rio 2016

A data da escolha tá chegando, e é LÓGICO que estou torcendo pelo Rio. Gosto de Madri mas, sinceramente, não a vejo como uma cidade esportiva. Chicago acho que deve ser sem graça (o logo é a coisa mais corporativa que eu já vi). Tóquio é longe demais, por favor. Rio, Rio please. Pra não falar que seria assim, “não, Francesca, esse mês não estou aceitando trabalhos porque estou no Rio, sabe. Aliás, dá licença que agora eu vou descer a rua pra ver a final de canoagem aqui na Lagoa, tá? Se eu vou a pé? Sim, sim, claro. Amanhã tem final de [inserir esporte qualquer aqui] no Maracanã e hoje vou dormir na casa da minha avó que fica pertinho, sabe, e vou lá ver o jogo/a competição/whatever. E depois de amanhã tem competição de [idem] lá no complexo da Barra e vou dormir na casa do meu pai pra chegar lá cedo. Foi mal aê pra vocês na Itália.” Abalou Bangu total.

Seria uma roubalheira daquelas estratosféricas? É ca-laro, até aí nenhuma novidade. Mas eu acho que o saldo seria positivo de qualquer maneira, embora com certeza aquém do possível, como sempre. Acredito que rolaria uma levantada de moral, uma sacudida forte, algo que acordaria o povo e faria com que as pessoas exigissem mais de quem os governa. Pode ser sonhação acordada minha, wishful thinking total, mas sei lá. Acho que uma cidade tão absurdamente phoda merece.

(Na minha opinião, a primeira providência a ser tomada, a primeiríssima da lista, seria eliminar aquela abominação que anuncia os voos no Galeão. Aquela com voz de propaganda de motel. Aquela tão preocupada em parecer sexy que ninguém entende o que ela diz. Sim, aquela mesma. Morte pra ela.)

Não preciso nem dizer que se o Rio ganhar eu vou chorar moooooito.

o atentado em Cabul

Semana passada morreram acho que 6 paraquedistas italianos em um atentado em Cabul. Superchato, também acho, mas os caras morreram 1) a trabalho e 2) não exatamente de maneira inesperada, já que ir ao Afeganistão nesses tempos não é exatamente como dar uma volta a pé num vilarejo na Provence. Por isso acho absolutamente, ridiculamente desnecessário o drama que se criou ao redor dessa história.

Funerais de estado, com direito a tiro de canhão e coisa e tal. Foram todos promovidos post-mortem, teve minuto de silêncio no Senado, a agência nacional de notícias fez um minuto de silêncio, ou seja, sem mandar notícias, o funeral teve cobertura ao vivo de não sei quantos canais de televisão. Le Frecce Tricolori (a Esquadrilha da Fumaça italiana) voando nos céus de Roma. Os caras foram promovidos a heróis nacionais. Só que, até onde eu sei, estar ajudando a levar a democracia (cof cof) lá pros cafundós do Judas, e não defendendo a pátria de perigos externos, não tem nada de heróico (acho que esse heróico perdeu o acento mas estou com preguiça de procurar). Até porque eles são muuuuuuuuuito bem pagos por isso; não deixa de ser uma espécie de mercenarismo moderno. Essa mania de transformar em mártir tudo que é soldado que morre em guerras idiotas anda me irritando deveras. Soldados em guerra morrem, cacete! Pra mim é muito mais merecedor de funerais de estado o peão que morre caindo do andaime enquanto estava construindo ponte porque o empregador não deu equipamento de segurança.

Ora, façam-me o favor.

alimentação e bodybugg

Em três semanas de bodybugg perdi 3 quilos. Ótimo, exatamente dentro do meu objetivo, até porque mais de um quilo por semana não é saudável.

Como eu já disse antes, acaba-se aprendendo muito sobre alimentação. Eu, por exemplo, aprendi que termino o dia SEMPRE com déficit de carboidratos e excesso de proteína. Isso porque, como também já comentei, meu lanche é sempre uma barrinha de cereais ou um iogurte, já que fujo de fruta feito o diabo da cruz. Mas isso não tá dando certo; às vezes me sinto sem energia e também não quero desmanchar o meu café da manhã (leite, pão com presunto e queijo; proteína pura) que eu adoro pra poder entrar na percentagem certa de proteínas.

A solução inicial foi roubar a papinha de maçã com banana da Carolina (não a papinha tradicional que tem amido de milho pra transformar a coisa num creminho, mas uma variedade que só tem a fruta mesmo, além do ácido ascórbico pro negócio não escurecer). Agora descobri que a Valfrutta lançou uma linha do que eles chamam de “mousse”, e que logicamente mousse não é, de 100% de fruta. Fora a combinação maçã-damasco, que acho meio bizarra (além de não gostar de damasco, lógico), o resto eu encaro numa boa. Vou experimentar, mas tenho a impressão que vai salvar a minha vida.

Olha, eu sou chata pra comer, admito. Mas melhorei muito desde que me mudei pra Itália e como trocentas coisas hoje que eu jamais sequer cogitaria há alguns anos. Mas não tem jeito, fruta não rola. Simplesmente não rola. A única fruta que eu como feliz da vida é banana, no Rio vão-se umas três por dia, mas a banana d’água amadurecida no porão do navio que vendem aqui não merece nem ser chamada de banana; só o cheiro me dá enjoo. Até as frutas das quais eu gosto, tipo morango, cereja, uva sem caroço, ficam mofando na geladeira porque o meu gostar delas é uma coisa assim muito distante, sabe, se deixassem de existir eu com certeza não ficaria de luto. Maçã, pera, tangerina, eu só como uma vez na vida outra na morte, e tenho que fazer um esforço eLorme pra terminar. E não é só preguiça – porque, convenhamos, não existe coisa menos prática do que algo que você tem que lavar, descascar E descaroçar pra comer, e que ainda por cima suja as suas mãos. Não gosto mesmo, ponto. Infelizmente não gosto. I’ll have a power bar any day. Então vou ter que enganar o meu céLebro com essas moussezinhas de frutas, pra ele pensar que eu estou comendo uma coisa industrializada superprática e deliciosa e que não deixa as minhas mãos meladas. Saco.

ah tá

Venho traduzindo, há vários meses e em doses homeopáticas, emails e memorandos sobre… Bom, não sei bem sobre o quê, visto que a linguagem é a mais enrolada possível. Fala-se muito de recursos humanos de Universidade, Instituição (tudo assim, com maiúscula), de competências; há várias coisas desnecessariamente sublinhadas, o que me dá um certo nervoso, e muitos, muitos lugares-comuns. O problema é que eu não tenho a menorrrrrrrrrrrrr ideia do que se trate. Veja bem, conseguir escrever textos longos e sem sentido por meses a fio é uma tarefa hercúlea da qual nem todo mundo é capaz! Mas sem sentido MESMO; perguntem ao meu irmão. Parágrafos e mais parágrafos do mais puro, mais inspirado nada.

Hoje descobri que trata-se de um curso de gestão de RH para universidades de uma certa ordem católica.

Tudo fez sentido.

ainda carolinices

Carol não pode ficar pelada (leia-se só de fralda) porque ela ABRE a merda da fralda. Então tenho que botar um biquini por cima, o que a Lulu deu ou o que a Chiara deu, e aí ela fica olhando pras bolinhas do biquini e esquece das abas da fralda.

Já estamos conseguindo ajoelhar segurando nas barras do berço! (Ela desistiu de ficar em pé no berço depois que bateu com a cara nas barras). Fico com ela sentada no tapetão da IKEA com bichos bordados, joaninhas que apitam etc, e ela começa a me escalar, empurrando com os pés até ficar em pé. Outro dia empurrou com tanta força que acabou voando por cima da minha perna e bateu com a cabeça no chão – não deu tempo de segurar. Chorou, mas foi por causa do susto porque desde então já deu outras cabeçadas e não reclamou mais. A irritação por ainda não conseguir ficar em pé sozinha, sem apoio, é intensa.

Obsessão total e desenfreada pelas seguintes coisas: minhas Havaianas roxas, o revestimento de borracha do controle remoto da sala e uma embalagem de Ovomaltine vazia.

Estamos gostando de Shaun the Sheep, que passa todos os dias depois de Two and a Half Men.

Quando ela não quer mais comer, das duas uma: ou finge que está com sono ou fica olhando pra baixo fingindo que não é com ela. Que ódio.

sonho

Não sou de contar sonhos, mas esse foi divertido demais.

Rio de Janeiro, mais precisamente Copacabana. Só que no sonho a Nossa Senhora de Copacabana era suspensa sobre o mar, azul azul, uma coisa linda.

Lulu, que na vida real não dirige, no sonho dirigia um Mini Cooper conversível de uma cor horrorosa, aquele azul-geladeira-de-pobre, sacam, que na frente tinha uma pá tipo de trator-escavadeira. E eu e ela saíamos pela cidade da seguinte maneira: ela dirigindo o carro e eu sentada na cadeirinha vermelha da Carol (a que a gente bota no banco de trás do carro), na tal pá.

Corta.

Eu, ainda sentada na cadeirinha vermelha, segurando na lateral de um circular qualquer da São Silvestre, o cara a mil pela Nossa Senhora passando por cima do mar e eu na cadeirinha arrastando no chão. Lembro que quando cheguei em casa ainda comentei “puxa, mas isso desgasta demais a cadeirinha, que saco!”.

Corta.

Eu e Lulu, de novo no Mini Cooper, tentamos virar na Sacopã mas tinha um carro dos Carabinieri parado na entrada da rua. Abrimos o vidro e o carabiniere-mor, um grisalho bonitão mas logicamente irreal porque estava sem quepe, nos diz, em italiano:

– Signore, mi dispiace ma non potete salire perché stanno intervenendo.

(“Senhoras, infelizmente as senhoras não podem subir porque a polícia está fazendo uma intervenção”. Detalhe pro gerúndio que em italiano quase não se usa; deve ter sido uma interferência do português)

Corta.

Eu e Lulu no Cooper, no Rebouças, sem trânsito (ô sonho!). Paramos pra descansar, não sei do quê, e vem vindo um hippie de cabelão comprido e um terno verde surrado com uma garrafa de batida de coco na mão. Pergunta pra gente se não temos mais vodka pra dar um upgrade na batida dele que não tava lá essas coisas. A Lulu diz “lógico, querido” e passa uma garrafa de vodka pra ele.

Acordei.

mais carolinices e outras coisas

. Assim como mamãe e papei, Carol não tem jetlag.

. Então você é uma anta, puxa uma cutícula saliente com os dentes e acaba com um buraco gigante na face lateral do indicador direito que vai ficar ardendo uma semana. Bem feito. O único ponto positivo é que posso usar os band-aids coloridos da IKEA. Êeeeeeee!

. Remédio pra circulação das pernas (a.k.a. varizes), Clinique Repairwear… #velhicechegando

. Não só a tal universidade romana que eu mencionei, mas a de Pádua também está bolada com o nível de conhecimentos gerais dos alunos e também introduziu cursos de férias pra atualizar os conhecimentos da galera.

. Nós saímos MUITO à noite, porque vida social aqui = jantar fora. A Carol se comporta superbem, fica quietinha no carrinho ou na cadeirinha, normalmente entra no clima e come também (normalmente uma re-janta), quando começa a esfregar os olhinhos nós picamos a mula. Quase sempre ela dorme no carro, e aí tivemos que desenvolver um método de chegada em casa: como a garagem tem aquele sensor de luz que acende automaticamente quando a gente passa, e o elevador faz um blim-blom quando chega e ainda por cima tem aqueles spots de luz bem nos zoio da gente, passamos a parar o carro na garagem, subir a rampa no escuro e entrar pela porta da frente do prédio, sem acender as luzes. Subimos um lance de escada no escuro, chegamos em casa no escuro e botamos a madame no berço no escuro. Assim ela não acorda e não fica pilhada demais pra dormir de novo, coisa que já aconteceu algumas vezes. Vejam bem, ela não reclama, mas fica rolando na cama resmungando ou então conversando como se fossem dez horas da manhã, e demora pra burro pra pegar no sono de novo. Com o nosso novo método ela faz a transição carro-berço very smoothly. Vivendo e aprendendo.

. Nem sinal de dentes no horizonte. Quanto mais tarde, melhor, mas estou louca de curiosidade pra ver como vai ficar a cara dela com aqueles microdentes ridículos : )

carolinices

. Ontem fiz papinha de legumes com truta. Porque aqui tem papinha de truta, salmão, linguado, avestruz, coelho, cavalo, essas coisas.

. Altas tentativas infrutíferas de engatinhar pra frente. De marcha a ré até que vai, mas pra frente tá difícil.

. Entramos naquela deliciooooosa fase de jogar coisas no chão. Vinte vezes seguidas.

. É a mesma fase da criança que rola ensandecidamente assim que você tira a fralda suja. Tipo, vontade de atirar dardos tranquilizantes na fera pra poder trocar a fralda, saca.

. Ainda não aprendemos a sentar, mas estamos quase lá.

. Quando não havia controles remotos nem celulares, no que é que as crianças ficavam vidradas, hein?

potocas botenses

– Essa semana finalmente saiu o Superenalotto acumulado: quase 150 milhões de euros foram pras mãos de um fulano que mora em uma cidadezinha de 5.000 habitantes na Toscana. Apesar do buraco em que ele (ou ela) mora, ninguém sabe quem é o vencedor, mas isso não impediu os zilhões de boatos sobre possíveis milionários, incluindo o dono da casa lotérica – e não preciso nem dizer que esses pobres coitados estão submersos em cartas, telegramas, emails, SMSs e recadinhos mil pedindo dinheiro emprestado. Neguinho é foda, vou te contar.

– Pra minha mãe, que acha que eu exagero quando digo que a escola italiana é uma bela merda: a qualidade das redações das provas de admissão pras faculdades aqui é tão, mas tão ruim que uma das maiores universidades de Roma resolveu fazer aulas de alfabetização nas férias – o nome é esse mesmo, “lezioni di alfabetizzazione”, um intensivão de gramática e ortografia. E antes que alguém pergunte: não, o curso NÃO é pra estrangeiros.

– Vários problemas diplomáticos rolando com Malta por causa dos barcos cheios de imigrantes africanos que chegam à ilha de Lampedusa, uma merrequinha que pertence à Sicília mas fica mais perto da África que da Itália. O lance é que a guarda costeira maltesa normalmente é a primeira a avistar os barcos, e o que faz? Dá de presente uns salva-vidas, aponta com o dedo pra um ponto longínquo no horizonte e diz “a Itália fica ali, ó”. Os barcos, cheios de africanos sub-saarianos mortos de fome e de insolação, chegam à microscópica Lampedusa ostentando os salva-vidas malteses, logicamente deixando as autoridades italianas muito putas da vida. Essa semana a Itália vai se queixar formalmente com Bruxelas, pedindo ajuda oficial à União Europeia. Quero só ver no que vai dar.

– Começou o Ramadam, o mês em que os muçulmanos tem que jejuar até as oito da noite. Pra deixar a coisa ainda mais ridícula, se é que isso é possível, os coitados não podem nem beber água, que, como até o Leguinho sabe, não é alimento. Mas enfim. O resultado é que andam todos por aí exaustos, fracos, desidratados porque o calor realmente tá foda, e com hálito cetônico (o famoso bafo de fome). Vamos lá todos juntos repetir o mantra: religião é uma merdaaaahmmmmmmmmmmmmm religião é uma merdaaahmmmmmmmmmmm…

– O atleta italiano que ganhou medalha na maratona no ano passado em Pequim não terminou a prova no Mundial de Atletismo de Berlim esse ano. Teve caganeira. Coitado, deve ser horrível, mas que é engraçado, é.

de bodybugg e perda de peso

Então.

Os dois únicos poréns do bodybugg, por ordem de importância:

1) O software não é compatível com Firefox. Ainda bem que nas instruções essa frase tem “ainda” no final, porque usar IE é realmente uma tortura e assim que a versão compatível com o navegador da Mozilla sair, vou soltar fogos de felicidade.

2) É ALTAMENTE viciante. Pra quem tem tendências compulsivas como eu, o negocinho tem altas probabilidades de dominar a vida totalmente. Passo o dia inteiro contando calorias, decorando as tabelas de nutritional facts das comidas, conectando o trequinho ao computador toda hora pra atualizar as calorias gastas, olhando repetidamente pro digital display pra saber quantas calorias gastei até agora (embora o número mostrado ali não tenha, pra mim, nenhuma importância, dada a minha total incapacidade de memorizar números fora de um contexto visual – tipo, eu lembro que o ônibus que vai da IKEA ao centro de Roma é o 32 porque tenho na cabeça a foto mental do ônibus vindo pela rua, com o número bem visível na frente. Não consigo, de maneira alguma, ler um número numa frase e lembrar-me dele dez segundos depois). Imagino que com o tempo tudo fique tão automático que a dependência perca intensidade, mas por enquanto eu praticamente só penso no bodybugg e mais nada.

Não importa, lógico; nenhum preço a pagar pra emagrecer direito e de maneira definitiva é alto demais. Nenhum. Venderia a minha alma ao demo, se o demo existisse e a quisesse, lógico.

Estou aproveitando as papinhas da Carol pra preparar o meu próprio menu. Hoje vou fazer grão-de-bico, arroz integral, filezinho de vitela (a famigerada “fettina”, que eu ABOMINO mas hoje vou ter que engolir), couve-flor e vagem. Em papinha pra ela, em PF pra mim. Estou achando ótimo.

A coisa mais legal desse sistema é que você acaba aprendendo muito, mas muito mesmo, sobre alimentação. Segundo o meu programa, que é determinado pelos meus objetivos (perder peso e melhorar a performance “atlética”, ou seja, conseguir fazer os workouts com luvas de pesinho e sempre em versão alto impacto sem achar que vou enfartar, do jeito que eu estava antes de engravidar), eu tenho que manter uma certa proporção diária entre carboidratos, gorduras e proteínas. Acabo testando vários cardápios até chegar à proporção certa, e nessa ando descobrindo várias coisas sobre as comidas que fazem parte da minha dieta normal. Controlar as porções também fica infinitamente mais fácil, de modo que sobram calorias pros lanchinhos interrefeições pra eu poder não desmaiar de hipoglicemia e ainda por cima me divertir um pouco. Normalmente meus lanchinhos (dois por dia) se alternam entre iogurte desnatado branco ou de frutas e barrinhas várias. Uma que eu gostaria de ter descoberto antes, que na verdade só tem forma de barrinha mas barrinha não é, é a bananada em bastãozinho Frutabella, que comprei no Zona Sul. Na próxima vez que for ao Rio vou trazer uma mala só de bananada, juro; são só 90 kcal por porção, é uma delícia, tem potássio (ótimo pra quem está malhando pesadinho como eu), no sugar added, zero gordura, é prática e substitui com louvor a hedionda banana de exportação disponível aqui, que tem gosto de nem sei o quê – com certeza não de banana.

Outra coisa boa é que você tem sempre uma desculpa pra fugir de comidas das quais não gosta e que as pessoas insistem em te empurrar. Não posso, já acabei as minhas calorias de hoje, êeee. Muito importante em um país onde não gostar de certas comidas é praticamente um crime.

Já do lado da malhação, ainda não tenho coragem de encarar o ChaLEAN Extreme, que requer uma preparação física melhorzinha pra poder ser aproveitado direito. Não estou conseguindo nem fazer as séries de abdominais mais esquisitas do Turbo Jam; ainda tenho muito o que progredir até poder pegar pesado com o CE, porque quero fazê-lo direito. A coisa boa é que, como conheço todos os workouts TJ de memória, não preciso nem pensar na coreografia e assim sobra espaço mental pra concentrar a força nos grupos musculares certos a cada movimento. Parece besteira, mas só com isso estou conseguindo fazer as séries de peso com pesinhos de 3 kg, apesar de estar em péssima forma – quando comecei com o TJ pela primeira vez, tive que pegar os ridículos micropesos de 1 kg e custei até passar pros de 3, principalmente por causa do tríceps e dos músculos dos ombros, que andavam fraquinhos, fraquinhos. Felizmente a Carolina, sendo a Filha Mais Legal do Mundo, anda colaborando: quando percebo que ela está ficando com soninho, troco de roupa, boto o DVD, ligo o ar condicionado, encho a garrafinha de água e fico toda pronta pra que assim que ela capotar eu só precise dar play e começar. Mesmo quando ela acorda no meio da coisa, normalmente fica quietinha no berço se distraindo sozinha, e mesmo quando chora eu só preciso trazer o berço pra sala e ela fica me olhando terminar o workout.

Lógico que a casa está imunda e o trabalho que tenho que entregar semana que vem ainda nem foi tocado. Mas não importa. Como eu disse, se o demo quiser, minha alma está disponível.

O resultado da primeira semana da conjugação bodybugg + Chalene sai na segunda. Aguardem e confiem.