos fazer. E sexto porque temos pena dos outros pais, já que festa de criança é realmente um PORREEEEEEEEEEEEE. Pra quem não tem filho, então, é uma filial do inferno.

Mudando de pato pra ganso, andei dando umas escorregadas gastronômicas ultimamente (meu bodybugg praticamente parou de falar comigo), mas como minha massa muscular aumentou consideravelmente, e consequentemente meu metabolismo também, o efeito disso no meu peso, apesar de não estar conseguindo malhar regularmente, foi ZERO. Não engordei nada, não aumentei nada de peso nem de medidas, nada. Coisa linda, né não? A Chalene é uma mala, mas Muscle Burns Fat, ela tem razão. Como a Carolina anda dormindo bem melhor e estou com as manhãs bem light, aproveitei pra fazer um novo esquema de malhação pros próximos meses. Vou seguir a fase Lean for Life do ChaLEAN Extreme, apesar de que na verdade eu deveria refazer o programa desde o início pois ainda não estou no meu peso desejado. Mas não vou ter saco, então criei uma versão alternativa do Lean for Life, com as séries de cardio que eu gosto alternando com os polichinelos do ChaLEAN Extreme. De qualquer maneira, apesar dos escorregõs, de modo geral a minha relação com a comida mudou consideravelmente. Não sonho com comida há muito tempo, novidade total. Outra novidade é que atualmente me sinto melhor quando estou com uma fome leve e não depois de me empanturrar. Naturalmente passo mal quando escorrego, seja no tamanho da porção de peito de frango ou quando como uma fatia de pizza depois de tanto tempo comendo “clean”. Além de passar mal, me sinto lerda e sem forças no dia seguinte, mal conseguindo terminar as séries. Não bom.

Quando o tempo melhorar – essa noite nevou e tá um frio do cacete – vou comprar a cadeirinha pra levar a Carolina de bicicleta por aí. Ótimo exercício adicional, ela se distrai e aprende coisas novas, é de grátis e não polui, uma magavilha. O objetivo é estar sarada (ou relatively so) no meu aniversário. Porque o objetivo de 2009, que era passar o aniversário da Carolina com a roupa que eu quisesse e não a que coubesse, eu alcancei; caibo em todas as minhas roupas, inclusive as que comprei pouco antes de engravidar, quando estava no peso que estou agora mas que não é o peso que eu quero. Então passemos à fase dois do plano, que não é mais caber nas roupas do meu armário, mas ter que comprar outras menores. Hah! Vocês vão ver; aguardem e confiem.

TOC

Eu sou uma pessoa cheia de TOCs. Cheinha. A maioria só incomoda a mim mesma, de modo que não faço muito esforço pra me livrar deles. Exemplos de TOC domésticos:

. Fazer a cama. Não sei começar o dia se a cama estiver desfeita. A primeira coisa que eu faço quando acordo, antes mesmo de fazer xixi, é fazer a cama. Tenho pavor de cama estilo ninho de rato.

. Esvaziar a pia da cozinha. O princípio é o mesmo do TOC acima: não consigo sequer começar a fazer nada na cozinha se a pia estiver cheia de louça suja, restos de comida etc. Também não consigo ir dormir sabendo que a cozinha está uma zona; quando vem gente comer aqui em casa eu só consigo ir pra cama depois de botar toda a louça na máquina e deixar a pia vazia, as cadeiras no lugar, as sobras devidamente tupperwarizadas na geladeira etc.

Exemplo de TOC trabalhais:

. Tenho que ter organizado completamente o trabalho antes de começar, não importa o nível de urgência. Primeiro escrevo no Moleskine o número do trabalho e o nome do cliente, depois escrevo as mesmas coisas na folha de Excel que no final do mês faz as contas sozinho de quanto trabalhei pra cada cliente, depois abro uma pasta nova dentro do diretório do cliente com o número do trabalho, o nome do cliente final e a combinação de línguas, depois salvo os arquivos dentro da pasta nova e mudo o nome, adicionando o número do trabalho, e só depois começo.

Exemplo de TOC de higiene pessoal:

. Não consigo dormir sem o meu ritual de beleza – lavar o rosto, passar demaquilante, passar meus creminhos, lavar as mãos, passar creminho nos pés, passar creminho nas mãos.

Tenho vários outros, lógico. Obviamente em certos momentos atrapalham bastante a minha vida, lógico. Mas cada louco com a sua mania, não é mesmo.

Copélia

Ontem fui ver um balé naquele teatro horroroso de Santa Maria, o mesmo onde vi o Rigoletto. Fui com Chiara, a irmã dela Valeria, uma prima delas, Azzurra, e o Yari, que ficou órfão depois do divórcio com a Annalisa e foi adotado por Gianni e Chiara, e ultimamente anda querendo experimentar de tudo – inclusive balé, que tanto o Gianni quanto o Mirco obviamente recusaram veementemente.

Eu ADORO balé clássico. Adoro, desde pequena, quando vivia no Municipal (um tio-avô trabalhava no teatro e arrumava entradas). O cheiro do teatro, o gosto do sanduíche de queijo e presunto do Assirius (que vinha em uma caixinha de papelão branca), a dissonância reinante enquanto a orquestra afinava os instrumentos, o zumzumzum das pessoas cochichando enquanto se sentavam em seus lugares, tudo isso está muito vivamente marcado na minha memória. Por isso nem pensei duas vezes quando a Chiara ligou perguntando se eu topava ir. Gostei muito, lógico, apesar de Copélia não ser mais meu balé preferido. Deu uma nostalgia danada, mas gostei. Maaaas…

O teatro. O teatro é aquele horror que eu já descrevi no lance do Rigoleto. A acústica é uma merda (não é frescura minha; fiquei sabendo de um cômico famoso que disse que ali não põe mais os pés enquanto não resolverem o problema). Não tinha orquestra, e espetáculos desse tipo com música de CD ficam meio o fim da picada, mas enfim. O palco é micro, o que acaba fazendo com que os bailarinos meio que restrinjam os movimentos, especialmente nas diagonais.

O corpo de baile. A companhia era russa, chamada “La Classique”, de Moscou. A única bailarina realmente, realmente talentosa era a Swanilda; de resto, vi muitos erros de timing imperdoáveis, um erro de figurino (uma das bailarinas de um pas de huit estava com um filó no braço de cor diferente das outras), e, horror dos horrores, um bailarino com quadris mais largos do que os ombros e rabo de cavalo (da série “no meu corpo de baile não entrava”).

O público. Jeca é uma merda, né; neguinho aplaude toda hora, a gente perde pedaços de música e tal, mas nada grave. O mais engraçado foi que em um certo momento, pouco antes do final do segundo intervalo, o senhor que estava atrás de mim disse assim: “senhora, por que a senhora não pinta o cabelo como aquela senhora ali?”. Todos nós olhamos pra onde ele estava apontando e imediatamente entendemos do que ele estava falando: uma criatura com os cabelos todos feitos tipo algodão-doce, bem no estilo cinquentona italiana, e vermelhos quase fluorescentes. Caímos na risada enquanto o cara continuava: que cor é essa, meudeus, me incomoda muito, a vocês não? Hohohoho : )

A Carol, que tinha passado a tarde inteira na Arianna (emendamos o almoço – era feriado – com o jantar), foi pra casa com o Mirco e estava acordadíssima quando cheguei, lá pra meia-noite. Mandou ver na mamadeira mas ainda demorou uma hora pra dormir. Putz.

o bicho tá peganuuuuu

Rapaz, a coisa aqui na Bota anda emocionante que é uma beleza.

Vocês sabem que o Berlusca anda tentando de todos os modos passar uma lei que livre o seu próprio rabo, já que está envolvido, como sempre, em trocentos processos judiciários. O Lodo Alfano, que dava imunidade aos quatro mais poderosos do governo, estranhamente não foi aprovado. Agora ele anda doidinho pra aprovar uma outra lei que oficialmente serve pra desatolar o sistema judiciário italiano, que em termos de processos atrasados é pior do que o de Uganda (segundo pesquisas publicadas nos jornais). Não oficialmente, como todo mundo sabe, serve pra reduzir o tempo necessário pra que um processo prescreva. E vejam só que coisa curiosa, se for aprovada os processos nos quais ele é acusado, direta ou indiretamente, vão entrar em prescrição, por pouco. Engraçado, né.

Aí isso dá origem a várias coisas. Uma vai ser o No-B Day (no Berlusconi Day), protesto em Roma que não sei quando vai ser. Outra foi o escândalo que rolou ontem, que na verdade escândalo não seria se esse fosse um país normal. O presidente da Câmara, Fini, ex-fascistoso mas que ultimamente me parece ser a única pessoa lúcida desse país, foi pego comentando com um colega que Berlusconi está confundindo aprovação popular com imunidade total. Em um país normal, esse comentário teria a mesma importância que se ele tivesse dito que o céu é azul, já que em ambos os casos trata-se de uma coisa tão óbvia e indiscutível que não tem nem graça. Mas como a Bota é a Bota, aaaaah, crianças, fez-se um escarcéu, um escândalo, os jornais só falam disso e Berlusca, muito puto da vida, petulantemente disse que Fini “tem que se explicar, senão está fora”.

Esse aspecto do “ou comigo ou contra mim” é a coisa mais idiota, estúpida, maniqueísta, prejudicial da política italiana. Nesse ponto a Itália e o Brasil são praticamente gêmeos, já que em terras tupiniquins a coisa funciona do mesmo jeito, até onde eu sei. Há meses – há VARIOS meses – não se faz mais nada nesse país que não seja legislar contra ou a favor do Berlusconi. Não se faz absolutamente NADA pelo país, pra conter a crise, pra ajudar quem tá na merda, pra modernizar essa carroça medieval que é esse país, nada. Nada, nada, nada; o governo trabalha pra livrar a bunda do Berlusconi e a oposição trabalha pra tentar pulverizar esse filho da puta. Todo o resto ficou esquecido.

Depois ainda reclamam quando a imprensa de outros países sacaneia.