a salvação da lavoura

Peguei a mania de traduzir ouvindo música clássica, ou vendo DVDs de. Achei uns DVDs do Karajan com a Filarmônica de Berlim, tocando todas as sinfonias do Beethovão, e normalmente vou com esses. Também desencavei um das 4 estações de Vivaldi, a Música Mais Batida do Mundo mas que eu absolutamente AMO (principalmente o Verão), com a Mutter de solista. Eu tinha isso gravado em vídeo lá no Rio, há muito tempo (foi a abertura da temporada de concertos de 87), porque lembro não só da cara de muitos dos músicos como do longo rosa-choque que a Mutter estava usando.

Claro que me distrai ligeiramente – é por isso que eu ouço pouquíssima música, porque absorve toda a minha concentração e não consigo fazer mais nada; se é pra escolher uma atividade monopolizante, prefiro ler – mas pelo menos o tempo passa rápido e os manuais chatos acabam voando. Bom, muito bom.

Também baixei umas coisas de Mendelssohn, com o qual fiquei encantada depois de ir àquele concerto em Perugia ano passado, lembram. Mas meus ouvidos não são muito refinados e me sinto mais confortável com músicas batidas que conheço bem. Devagarzinho vou ampliando o repertório. E assim me livro da escravidão da televisão, que no caso particular da Itália é um queimador de neurônios de altíssima geração. Você liga e quase dá pra ouvir os neurônios explodindo, pluf, pluf, pluf, um por um, em meio a muita dor e desespero.

atonement

O livro dispensa comentários, mas o filme eu só fui pegar em DVD agora. Achei leeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeento. A bem da verdade eu já li o livro há tanto tempo que nem lembrava direito da história – tinha uma vaga memória da cena no chafariz e da Briony enfermeira – mas tenho certeza que o romance não era devagar quase parando, até porque nenhum dos outros livros dele é estilo cágado. Meus comentários, além da lerdeza:

– Vocês me desculpem, mas eu não agüento o bico da Keira Knightley. Aliás, nunca fui com a cara dela, porque além do bico ela tem um nome ridículo, e vocês sabem que eu não perdôo nomes ridículos. Nem bico.
– Ela é realmente magra mas tem umas pernonas grossas totalmente nada a ver.
– O vestido verde que ela usa é um des-bun-de.
– Eu amo toda e qualquer história que se passa no English countryside.
– A Lola é feia que nem a fome, com aquelas bochechas gigantes. Os gêmeos ruivos são ótimos.
– Quando começaram a atirar nas cabeças dos cavalos eu quase vomitei, apesar de obviamente não aparecer nada. Só de pensar me dá vontade de vomitar de novo.
– Preciso voltar a escrever.

rofl

Esse país é realmente o lugar mais divertido do mundo. Dêem uma olhada na explicação de como vai ser a prova de Diritto Internazionale, semana que vem:

Pra todos os alunos, freqüentantes e não freqüentantes:
– Uma pergunta inicial, feita por um dos professores assistentes.
Mais:

Para alunos freqüentantes:
– Uma pergunta com o professor titular, que será:
..à escolha do aluno, se tiver presenças suficientes, ou
..decidido pelo professor, em caso de presenças insuficientes, da seguinte maneira: joga-se um dado uma vez, cujo número determina o capítulo do livro adotado; joga-se outra vez e o número que sai determina o parágrafo. Detalhe que o professor não diz o nome do parágrafo, simplesmente pede ao aluno para falar sobre o assunto descrito no parágrafo tal do capítulo tal.

Para alunos não freqüentantes, passa-se diretamente para o dado.

Vista a total relatividade do conceito de presenças suficientes ou não, o professor deixou o número de celular: você manda um SMS perguntando se vai ter dado ou pergunta à escolha, o professor conta as presenças e te manda um SMS dizendo qual versão de prova você vai fazer.

Não venham me dizer que não é a coisa mais criativa que vocês já viram.

ó-te-mo

– Daniel, bien venido al Cementerio de los Libros Olvidados.

[..]

– Este lugar es un misterio, Daniel, un santuario. Cada libro, cada tomo que ves, tiene alma. El alma de quien lo escribió, y el alma de quienes lo leyeron y vivieron y soñaron con él. Cada vez que un libro cambia de manos, cada vez que alguien desliza la mirada por sus páginas, su espíritu crece y se hace fuerte. Hace ya muchos años, cuando mi padre me trajo por primera vez aquí, este lugar ya era viejo. Quizá tan viejo como la misma ciudad. Nadie sabe a ciencia cierta desde cuándo existe, o quiénes lo crearon. Te diré lo que mi padre mi dijo a mí. Cuando una biblioteca desaparece, cuando un libro se pierde en el olvido, los que conocemos este lugar, los guardianes, nos aseguramos de que llegue aquí. En este lugar, los libros que ya nadie recuerda, los libros que se han perdido en el tiempo, viven para siempre, esperando llegar algún día a las manos de un nuevo lector, de un nuevo espíritu. En la tienda nosotros los vendemos y compramos, pero en realidad los libros no tienen dueño. Cada libro que ves aquí ha sido el mejor amigo de alguien. Ahora sólo nos tienen a nosotros, Daniel. ¿Crees que vas a poder guardar este secreto?

En un escaparate vi un cartel de la casa Phillips que anunciaba la llegada de un nuevo mesías, la televisión, que se decía iba a cambiarnos la vida y nos iba a transformar a todos en seres del futuro, como los americanos. Fermín Romero de Torres, que siempre estaba al tanto de todos los inventos, había profetizado ya lo que iba a suceder.

– La televisión, amigo Daniel, es el Anticristo y le digo yo que bastarán tres o cuatro generaciones para que la gente ya no sepa ni tirarse pedos por su cuenta y el ser humano vuelva a la caverna, a la barbarie medieval, y a estados de imbecilidad que ya superó la babosa allá por el pleistoceno. Este mundo no se morirá de una bomba atómica como dicen los diarios, se morirá de risa, de banalidad, haciendo un chiste de todo, y además un chiste malo.

La Sombra del Viento (Carlos Ruiz Zafón)

(o negrito é meu, porque é genial)

into the wild

É um filme estranho. O garoto era um idiota, logicamente, porque só um idiota persegue ideais idiotas de maneira tão radicalmente idiota, e ainda por cima no frio. Seus motivos são compreensíveis, digamos o núcleo das suas idéias, mas tudo tem limite nessa vida, né, péra lá. De qualquer forma é impossível não simpatizar com o personagem (mesmo ele tendo que ver a cara da morte pra concluir que a felicidade só existe quando compartilhada. Tipo, até meu cachorro sabe disso, já que divide sua poltrona quentinha com dois gatos). Minha cena preferida é quando ele convence o velhinho a subir no monte com ele. O velho sobe xingando, mas sobe. E a despedida deles, quando o velhinho se oferece pra adotar o garoto, dá um aperto no coração. Os hippies são legais. As paisagens são bonitas. Mas de resto é só um filme muito lento sobre um garoto que não tinha nada melhor pra fazer da vida, então foi se rebelar ali no Alasca, e por lá ficou. Gostei muito não.

heh

One of the very many connections between religious belief and the sinister, spoiled, selfish childhood of our species is the repressed desire to see everything smashed up and ruined and brought to naught. This tantrum-need is coupled with two other sorts of “guilty joy”, or, as the Germans say, schadenfreude. First, one’s own death is canceled – or perhaps repaid or compensated – by the obliteration of all others. Second, it can always be egotistically hoped that one will be personally spared, gathered contentedly to the bosom of the mass exterminator, and from a safe place observe the sufferings of those less fortunate. Tertullian, one of the many church fathers who found it difficult to give a persuasive account of paradise, was perhaps clever in going for the lowest possible common denominator and promising that one of the most intense pleasures of the afterlife would be endless contemplation of the tortures of the damned. He spoke more truly than he knew in evoking the man-made character of faith.

Antibodies to fatalism and suicide and masochism do exist, however, and are just as innate in our species. There is a celebrated story from Puritan Massachusetts in the late eighteenth century. During a session of the state legislature, the sky suddenly became leaden and overcast at midday. Its threatening aspect – a darkness at noon – convinced many legislators that the event so muc on their clouded minds was imminent. They asked to suspend business and go home to die. The speaker of the assembly, Abraham Davenport, managed to keep his nerve and dignity. “Gentlmen,” he said, “either the Day of Judgment is here or it is not. If it is not, there is no occasion for alarm and lamentation. If it is, however, I wish to be found doing my duty. I move, therefore, that candles be brought.” In his own limited and superstitions day, this was the best that Mr. Davenport could do. Nonetheless, I second his motion.

God is Not Great – How Religion Poisons Everything (Christopher Hitchens)

Não riam.

Eu adoro desfile de escola de samba. A-DO-RO. Sempre virei a noite assistindo. Ano passado estava no Rio e consegui ver. Esse ano estou aqui babando vendo as fotos. Se alguém souber se/como é possível assistir ao vivo online, me avisa, faiz favoire.

Obrigada.

a semana

Essa semana foi meio bombástica.

Começou com a chegada da Newlands no domingo. O tempo estava uma verdadeira caca e com a neblina não se via absolutamente nada. O vôo dela de Londres foi então desviado pra Roma, de onde ela veio de ônibus.

Não preciso nem dizer que a semana foi ó-te-ma, rimos muito, dormimos, lemos, fofocamos, não fizemos nada, fizemos turismo, fizemos compras (ela comprou uma jaqueta linda. Linda. Hohoho), ela tirou fotos, apertamos o Legolas. Foi absolutamente lindo poder tirar essa semana de férias sem ter que pedir a chefe. Simplesmente comuniquei aos meus clientes que eu não estaria disponível pra trabalhar durante esses dias. Eu tenho realmente a melhor profissão do mundo.

*

A outra notícia bombástica foi o suicídio do Roberto, um amigo do Mirco. A gente não via o Roberto desde o casamento dele, no ano passado (ou retrasado, já não lembro), e no funeral o Mirco ficou sabendo que ele andava supersumido do circuito barzinho-restaurantes da zona.

A história dele é a seguinte: o pai começou do nada e fundou uma empresa que produz pré-fabricados, ao ponto que praticamente todas as empresas aqui da zona funcionam em galpões que eles fizeram. Têm filiais em Roma, Milão e em outro lugar que não lembro. Abriram uma subsidiária que constrói casas e apartamentos. Têm quase mil funcionários. Patrocinaram a Eurochocolate há dois anos e patrocinam vários eventos locais. Tipo assim, você tá rodando em uma estrada qualquer na Itália e passa por baixo de um viaduto e vê o nome da empresa no bloco de concreto, sabe, porque foram eles que construíram. Estamos falando de MUITO dinheiro. Pois bem, ele é o único filho homem, e como o pai é um daqueles patriarcas à moda antiga, control freak total, proibiu terminantemente as duas filhas de sequer botarem os pezinhos na empresa, e o Roberto foi meio que assumindo a coisa conforme o pai ia envelhecendo. Estudou Economia e Commercio, morou em San Diego pra aprender inglês, viajava pra caramba, dava altas festas na colina da família perto de Assis (eles têm uma propriedade ali que ocupa uma colina inteira; foi onde ele se casou, aliás), conhecia a cidade inteira, fazia mergulho no Mar Morto, rodava centenas de quilômetros de bicicleta com o Moreno, colecionava CDs de jazz, lia bastante, desenhava muito bem.

Era um cara legal. Nos últimos tempos a gente andava com uma certa implicância porque ele só ligava quando precisava de um favor – ajuda do Mirco pra programar a lua-de-mel na Austrália, deixar o conversível no forno da oficina pra secar depois que passou a noite no gramado de casa e os sprinklers molharam tudo, pedir uma ferramenta particular pra um conserto especial. Mas não era má pessoa. Foi um dos primeiros amigos do Mirco que eu conheci, e o único que foi morar sozinho – e logicamente o mais interessante. Conheci várias namoradas dele, inclusive uma de Foligno que era a minha preferida e que eu torci pra que fosse a mulher da vida dele pra eu finalmente ter uma amiga decente aqui no interior do Cambodja. Ele acabou casando com uma psicóloga chatinha que ele já tinha namorado muitos anos atrás, mas a coisa terminou quando ela foi estudar no norte. Ele sempre foi apaixonadíssimo e correu atrás dela por anos a fio, até que ela voltou aqui pra roça e eles voltaram, e finalmente se casaram.

O lance foi que o negócio todo foi premeditadíssimo. O Moreno tava trabalhando na segunda, e duas horas antes da hora da morte o ônibus que ele estava dirigindo foi fechado pelo carro do Roberto, que ia a mil por hora em pleno centro da cidade, quase causando um acidente. O Moreno buzinou, o Roberto olhou mas não viu, e saiu voando. Depois ficamos sabendo que ele tinha preparado tudo de modo que todo mundo o deixasse em paz pra fazer o que ele tinha que fazer: inventou um almoço de negócios que nunca existiu, esperou um momento em que se liberasse uma das casas da família (a mãe, divorciada, estava no Brasil e a irmã maluca, que bebeu e deu vexame no casamento, estava abrindo um restaurante na Índia), foi pra lá sozinho e se enforcou. Não deixou bilhete, testamento, carta, recado, email, blog, diário, nada.

O detalhe mais horripilante é que a mulher dele está grávida de seis meses.

Então tipo assim: ele estava se tratando pro que eles aqui chamam de “esaurimento nervoso”, a.k.a. estresse agudo, mas ninguém sabe direito o porquê da coisa. Talvez porque o pai é um pentelho que nunca se contenta com nada, que é a hipótese mais provável. Já começam a circular histórias de que ele foi diagnosticado com um tumor no cérebro, outros dizem que era esclerose múltipla. Eu particularmente não acredito em nada disso, e acho que ele simplesmente cansou de tudo mesmo, e que a família agora aparece com esses problemas de saúde porque suicídio ainda é uma coisa feia que deve ser justificada sempre que possível. Mas não posso dizer com certeza. O que a gente fica chocado é que nem o amor pelo filho e pela mulher foram suficientes pra fazê-lo mudar de idéia, então não dá nem pra imaginar o nível da angústia que ele tava carregando no peito. E apesar do estresse ele foi visto no domingo anterior, na festa de S. Antonio, se pavoneando pela praça contando pra todo mundo que estava pra virar pai. O Peppe, outro amigo do Mirco (também casado com uma chata de galochas que também está grávida), cruzou com ele no consultório do obstetra e achou que ele parecia superfeliz. O Moreno, que também está se mudando, foi à loja de móveis verificar os últimos detalhes da cozinha e o cara que o atende disse que os móveis pra casa nova do Roberto estavam todos prontos, só esperando ele mandar entregar e montar.

Bom, ninguém nunca vai saber o que aconteceu de verdade.

Mirco disse que o funeral, que foi na basílica de Santa Maria, literalmente parou a cidade. Tipo o Rio no dia do show do U2 no Riocentro, lembram. A igreja entupida, uma muvuca de gente lá fora, trânsito parado. A mulher dele completamente zumbi, o pai impassível.

Eu sou solidária com suicidas. Entendo o gesto, e acho que todo mundo já passou por situações em que seria tão mais fácil acabar com tudo logo de uma vez e foda-se o mundo que eu não me chamo Raimundo. O problema é que uma grandíssima sacanagem com quem fica; é o gesto mais egoísta que existe. Já pensou essa criança (que eu nem sei se é menino ou menina) quando crescer? Já vejo o garotinho ou a garotinha, a cara do pai, perguntando pra mãe, mas o papai se matou mesmo sabendo que você estava grávida de mim? Será que ele não gostava de mim o suficiente? Não consigo imaginar uma situação mais barra-pesada.

O Mirco, que é um resolvedor de problemas nato, anda de péssimo humor, como sempre acontece quando se depara com um problema sem solução. Mais ou menos como quando eu tenho crise de enxaqueca: não existindo nada que ele possa fazer pra me ajudar, ele fica puto. Está intragável. Hoje temos jantar gay aqui em casa e espero que ele dê uma alegrada. Mas eu também não paro de pensar na coisa, ainda que ele não fosse meu amigo íntimo. É um evento muito, muito drástico.

*

No mesmo dia do suicídio, à noitinha, nasceu a Giorgia, filha do floricultor com a siciliana. O floricultor em questão fazia parte do grupo de amigos que foi à Austrália com o Mirco em 99 – o Roberto também.

*

E anteontem o governo caiu. É uma coisa freqüente. Eu lembro que quando estava estudando italiano o nosso professor um dia comentou que na Itália toda hora tem eleição, porque os governos não duram. Pra vocês terem uma idéia, o último governo da direita, aquele do mafiosão Berlusca, foi o único que terminou o mandato em não sei quantas décadas (se não me engano foi o único desde a criação da República). Esse mal tinha começado e já se esperava que caísse há muito tempo; com as dissidências internas a coisa ficou impossível. A política italiana é muito parecida com a brasileira: cada um faz o que é bom pra si mesmo e não pros interesses do país, as leis são feitas sob medida pra tirar da reta a bunda dos políticos sujos, tem envolvimento com organizações criminosas, os debates são todos feitos em cima de ofensas pessoais e não em propostas ou diferenças de opinião, e principalmente um político de uma facção é completamente incapaz de aceitar qualquer idéia do outro lado, mesmo que seja uma boa idéia que resolve um problemão do país. Lógico que assim fica difícil. Esse governo, que não fez o que cumpriu mas também não foi de todo ruim e pelo menos não tinha um primeiro-ministro envolvido em OITO processos de associação mafiosa, praticamente passou o mandato inteiro pedindo o chamado “voto de confiança” do Senado. Nem a própria esquerda votava a favor das decisões do governo, então eles recorriam a esse negócio do voto de confiança: você não aprova o que eu tô fazendo, mas pelo menos deixa eu tentar. Tava na cara que não ia durar muito, e acho que resistiu até tempo demais.

O problema agora é decidir se estabelecer um governo “técnico”, que assuma o leme até as próximas eleições, ou partir logo de cara pra novas eleições, sem mudar a lei eleitoral, que é complicada e ridícula e logicamente favorece a direita. Claro que o Berlusconi tá suuuuper em alta, apesar da idade avançada, e não tem a menor intenção de largar o osso. E o perigo dele voltar é grande, muito grande. *inserir a trilha sonora de Jaws*

*

É isso aí, meus queridos.

livros

Terminei a trilogia que começa com a Bússola de Ouro. O terceiro livro é ótimo, apesar *SPOILERS* da forçação de barra do apaixonamento entre a Lyra e o Will, que ainda são pirralhos, afinal de contas. Gostei e recomendo.

E comecei a ler The Lost Continent, do Bill Bryson. Começa assim:

“I come from Des Moines. Somebody had to.”

Lógico que só vai melhorando e já fui expulsa do quarto várias vezes porque a cama tremia de tanto que eu gargalhava e o Mirco não conseguia dormir. O cara é muito, muito bom. Leiam, leiam.