sam harris

Estou lendo, muuuuuito devagarinho, o livro do Sam Harris, The End of Faith. Não sei por que diabos não pus as mãos nesse livro antes, já que o comprei em New Jersey no final de 2007. Talvez porque já vi várias entrevistas com o autor e sempre o achei meio sem sal. Seu texto está muito longe disso: ele é de uma clareza ímpar, seus exemplos são fantásticos e seu raciocínio non fa una piega – é absolutamente perfeito. Mas o melhor de tudo é que, sendo filósofo, ele oferece pontos de vista e linhas de raciocínio originais, bem diferentes dos que estamos acostumados a ouvir contra a religião. Ainda estou no começo, porque com a Carol em casa eu praticamente só consigo ler quando ela dorme e eu, por um motivo ou por outro, não consigo dormir também. Estou na página 38 e o livro já está cheio de page markers coloridos com trechos interessantes. Escolher um pra postar aqui foi difícil, mas nerd é nerd e a menção a Star Wars foi o que me pegou ;)

“We live in an age in which most people believe that mere words – “Jesus”, “Allah”, “Ram” – can mean the difference between eternal torment and bliss everlasting. Considering the stakes here, it is not surprising that many of us occasionally find it necessary to murder other human beings for using the wrong magic words, or the right ones for the wrong reasons. How can any person presume to know that this is the way the universe works? Because it says so in our holy books. How do we know that our holy books are free from error? Because the books themselves say so. Epistemological black holes of this sort are fast draining the light from our world.

There is, of course, much that is wise and consoling and beautiful in our religious books. But words of wisdom and consolation and beauty abound in the pages of Shakespeare, Virgil and Homer as well, and no one ever murdered strangers by the thousands because of the inspiration he found there. The belief that certain books were written by God (who, for reasons difficult to fathom, made Shakespeare a far better writer than himself) leaves us powerless to address the most potent source of human conflict, past and present. How is it that the absurdity of this idea does not bring us, hourly, to our knees? It is safe to say that few of us would have thought so many people could believe such a thing, if they did not actually come to believe it. Imagine a world in which generations of human beings come to believe that certain films were made by God or that specific software was coded by him. Imagine a future in which millions of our descendants murder each other over rival interpretations of Star Wars or Windows 98. Could anything – anything – be more ridiculous? And yet, this would be no more ridiculous than the world we are living in.”

Sam Harris, The End of Faith

berlusca don giovanni

A Dri pediu pra eu comentar o episódio do divórcio do Berlusca, mas sinceramente estou pouco informada sobre o assunto porque cada vez que eu vejo aquela cara bronzeada-cor-de-tijolo dele com aquela cabeça asfaltada de cabelos na TV eu mudo de canal. A Daíza resumiu muito bem a coisa, pra quem quiser entender melhor (e dar umas risadas).

Ontem vimos um pedaço de Ballarò, um programa de debate político que sempre acaba em porrada. Em um certo momento o Franceschini, secretário-geral do maior partido de oposição, fez um comentário irônico, tipo “sim, sim, foi a esquerda quem manipulou as informações, afinal de contas somos nós que possuímos a imprensa nesse país, jornais, revistas, canais de televisão”. E um figurão da direita ainda se sentiu ofendido! Cara, é rir pra não chorar. Mais cedo, o Striscia la Notizia, o meu, o seu, o nosso programa italiana preferido, tinha dito que não iria fazer piadas sobre um assunto tão sério… mas que tinha certeza de que a coisa acabaria bem porque o Besluconi vai acabar criando uma lei que proíbe o divórcio dos mais altos escalões do governo. Hohohoho! Vocês duvidam? Não, né.

Enquanto isso, decidi dar o meu cinque per mille (cinco por mil, ou cinco milésimos, como você preferir) à UAAR. Se você não marcar nada na sua declaração de imposto de renda esses cinque per mille vão pro governo, você sabe, né.

relou!

Falta de saco pra escrever é foda, né. É que ando sem tempo também, lógico. Porque não são só as coisas óbvias de bebê que tomam tempo; a Carol é particularmente time-consuming porque não mama no peito então tem que adicionar todas aquelas coisas chatas de mamadeira, esterilizar, lavar, esquentar, you name it.

Ela já fez três meses e melhorou muito, em tudo. Ela sempre soube a diferença entre noite e dia, tanto que mesmo nas primeiras semanas, com o Maldito Refluxo, de madrugada ela nunca deu escândalo. Agora ela mama à noite, entre dez e meia-noite, dependendo da hora em que voltamos pra casa (de casa de amigos ou de jantar fora), e só acorda de manhã cedo – passou um tempão acordando suiçamente às cinco todos os dias, mas já tem três dias que ela parece estar preferindo o turno das seis e meia. Depois passa a manhã inteira mamando e dormindo, mamando e dormindo, até mais ou menos a hora do almoço. Dificilmente dorme à tarde, mas não importa. Ficamos conversando – porque ela fala PRA CARALHO – ou lendo livros juntas ou treinando tirar e botar a chupeta na boca, essas coisas. Ela é tão interativa e engraçada e simpática que quando acontece dela dormir várias horas seguidas eu sinto falta da companhia dela. Além de ser cabeludérrima (já dá pra botar fivelinha e tudo), ela é muito expressiva e risonha, parecendo ser beeeeem mais velha do que é. Não sou eu quem estou dizendo, tá, antes que venham me encher; em TODOS os lugares onde vamos neguinho pergunta quantos meses ela tem, porque ela é pequena (parecia geneticamente impossível, mas, senhores, ela não tem fome) mas tem essa cara de senhorita, e todo mundo responde “três meses!!! Parece que tem três anos!!!”. Com pouco mais de um mês ela já tinha perdido aquela cara de bebê Estrela inexpressiva que recém-nascido tem.

Ela fica com a pele ao redor dos olhos vermelha quando faz xixi e imediatamente depois fica com soluço. Ela adora tomar banho. Ela empurra a mamadeira pra longe delicadamente com as mãos quando precisa parar de mamar pra dar um arroto básico. E dá um tapão na mamadeira se você for idiota, não entender o gesto e insistir. Ela ADORA ver televisão. Ela ri pra todo mundo. Ela já coça a cabeça. Essa semana aprendeu a puxar o nosso cabelo. Ontem quase rolou no berço; mais alguns dias de prática e consegue. Ela fica com a cabecinha em pé durinha há muuuito tempo. Ela entrou na fase de enfiar as mãos – às vezes ao mesmo tempo – na boca. Ela puxa a chupeta da boca pela fitinha do prendedor de chupeta. Ela tem cabelos impenteáveis, com vontade própria, que crescem pros lados e pra cima. Ela testa o sabor do leite com a língua antes de mamar, que não é boba. Ela ri pra gente quando ficamos de frente pro espelho com ela no colo. Ela não é muito chegada em carrinho; gosta mais disso aqui. Ela não fica nem dois minutos com a fralda molhada, de modo que provavelmente a primeira palavra que ela vai falar vai ser “xixi”. Ela adora o bercinho dela e ultimamente só cai no sono quando é colocada lá. Tudo isso, notem bem, sem ja-mais ter deixado a garota berrar. Nada de método cry-it-out aqui; bebê tem que ser acudido quando chora E PRONTO.

O único defeito grave dela é essa aversão à comida. Não só é completamente peitofóbica, mas nem mesmo com a mamadeira rola uma refeição em paz, ela fica se remexendo, virando a cabeça, dando tapa na mamadeira, rindo e tentando falar e mamar ao mesmo tempo, um verdadeiro porre. Isso pode vir a ser útil no futuro, já que a última coisa que eu desejo pra ela é ser compulsiva com comida, gorda e complexada que nem eu, mas por enquanto está sendo um problemão. Embora não seja exatamente magricela, também não é cheinha, e não está ganhando peso como deveria. Vamos ter que desmamá-la mais cedo, porque de repente rola algum problema com o raio do leite que vai desaparecer com a entrada dos sólidos.

Digamos que atualmente a única coisa que eu pediria a deus é tempo pra 1) ler e 2) malhar. Porque estou eLorme de gorda. O tempo horroroso lá fora não ajuda, já que não dá pra sair com ela no meio do vento gelado e chuva. Acabamos ficando em casa, eu logicamente me entupindo de besteira, praticamente compensando tudo o que ela não come. Socorro.

A burocracia pra gente viajar não anda ajudando, mas provavelmente iremos ao Rio no final de maio, pra passar uns dois meses. Dedinhos cruzados, faz favor.

terremoto

Obrigada a todo mundo que escreveu perguntando se tava tudo bem por aqui.

Sim, nós sentimos o terremoto, mas o epicentro foi no Abruzzo e aqui na Umbria não houve vítimas nem danos. Mas o tremor foi tão forte que foi sentido até em Roma, que, além de ser tudo na vida, normalmente não treme. Eu tinha acabado de botar a Carol pra dormir, depois da mamada das 3 da manhã, quando senti a cama tremer. Achei que fosse o Mirco se coçando e já tava pronta pra dar uma cotovelada nele quando ouvi os armarios rangendo e vi as abelhinhas do móbile da Carol balançando. Oplá, pensei. Sentei correndo na cama pronta pra pegar a Carol e sair correndo, mas não senti mais nada. O Mirco acordou (ele só acorda com terremoto mesmo), abriu a janela pra ver-ouvir se tava rolando algum bafafá na rua, mas aparentemente ninguém nem saiu de casa. E voltamos a dormir.

Mamãe ficou tão aterrorizada que agora só dorme com o seu melhor pijama, pra não ficar perambulando molamba na rua (e aparecendo molamba na televisão) se a casa cair.

uia

Acabou de tocar a campainha. Fui toda sorridente abrir a porta achando que era a Arianna, pra sessão vespertina de babação de neta, mas dei de cara é com um padre. Com aquele negocinho de água benta na mão. Confesso que fiquei sem reação: apesar de saber que de vez em quando eles passam pra benzer as casas, isso nunca tinha acontecido com a gente. Aliás, acho que eu nunca tinha visto um padre tão de perto, se vocês querem saber.

Vejam bem, eu não tenho nada contra padres, individualmente falando, embora ache que qualquer pessoa que escolha uma estrada de celibato e puxação de saco papal e estudos muito sérios de contos da Carochinha e histórias pra boi dormir não pode estar muito bem da cabeça. Eu só não quero é que venham me torrar a paciência e me catequisar. Coitado, duvido que quisesse me catequisar, mas tenho certeza bissoluta que ele ficaria esperando uma oferta no final da baboseira lá dele. Jamais me passou pela cabeça deixá-lo entrar, logicamente, apesar de saber que uma bênção sem sentido e uns esguichos de simples H2O sejam completamente inofensivos; digamos que é contra a minha religião ;) Mas também nunca pensei de antemão em que tipo de resposta dar nesse tipo de situação. De modo que quando ele sorriu e perguntou “Posso?”, eu sorri muito educadamente e disse com o máximo de delicadeza possível, “Não! Desculpe, mas não!”. Ele ficou me olhando com cara de bunda; também não deveria estar preparado pra essa resposta vinda de alguém obviamente não muçulmana. Depois sorriu, apontou pro enfeite cor-de-rosa pendurado na porta e disse, “De qualquer maneira, felicidades por esse evento tão feliz”. Sorri de volta, agradeci, pedi licença e fechei a porta.

Enquanto isso, em Terni, um professor que retirava o crucifixo da parede da sala de aula antes de começar a lecionar e o pendurava respeitosamente outra vez antes de sair (lembro-vos que o crucifixo não tem nada que estar ali, to start with; as escolas do governo são laicas, por lei) foi suspenso e multado. O mundo laico italiano está dando o maior apoio pra ver se consegue-se livrar o cara da sentença absurda e aproveitar o fuzuê pra acabar com essa palhaçada de crucifixo em tudo o que é lugar público. Um juiz judeu chegou a ser preso porque se recusou a trabalhar num tribunal com um crucifixo gigante pendurado bem atrás dele na parede, mas já foi liberado. Não preciso nem dizer que nenhuma das duas histórias ganhou muita notoriedade na imprensa.

É por essas e outras que eu quase, quase tirei o crucifixo do meu quarto do hospital e deixei um post-it no seu lugar dizendo “Volto logo”.

vita da casalinga (vida de dona-de-casa)

Mais ou menos, já que a faxineira vem duas vezes por semana pra dar aquela geral, minha mãe passa roupa e no final das contas o que eu faço de trabalho de casa é só cozinhar. Também só faltava eu ter que fazer mais alguma coisa, com a Carol sendo assim tão time consuming. A parte da dona-de-casa entra no setor intelectual da minha vida atual. Porque embora eu esteja tentando trabalhar um pouquinho, passo a maior parte do tempo sentada no meu acampamento no sofá da sala, ou dando mamadeira pra Carol, ou tentando dar o peito, ou esperando que ela arrote, ou trocando fralda. E nessa logicamente a televisão fica ligada o tempo todo, de modo que acabo assistindo aos programas que as donas-de-casa assistem.

Eu e minha mãe já demos tanta, tanta risada com o nível de “cafonismo” (TM mirco) e de hediondidade da televisão italiana que a Carol chega a acordar quando está no colo de uma das duas. Eu sei que vocês já tão carecas de saber que a TV italiana é o horror, o horror, mas eu juro, tem que ver pra crer. Os cabelos, as golas, os sapatos, a maquiagem… Jisúis! Por isso que esse país tá desse jeito. Não tem absolutamente LA-DA de interessante pra ver o dia inteiro! Acabo vendo e revendo os mesmos filmes over and over. Aliás, a coisa mais chata de bebê (além de sleep deprivation, é claro) é que você nunca, nunca fica com as duas mãos livres ao mesmo tempo. Freqüentemente não fica nem com uma só das mãos livres. E conseqüentemente não dá pra ler. De madrugada, durante as mamadas interminavelmente lentas e quando eu prefiro não ligar a TV pra ver se a Carol aprende que à noite não se faz nada além de dormir, seria maravilhoso poder ler alguma coisa. Qualquer coisa. Mas tá na cara que tão cedo não vai dar. Que puxa…

pausa

A novidade do momento é a epidemia de estupros. Logicamente que os que ganham mais espaço nos telejornais são os estupros cometidos por estrangeiros, de preferência romenos, mas de vez em quando a coisa é temperada com um velho italiano babão que abusava de crianças. Logo depois o governo aprova uma medida que elimina a possibilidade de prisão domiciliar pra estupradores, além de outras coisas muito justas. Mas eu entrei nesse assunto pra contar mais um comentário do Berlusca quando essa onda de estupros começou: “é meio inevitável, porque as mulheres italianas são muito bonitas”.

Quem quer que esse homem morra levanta a mão.

de amamentação

Não sei por que ninguém explica isso pras grávidas logo no começo: amamentar não é fácil. Nem toda criança já nasce sabendo o que fazer e pega o peito direito, arrota e capota. Amamentar também é doloroso: o peito racha, quando você tá cheia de leite o peito dói, tem mulher que tem mastite, e outras mazelas. Amamentar suja tudo: eu não tenho uma cascata de leite que esguicha só de pensar na minha filha, como acontece com algumas mulheres, mas de qualquer maneira quem está amamentando sempre corre o risco de vazamentos e tem que usar aqueles absorventes malditos pros seios. Eu descobri o LilyPadz há muito tempo, porque a Chalene usa pra achatar os mamilos e evitar o efeito “farol alto”, e depois a Lu comentou no blog e eu lembrei da existência do negócio e comprei (pela internet, lógico, que aqui no Zaire não existem essas modernidades). Recomendo altamente.

Eu conhecia a La Leche League nos EUA mas não sabia que elas estavam presentes no mundo todo. Dei mole, pesquisei tanta coisa na internet mas não sei por que negligenciei esse aspecto da maternidade. E agora estou com um bebê que tem pavor do peito por motivos compreensíveis, mas que quando está de bom humor e aceita, só pega o esquerdo. Impressionante como não há santo que resolva: o direito ela não quer de jeito nenhum. Pesquisando por refluxo acabei caindo no site da LLL italiana, e entrei em contato com a orientadora deles em Foligno. No primeiro sábado de março vou ao encontro mensal pra ver se me dão algum conselho útil. No dia anterior temos uma ultra marcada pra avaliar o nível do refluxo e ver se é necessário usar outros remédios mais fortes, embora a pediatra tenha dito que dificilmente vai ser o caso da Carol, já que ela tá ganhando peso normalmente. Paciência, paciência, tem que ter paciência.

A Dri tava falando que se um dia tiver filho vai tacar logo uma fórmula se o bebê não for do tipo que já nasce programado pra mamar, pra evitar essas encheções de saco. Entendo completamente. Só que leite artificial só tem desvantagens: além das mais óbvias, a falta de anticorpos naturais, a falta de bonding com o bebê e a grana que se gasta, há outras. A lavação e esterilização de mamadeiras e bicos é um porre e toma um tempo enorme. A fórmula preparada tem que ser consumida em pouquíssimo tempo, senão tem que jogar fora. Se o bebê começa a mamar mas deixa uma certa quantidade na mamadeira e dorme, você tem que jogar fora o resto, pois em pouco tempo o leite fermenta e estraga (ou perde as propriedades nutricionais, não entendi direito). A sua diaper bag, já entupida de fraldas, lenços umidecidos, mudas de roupa, chupeta, changing mat etc, vai ficar mais entupida ainda com mamadeiras, recipiente pro leite em pó, garrafa de água mineral. Leite artificial tende a dar uma certa prisão de ventre. E no caso específico da Carol o leite artificial é a maior roubada, porque demora duas vezes mais pra ser digerido. Se ela já leva uma vida pra digerir o meu, imagina o artificial! A coitada da garota ia ficar que nem galinha fabricadora de ovo em granja, de olhos esbugalhados acordada o dia inteiro só comendo e fazendo cocô. Não rola. Vou insistir no peito até quando der, e começar com sólidos assim que possível. E torcer pra ela ter saído mais italiana do que brasileira e a-do-rar uma saladinha, em vez de comer só por obrigação moral como eu.

de amizades gravídicas

Então você tem uma amiga que está grávida.

Faça um favor a ela e dê seu presente logo, antes do bebê nascer, pra ela poder se programar e só comprar o necessário e não ficar com zilhões de coisas a mais ou repetidas, e pra poder dar tempo dela trocar o presente se não gostar. E se o bebê for uma menina, POR FAVOR ESQUEÇA O ROSA. Porque as pessoas em geral não têm muita imaginação e praticamente todo mundo vai dar algum presente cor-de-rosa. Eu comprei um monte de coisas lilás, creme, cinza com detalhes coloridos, mas praticamente todos os presentes que ganhei foram cor-de-rosa. Putz.

Faça um favor maior ainda e NÃO VÁ VISITÁ-LA ANTES DO BEBÊ FAZER UM MÊS. Se possível, não antes dos três meses. Porque como eu disse antes, no início você não tem tempo nem pra fazer xixi. Se você aparecer pra visitar, mesmo telefonando antes, é altamente provável que 1) ela esteja amamentando (no meu caso, só de pensar em amamentar em público eu choro de nervoso, tenho que sair correndo e me esconder), 2) a criança esteja dormindo, o que significa que a mãe vai querer aproveitar pra dormir também, 3) a criança esteja berrando e você não vai conseguir conversar e ainda vai ficar um clima superchato, 4) os pais vão estar ocupados com outras coisas bebezais, tipo trocando uma fralda cagada, e não vão poder nem querer te dar atenção, 5) a casa vai estar uma zona, 6) tudo isso ao mesmo tempo. Mãe nenhuma do mundo está pronta pra socializar no primeiro mês. Sua amiga vai ligar quando estiver pronta pra receber visitas novamente. Eu não atendo nem o telefone, no máximo respondo a SMS e mesmo assim só quando dá tempo e/ou estou com vontade.